Um guia indispensável para quem curte vídeo
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 25 de agosto de 1988
Já está em fase final a editoração do "Vídeo Guia 89" que a Nova Cultural quer colocar nas bancas e livrarias ainda este ano. Com um mercado cada vez mais amplo e ansioso por informações sobre vídeo e cinema, o jornalismo especializado nesta área cresceu enormemente a partir de 1985. Multiplicaram-se as revistas e após os guias pioneiros de Rubens Ewald Filho, pela Sigla (editora da "Vídeo News"), a Nova Cultural decidiu ampliar o mercado. Para tanto buscou um dos mais competentes jornalistas, Luciano Ramos, que montando uma ágil equipe, aprontou o primeiro guia-88, a tempo de lançá-lo por ocasião do Trade Vídeo SHow, realizado em março último, no Anhembi, São Paulo.
Duas edições esgotaram-se rapidamente, pois a forma desenvolvida para esta obra de referência atinge um público que busca a informação precisa e objetiva. No editorial, Luciano Ramos salientava que o guia apresentava mais de 3 mil enredos resumidos e analisados com clareza, todos com cotação de zero a cinco estrelas, além da ficha técnica com os destaques do elenco. Os atores, atrizes e diretores mais importantes merecem biografias curtas, com o essencial de suas carreiras e vidas. As curiosidades, os segredos de bastidores, os textos de introdução aos 14 capítulos correspondentes aos gêneros cinematográficos - enfim todo um conjunto foi inteligentemente colocado para fazer desta publicação um referencial e indispensável auxiliar não para especialistas ou apenas profissionais (locadoras, jornalistas, etc), mas, especialmente, para o público em geral, que ao entrar nas locadoras fica tanto pela multiplicidade de títulos oferecidos e, naturalmente, precisa de uma orientação segura.
Democraticamente, a editoria do "Vídeo Guia" não personalizou as apreciações, convocando jornalistas e cinéfilos estudiosos para resenharem os filmes, incluindo críticos conhecidos como Edemar Pereira, Jairo Ferreira, Luiz Nazario, Orlando Fassoni entre outros, Agora, para a edição 1989, o número de colaboradores foi ampliado, inclusive com a participação de jornalistas de vários estados.
Até há pouco, para se ter referência dos filmes era necessário consultar os guias de Leonard Maltan, Steven H. Scheur ("Movies On TV") ou os de Michael Martin e Marsha Porter ("Vídeo Movie Guide"), para só citar os mais conhecidos. Entretanto, com o "Vídeo Guia", da Nova Cultural, se tem um referencial adaptado ao Brasil, com indicativo dos filmes legalizados, distribuidoras, resumo do enredo e cotação. Um trabalho profissionalmente excelente.
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