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Aramis

Artigos por data (1979)

Interiores da Alma & da Solidão

Cada vez mais os cineastas de maior consciência, responsabilidade e, talento, entendem que o importante em nossos dias é se voltar ao ser humano, procurando entendê-lo em seus anseios, angústias e medos - e traduzindo tais sentimentos em imagens que possam ser universais.

Produção Alternativa

Entre as muitas - e gratas - surpresas proporcionadas pelo Encontro de Produção Cultural Alternativa/MPB, encerrado domingo, no miniauditório glauco Flores de Sá Brito, esteve o show que reuniu diferentes intérpretes: desde o pianista Antônio Adolfo - que na semana passada, já havia dividido o belo "Faces", no Paiol, com Alayde Costa e Sidney Miller - até a dupla Lucinha (Lucia Helena Carvalho e Silva, matogrossense de Cuiabá) e Luli (Heloísa Lorusco Borges da Fonseca, carioca), Claudia Versiani, uma das velas vozes reveladas no Projeto Vitrine, coordenado por Maurício Tapajós também se apre

No campo de batalha

Apesar de estar chegando do Rio de Janeiro, onde acompanhou o governador Ney Braga, Cleto De Assis, secretário da comunicação social do Governo, resistiu ao cansaço e no sábado passado aproveitou pra rever dois grandes amigos que não via há muitos anos: o artista Franco Giglio e o produtor Paulo Tapajós. Giglio, amigo de Cleto desde que chegou em Curitiba, no início dos anos 50, está há 10 dias na cidade e, junto com sua esposa, Rosely, tem estado ocupadíssimo, tantos são os amigos desejos de recebê-los e homenageá-los.

Ucrânia, cidade...

Valeram os esforços para que Curitiba fosse incluída no roteiro do balé da Ucrânia (Teatro Guaíra, hoje, 21 horas; dias 4 e 5 de junho, novas apresentações, então a preços mais reduzidos): o espetáculo que o grupo de 80 dançarino(as) apresenta nesta primeira excursão pelo Brasil se compara aos mais belos balés folclóricos do mundo, em suas cores e ritmos - desenvolvidos com intenso timing e ritmo acrobático.

Pesquisas que destroem

Há algumas semanas abordamos o (grave) problema da destruição de enciclopédias, livros de referências e, principalmente revistas, existentes nas nossas - poucas e carentes - bibliotecas. Destruição estimulada pelos professores de 1º e 2º grau, que, no modismo das "pesquisas escolares" passam a atribuir melhores notas aos trabalhos com melhor apresentação visual - ignorando o conteúdo.

No Campo de Batalha

Na Alemanha Ocidental, o jazz tem um de seus mais prósperos mercados. E o trabalho dos grupos mais importantes da RFA está se tornando conhecido no Brasil graças a soma de esforços do goethe Institut/Embaixada da RFA, que, periodicamente, trazem conjuntos expressivos. Depois do trombonita Albert Mmangsdorff e seu conjunto, do Dave Quintet er do Passaport (este, hoje, já vários elepes na praça), é a vez do quinteto Manfred Schoof, formado em 1965, e que há 14 anos vem desenvolvendo um trabalho regular não só na Alemanha, mas em toda a Europa.

Artigo em 01.06.1979

E Altou a força do improviso, do repente, da criação espontânea. Toda a criatividade que esse notável Sivuca esparrama em seus shows ficou cerceada pelo ambiente frio de um estúdio e esse seu LP lançado pela Copacabana não consegue captar toda a vibração que o instrumentista põe em seus trabalhos. Mesmo porque (com fim comercial?

A bênção, poeta!

Durante pelo menos 10 anos Vinícius de Moraes era uma espécie de Frank Sinatra nacional, em termos de sua presença em Curitiba. Diplomata, poeta, dramaturgo e, sobretudo, o grande letrista da Bossa Nova, Vinícius de Moraes permanecia curtido apenas em disco e livros nos anos 50/60, pois apesar de todos os convites e propostas nunca pode aceitar vir a Curitiba.

Cocaco, 20 anos depois...

Mais do que uma vernissage, entre tantas que semanalmente acontecem em Curitiba, a abertura da mostra "209 anos depois...". que um grupo de artistas plásticos organizou e praticamente financiou na galeria de arte Cocaco teve um sentido de (re)encontro de amizades, que fez com que não só nomes colunáveis, mas, o que é importante, pessoas que há muito não compareciam às exposições de artes plásticas - cada vez mais comercializadas, num mercantilísmo necessário de ser denunciado de ser denunciado - ali fossem, com pouco de emoção.

Didático Debret

A museóloga Neide Gomes de Oliveira, da Fundação Raymundo Ottoni de Castro Maya, do Rio de Janeiro, passou uma semana na cidade ajudando a Domínio e Leila Pedroso a montarem a exposição de 129 aquarelas de Jean Baptista Debret (1768-1848), que pela primeira vez, em tal número, deixaram Chácara do Céu, no Rio de Janeiro, e podem ser vistas numa exposição de sentido didático, como Domínio sabe organizar.

Vinícius & Toquinho, amor & esperança

No palco, em 90 minutos, 10 anos de Brasil. A síntese pode parecer pretensiosa, mas é extremamente emotiva e sincera. "10 anos de Toquinho & Vinícius" (auditório Bento Munhoz da Rocha Neto, hoje e amanhã, 21 horas) é, antes de tudo, um retrato sonoro de uma década de encontro & desencontro, caminhos percorridos e, antes de tudo, sobretudo, amor, esperança e confiança no novo dia que vai nascer.

No campo de batalha

Herberto Sales, autor de vários livros e pelo (") um clássico ("Cascalho"), que foi até qua-(") em 1957, nas "Edições Maravilhosa", da (") ex-presidente do Instituto Nacional do Livro, (") breve no Japão, no ano passado e, como jornalista escritor que sempre foi, reuniu suas anotações (") livro de 78 páginas, que a própria Embaixada (") Japão, em Brasília cuidou de editar e distribuir nacionalmente.

Cinematográficas...

Quando, finalmente, "Mar de (")", primeiro filme de ficção, longa-metragem, de Ana Carolina, chega ao circuito comercial de Curitiba (Cinema 1), do Rio de Janeiro a atriz e relações públicas (") Brasil, que esteve na cidade à alguns meses, promovendo a temporada da peça "Se Chovesse (") Se Molhavam Todos", (") anda contar que Ana já iniciou (") novo filme, "Das Tripas coração", "uma tragicómedia com o peso do cotidiano de um colégio de meninas e que ainda traz o momento tipo de humor que "Mar de Rosas" iniciou e que considero inédito no cinema brasileiro".

Violões

O violão, bandolim e mesmo banjo-instrumentos de múltiplos recursos - podem ser apreciados, num "pacote"- para utilizar um termo bastante em evidências - colocados no mercado, nas últimas semanas. Chorinho, samba, jazz, clássico e pop-desenvolvidos por instrumentistas da maior competência, nas mais diversas linhas.

Em todas as rotações

1 - Dois interessantes discos para quem curte o piano popular: "Pedrinho Mattar/Especial - Volume 2" (RGE, 1979) e "Meu Concerto para Você" com Aluizio Pontes (Chantecler): Mattar é um pianista correto, competente, que mesmo utilizando um esquema comercial - sem pretensões maiores - dos mais requisitados para atuar em boites e pianos-bares elegantes no eixo Rio-São Paulo, cujos fregueses já garantem o consumo de seus elepês.

O jornal dos garotos

Já registramos a iniciativa uma vez e, com satisfação, voltamos a fazê-lo: Paulo Astor Soethe, filho do jornalista Hermes Astor Soethe e neto do fundador da revista "Panorama", professor Adolfo Soethe, mostra que jornalismo também se herda: vem editando "A Esperança", que tem o subtitulo de "um jornalzinho feito por meninos para meninos".

O Saci de Milena

Se alguém tinha alguma dúvida dos talentos de Milena Morozowicz e Agnalda Trinkel Miranda na área da dança, as apresentações de "O Saci", baseado nos personagens criado por Monteiro Lobato, ocorridas no último fim-de-semana, no auditório Bento Munhoz da Rocha Neto, por certo, de agora em diante, só pode ter palavras de elogios.

A Esperança

Um dos maiores eventos de 1978 foi o II.º FOLPOC ( 2.º festival de música, poeta e folclore). As categorias foram divididas em: nível 1, nível 2 e folclore só para nível 1. Entre 33 concorrentes 11 saíram vencedores. Foram estes: POESIA: Nível 1: 1.º lugar - O homem e a vida morta, Claudia da Silva; 2.º lugar - O cego, Ricardo Ruoso, 3.º lugar - Vida, José Carlos Ludovico. Nível 2: 1.º lugar - A menina, Silvia Okamora; 2.º - A infância, Karine Hoffmann.

A Esperança

No começo era só água Depois um pouco de terra Depois plantas, árvores, Animais, pássaros e o homem Para começar a guerra. Era guerra ainda tão logo não acabou E pelo jeito tão logo não acabará Pois é o homem quem a comanda E só homem há de ficar. E este mundo tão bonito Onde havia flores e bichos É que o homem está destruindo Ficando indeterminado o seu destino. E as plantas, os peixes, os pássaros. O que fizeram? Nada. E tem que ficar sem o seu habitat. Para dar lugar ao homem Para o homem poder se abrigar

A Esperança

Não é pelo fato de nosso jornalzinho ser pequeno e feito por crianças que não poderá dar opiniões e sujestões aos adultos e especialmente aos políticos. Principalmente agora quando inicia o ano internacional da criança abrem-se oportunidades para que também nós possamos expressar opiniões e especialmente fazer reinvidicações às autoridades constituídas. Não queremos dizer que deixamos de acreditar nos homens que dirigem o nosso país. Muito pelo contrário: tivemos no presidente Geisel um exemplo de homem correto e abnegado ao dirigir a nossa. Nação.
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