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Aramis

Thereza, com a dor de Cotovelo.

Filha de um politico famoso nos anos 50/60 - Brigido Tinoco, que chegou a ser ministro da Educação e Cultura no curto governo de Jânio Quadros, advogada e nome de destaque em certas áreas, Thereza Tinoco se integra na categoria das compositoras intérpretes de uma sofisticada dor de cotovelo. Maysa, em sua angústia existêncial de mulher que rompeu preconceitos e o estabilishment em busca de uma liberdade pessoal fez escola em termos de comportamento e criação musical. Assim, não é sem razão que de Maria Thereza ( "Mecha Branca" ) a " condessa" ( sic ) Adhelaidy, lançanda há alguns meses pela RGE, muitas outras mulheres na faixa dos 30 / 40 anos, financeiramente independentes e visualmente atraentes, cheguem também aos discos. Se algumas - como a cantora Waleska - assumem totalmente a dor-de-cotovelo, com canções que parecem feitas exclusivamente para serem ouvidas à noite, embaladas com muito scoth ( nestas alturas, nacionalizados, já que pagar dose Cr$ 18 mil só é possível aos Chiquinhos Scarpas da vida ), outras preferem uma linguagem menos dramática. Ao estrear em elepê, há 6 anos passados ( " Sempre me acontece ", RGE, 303.0057, julho / 1979 ), Thereza Tinoco exibia um vigorosa parceria com Nilson Chaves e, acumulando letra e música, assinava cinco composições, Recorria entretanto, a bons autores - indo desde um clássico da fase urbana de Caymmi ( "Sábado em Copacabana", parceria com Carlinhos Guinle ) até uma surprendente guarania de Mário Palmério, que além de autor de dois best-seller ( " Vila dos Confins " e " Palmeirão do Bugre ", quando embaixador do Brasil no Paraguai acabou se entusiasmando tanto pela música guarani que fez um disco ( hoje raridade - e que a Chantecter deveria reeditar. Um rosto mais amargo ainda do que na foto que ilustrava seu dsico de 1979, Thereza Tinoco reaparece agora ( " Baton Grená " ), produção do espenhol Manuel Bana Lois, sócio de Francisco Recarey na etiqueta que o próspero basco criou há alguns meses e que tem distribuição da Barclay.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
28/04/1985

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