Essa Pequena é Uma Parada" (cine Rivoli) é a comprovação absoluta de uma tese que defendemos há muitos anos: o verdadeiro cineasta pode (re) CRIAR uma nova obra a partir de sua experiência de consumidor fanático do cinema. Critico, ensaísta, e principalmente, cinemaníaco, Peter Bogdanovich - a maior revelação do cinema americano neste início de década - procura fazer, antes de tudo, o cinema pelo cinema: em seu primeiro filme, "Projeteis da Morte" (Targets, 1969), a ação toda se passa num drive-in, numa relação da ação-cinematografica-ação-filme (estrelado por Boris Karloff).

FINALMENTE, Roberto Pontual, o mais conhecido dos críticos de artes plásticas do Brasil, marcou a exposição de seu afilhado paranaense : Carlos Eduardo Zimmermann mostrará seus quadros na galeria Grupo B, na Guanabara, a partir do dia 12 de março. * Zeldi, uma loira alta e bela, filha (única) do neurocirurgião Abraão Ackerman, que em menos de cinco anos firmou reputação como tapeceira, está na cidade, hóspede do casal Maurício Schulman (seu primo) e a convite de outro primo, o arquiteto Júlio Pechmann, faz um trabalho diferente: um grande vitrô, arte pouco desenvolvida entre nós.

Ex-crítico cinematográfico, Peter Bongdanovich, teve sua formação estética-profissional assistindo milhares de filmes. Cultor principalmente do cinema americano das décadas de 30-40, com especial simpatia e admiração, pelas obras de mestres como John Ford (foto) e Howard Hawks, em sua curta - mas expressiva - filmografia, há constantes referencias - claras e propositais - aos cineastas e aos filmes que ele aprendeu a amar.

A Faculdade de Direito, foi a única unidade que após a transferência de todas as faculdades e escolas superiores da Universidade Católica para a congregação dos Irmãos Maristas, escolhida como entidade mantenedora. Agora porém, decisão do Conselho Federal de Educação derrubou as ultimas esperanças dos professores da Faculdade de Direito - que pretendiam manter uma autonomia administrativa - e, assim dentro do prazo regulamentar sera iniciada a implantação da Reforma também na UCP.

"O rock dos Beatles é o que os ingleses fizeram do rock de Elvis Presley. O rock de São Francisco é o que os americanos fizeram do rock dos Beatles. E o rock do Pink Floyd é o que os ingleses fizeram do rock de San Francisco" Roberto Muggiati(1)

Num verão em Nova York, 13 mil jovens contemplavam a lua cheia, cerveja correndo, cobertores pelo chão e um ambiente de expectativa pela apresentação de Alvin Lee (foto) e o Tem Years After. Alvin Lee, conhecido como o mais veloz guitarrista de hoje. Mas ele não acha que seja pôr isso que o pessoal o aprecia. "Eu sou rápido, mas não é essa a minha maior ambição. Ela pôr si mesmo não representa coisa alguma. O que eu estou tentando dizer é que poderia ficar mais rápido ainda se não ficasse em minha casa o dia inteiro treinando. Acontece que essa não é a minha.

(1) Muggiati, Roberto - jornalista paranaense, atualmente um dos redatores da revista "Manchete", em comentário na edição n. 1.086, de 10 de fevereiro de 1973. (2) Um empresário brasileiro diz que vai trazer os rapazes para o Maracanãzinho em julho. Detalhe: são preciosos 12 técnicos e 6 horas de trabalho antes de cada show, para montar as 9 toneladas de equipamento: som quadrifônico, luzes, neblina etc. Repetindo Muggiati; "Vamos pagar para ver e esperar que o espetáculo anunciado para o Maracanãzinho conte realmente com a "presença efetiva do Pink Floyd".

Reestruturando a Revista de Cultura Vozes, que há 66 anos vem sendo editada em Petropolis, pela lúcida casa publicadora católica, o poeta e comunicador social Moacyr Cirne, vem oferecendo a intelegentzia brasileira desde 1969, uma das mais úteis e objetivas publicações monográficas, que a cada dois meses analisa exaustivamente um tema de grande interesse.

CANDIDO THEOBALDO DE SOUZA ANDRADE é um paulista que confessa, com humilde mas muita convicção, de que sempre gostou de chegar aos pontos mais altos em todas as atividades profissionais desenvolvidas. Como jornalista começou como foca e terminou na direção das "Folhas" de São Paulo. De humilde professor de educação física na década de 40, chegou a membro do Conselho Estadual de Desportos. Em 1956, "castigado" pelo então governador Jânio Quadros para trabalhar no temível Departamento Estadual de Administração, foi encarregado de organizar "um serviço de relações públicas".

De todos os prefeitos que tomaram posse a dias, no Paraná, talvez um dos mais tranqüilos, em termos de economia municipal, seja Nelson de Freitas Barbosa, que pela segunda vez exercerá o cargo em Paranaguá. É que aquele município tem uma serie de vantagens em termos de arrecadação e graças à enérgica e disciplinada administração anterior. Nelson recebeu o cargo com o tesouro parnanguara apresentando um superávit de Cr$ 6 milhões.

Com a reforma do ensino básico e a introdução de cadeiras de cultura geral e técnicas profissionalizantes, ampliam-se as áreas do ensino com a abertura de matérias para as quais não existem professores obrigando, então, coordenadores de cursos, a buscar em áreas específicas pessoas capazes de transmitirem aos alunos noções básicas de cada setor. Pôr exemplo, o Colégio Rio Branco introduziu um curso de técnica em turismo - matéria da qual, sinceramente, não há mestres entre nós. Já o Colégio Victor do Amaral, há um ano, vem mantendo um curso de técnica fotográfica ministrado.

Os paranaenses conhecerão neste Carnaval uma das atrações que fazem o Carnaval de Salvador: o trio elétrico. Em Curitiba há uma semana, Adelardo Nogueira ex-Prefeito de Nazaré e empresário do Trio Elétrico Tapajós, conseguiu patrocínio para o que mais famoso trio elétrico (3 lps gravados na Phonogram, participação no último Festival Internacional da Canção) venha a Curitiba e Paranaguá. Alguns detalhes estarão sendo acertados amanhã com a Paraná Refrigerantes e Prosdócimo, o que talvez possibilite a permanência do trio (na verdade 15 músicos) durante todo Carnaval.

Hoje a maior autoridade no Brasil no campo de relações pública, Cândida Teobaldo de Souza Andrade, presidente da ABRIP e que em breve estará disputando a presidência da Federação Interamericana de relações Públicas (vide coluna "Gente", nesta edição) passou uma semana em Curitiba, a convite da SPEA, dando um curso de RP. Ao lado de ter ensinado muitas técnicas novas a um público interessado, Teobaldo acertou também com o jornalista Milton Cavalcanti, da assessoria do Badep, a instalação da ABRP - seção do Paraná, no dia 17 de março, destinada a regulamentar a profissão em nosso Estado.

Ronald Monteiro, crítico do "Jornal do Brasil" e professor da Cinemateca da MAM-GB, comentava conosco, há semanas, pôr ocasião de sua vinda a Curitiba (palestra sobre Neo-Realismo no Teatro do Paiol) que ficou impressionado, pôr ocasião do Festival Nostalgia, promovido pelo Cinema 1 Cinemateca, pela aceitação de filmes das décadas de 30-40 pôr parte do público jovem .

Atenção meninas e cabeludos fãs dos jovens vocalistas da música pop!

Já afirmou um humorista que "hoje quem não é, certamente, pessoa de todo normal". Tirando o que há de caricatural nessa afirmativa, pode-se dizer que, no fundo, a sua proposição tem fundamento.

João Carlos - 25 anos de decoração e muita pesquisa - foi convidado pela Prefeitura para decorar pelo menos sete carros alegóricos, entre os quais o do Rei Momo, Rainha e Princesa do Carnaval, que a Prefeitura colocará nas ruas. João Carlos é de Irati, "a terra da batatinha", onde nasceu em janeiro de 1934. Criou-se em Curitiba, onde aprendeu o ofício de decoração, iniciando com uma fábrica de flâmulas, a Flamatex, na Avenida República Argentina.

Uma nova classificação pode ser estabelecida no cinema americano nos últimos anos: o cinema masculino e o cinema feminino. Explico: há filmes propositadamente destinados a sensibilidade do homem, ao passo que outros "atingem" as mulheres. Não em termos de pieguismo-romantismo, estilo "Love Story", mas racionalmente, com inteligência. O exemplo do filme que emociona atinge o público masculino, sensível: "Houve uma vez um Verão" (Summer of 42, 1971, de Robert Mulligan).

Seis anos se passaram desde que The James Gang apareceram juntos como um grupo em sua cidade natal, Cleveland. Os primeiros dois anos foram tocando em centenas de bares de pequenas cidades e ao redor de Ohio e Michigann. Originalmente composto de cinco elementos, em 1967. The James Gang tornou-se um trio. O principal objetivo deles era, e ainda é, "fazer boa música". Os três músicos que compõem The James Gang são Jim Fox (foto), bateria, piano e vocal; Dale Peters, guitarra baixo e vocal e Joe Walsh, guitarra solo, órgão e vocal.

A poesia não é dos gêneros mais atraentes para os bravos editores, tirando Drumond - o mestre maior o inesquecível Bandeira e alguns contemporâneos de valor - como João Cabral de Mello Neto, poucos poetas tem seus livros procurados em nossas livrarias - mesmo com uma parcela da juventude voltando seu interesse para nossos bardos. Por isso, o aparecimento de dois novos volumes de poesias por editoras que dispões de esquema de distribuição nacional, se constitui em fato alentador.