Toquinho, pessoa & artista
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 13 de maio de 1978
Desde a primeira vez que esteve em Curitiba, ao lado de Vinícius de Moraes, Marilia Medalha e o Trio Mocotó, inaugurando o Teatro do Paiol (27 de dezembro de 1971), Toquinho (Antônio Pecci Filho, 32 anos), soube agradar não apenas como excelente pessoa. E a cada volta - que já foram seis, Toquinho mostra sempre aquela grande virtude das pessoas que tem, realmente, talento: uma extrema simplicidade, o bom caratismo, a simpatia envolvente. Hoje, quando ao lado de Maria Creuza uma das mais belas vozes do Brasil - pisar no palco do Guairão, Toquinho estará, por certo, mostrando músicas novas, desenvolvidas com parceiros como Belchior, Carlinhos Vergueiro, Mutinho (Lupiscinio Rodrigues Sobrinho) e Azeitona, estes dois, seus velhos companheiros musicais - baterista e baixista, respectivamente.
Para o circuito nacional, produzido por Fred Rossi, Toquinho deixou o show que vinha, há quase um ano, fazendo no Canecão, ao lado de Vinícius, Antônio Carlos Jobim e Miucha. Aquele espetáculo, dirigido por Aloysio de Oliveira, deverá voltar a ser apresentado em julho, e até lá o poeta Vinícius e o compositor Tom, aproveitam para descansar. Miucha está fazendo seu segundo lp na RCA e Toquinho viaja mais uma vez, desta vez trazendo sua esposa, Mônica, uma das mulheres mais bonitas do Brasil.
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Serão apenas duas apresentações de Toquinho e Maria Creuza (hoje e amanhã, 21 horas). Um público imenso disputará os 2.300 lugares do Guaíra, pois o espetáculo merece ser visto.
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