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Aramis

Um livro definitivo para lembrar quem foi o "Lua"

Antes mesmo de morrer, Luiz Gonzaga - pela sua importância maior dentro da música brasileira - já havia merecido dois apaixonados livros biográficos. Hoje, já são cinco os títulos que mostram a sua presença dentro de nossa cultura popular. Os dois últimos, "Eu Vou Contar Pra Vocês" de Assis Angelo (Icone Editora, 144 páginas, 1990) e "Luiz Gonzaga - O Matuto Que Conquistou O Mundo" de Gildson Oliveira (Editora Comunicarte, 271 páginas) teve há pouco lançada a sua terceira edição. Mais uma biografia, ainda inédita, acaba de ser concluída por Luís Fernando Vieira do Rio de Janeiro. Realmente, só através de muitos livros - para não falar em trabalhos acadêmicos - pode ser dada a exata dimensão da obra do autor de "[Aza] Branca" e "Assum Preto", homem do povo, família das mais humildes, que por mais de 50 anos não só influenciou toda a MPB - fixando um gênero dos mais autênticos (o baião), como, em canções da maior comunicabilidade - reunindo elementos do folclore a [verdadeiras] estórias de amos - também uma lado social, "fotografando" o Brasil que os brasileiros precisam sempre conhecer. Ao seu lado - embora numa linha diversa (o que os fez, por alguns anos, permanecerm distanciados), o filho Gonzaguinha, em 25 elepês, também deixou uma marca notável da força criativa, do pensamento e da poesia. Gildson Oliveira, potiguar de Natal, 52 anos, 25 de jornalismo, hoje editor regiuonal do "Diário de Pernambuco", há dois anos, editou um suplemento especial - "Luiz Gonzaga - O Matuto que conquistou o mundo" e conquistou o Prêmio Esso de Jornalismo Nordeste 90, resultando num livro que chega agora em 3ª edição. Possivelmente o mais completo dos cinco estudos já dedicados ao "Lua", [o livro de Gladson] , nesta terceira edição, foi acrescentado com capítulos extras sobre a morte de Gonzaguinha e o trabalho que vinha se empenhando para a implantação da Fundação [Aza] Branca/Centro Cultural/Museu de Gonzagão, em Exu. Defensor do projeto para criação de uma "Escola do Sanfoneiro" - idéia que, pessoalmente, gostaria de passar ao governador Roberto Requião, caso tivesse sido convidado para o evento de amanhã - Gildson publica a letra de uma das músicas que Gonzaguinha deixou inéditas, "Espelho das Águas do Itamaragi", só agora gravada pelo seu primo, Joquinha, que amanhã estará em Curitiba. LEGENDA FOTO Jornalista Gildson Oliveira numa das entrevistas com Luiz Gonzaga, para um projeto que lhe valeu o Prêmio Esso-Nordeste 1990 e virou um livro definitivo sobre o "Lua": "O matuto que conquistou o mundo". Amanhã, na Boca Maldita, uma grande homenagem aos Gonzagas - pai e filho - pelo transcurso do 1º aniversário da morte de Gonzaguinha.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
24
28/04/1992

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