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Aramis

Artigos por data (1984 - Novembro)

A arte do Pipoqueiro

Julieta Fialho dos Reis, artista plástica e animadora cultural, foi quem, praticamente, implantou dois dos mais importantes projetos desenvolvidos na primeira administração Jaime Lerner: a feira do artesanato na Praça da Ordem (seu primeiro espaço) e a pintura de tapumes por crianças (ampliada depois para as crianças desenhando sobre papel na Rua XV de Novembro) e reciclagem de grandes muros com projetos desenvolvidos por artistas plásticos e estudantes.

Travestis em questão

Um grupo de estudantes dos cursos de comunicação e psicologia teve uma idéia original e que pretende viabilizar em 1985, se possível como tarefa escolar: um estudo "sério e científico" sobre o homossexualismo. A impressionante escalada verificada na outrora conservadora e reprimida Curitiba, hoje com milhares de travestis, vários ambientes noturnos "especializados" e uma mudança no comportamento de sua população, justifica, mesmo, que o assunto seja pesquisado além dos registros policiais e folclóricos.

Clássicos ao piano

Arthur Moreira Lima, considerado um dos melhores intérpretes de Chopin na atualidade, vem gravando a obra do grande mestre polonês numa série de álbuns, editados através de sua própria etiqueta - a L'Art - cujas vendas somente são feitas em seus concertos ou pelo reembolso-postal. Entretanto, a obra de Fréderic Chopin (1810-1849), por sua amplidão e comunicação, tem dezenas de registros, sempre absorvidos por um público selecionado. Outro pianista que vem gravando a íntegra das peças que Chopin compôs para o teclado é Vladimir Ashekanazy.

Gilberto, a bruxaria da eterna juventude

Reconhecidamente, Gilberto Gil é uma pessoa inteligente. E o suficiente para há 20 anos no ranking do movediço campo dos super stars da MPB manter-se num destaque especial. A geração do tempo "É Proibido proibir" e "Domingo no Parque" envelheceu mas Gil, tal como duende, apesar de seus 42 anos - completados no último dia 26 de junho - mantém-se numa alegria jovem.

Quem matou o Papa João Paulo I?

Desde que David Yallop anunciou o seu livro "In God's Name" (Project X) o mundo alvoroçou-se: uma investigação em torno do assassinato do Para João Paulo era uma bomba de muitas toneladas de megatons. O livro foi editado quase simultaneamente em dezenas de países e está há meses entre os mais vendidos. No Brasil, em tradução de Pinheiro de Lemos, num volume de 370 páginas, foi lançado pela Editora Record.

Agora chegam os contos de Hammet

No boom da redescoberta de alguns dos melhores escritores americanos que permaneceram esquecidos durante anos dos editores brasileiros, Dashiell Hammet (Maryland, 27-5-1984 - Nova Iorque, 10 de janeiro de 1961) tem sua obras lançada com grande disputa.

Travessias da Mente

A difusão dos cursos de psicologia no Brasil e a formação de centenas de profissionais, além do interesse genérico por esta especialidade, fez crescer a bibliografia especializada - não apenas de obras profundamente técnicas, mas também que podem ser absorvidas pelo público medianamente interessado. Prova disto é o número de novos lançamentos que acontece mensalmente.

Artigo em 25.11.1984

A literatura israelense é pouco difundida no Brasil, apesar da força cultural da colônia israelita. Por isto, merece destaque o lançamento de "O Amante" (The Lover) que A.B. Yeochua (Jerusalém,1936) escreveu em 1977 e que tem recebido elogios internacionais. Esta obra, agora publicada pela Summus Editorial, é ambientada em Israel, após a Guerra do Yom Kippur, quando o amante de uma mulher desaparece, dando a impressão de que seriam resolvidas as perturbações de um casamento. Uma ilusão: a ausência só serve para ampliar sua influência e o marido empreende a procura do amante.

O real que mais parece a ficção

Entre muita ficção, três livros com personagens reais - todos lançamentos da Record. De princípio. "O dia em que Lincoln foi assassinado" de Jim Bishop tradução de Pinheiros de Lemos, 314 páginas), onde nos leva a acompanhar o dia 14 de abril de 1865, quando o ator shakespereano Joh Wilkes Booth (1838-1865) assassinou o presidente Abraham Lincoln (1809-1865), no Teatro Ford.

Festival do Rio (I) A luta pelo espaço entre tantos filmes

RIO - Um clima de festival. A luta pelo espaço vital. Parece até uma guerra. Centenas de produtores, cineastas e, especialmente, profissionais da promoção cinematográfica se integram numa bonita luta para ver quem consegue divulgar melhor os filmes, vídeos e até projetos de novas realizações que foram trazidos ao I Festival Internacional do Cinema, Televisão e Vídeo - movimentando o Hotel Nacional e espalhando-se por 17 outros cinemas daquela que já foi a Cidade Maravilhosa - e que hoje assusta pelo clima de violência nas ruas.

Festival do Rio (II) Imagens assutadoras do terrível mundo de "1984"

RIO - (Especial) - A parte competitiva do I Festival Internacional de Cinema, Televisão e Vídeo não poderia ter iniciado de modo mais melancólico. "Notre Histoire", de Bertrand Blier, foi uma decepção geral. Hermético, confuso, procurando o surrealismo de Bunuel (mas sem o gênio do espanhol), Blier conseguiu quase uma unanimidade. Ainda bem que Alain Delon, ator e produtor de filme, acabou não vindo, pois não gostaria das críticas que foram feitas tanto na imprensa como, ainda mais pesadas, nos vários círculos do festival.

Festival do Rio (III) Emoção maior no "Cabra" marcado para o sucesso

RIO (Especial para O ESTADO DO PARANÁ) - Ao final da projeção de "Cabra marcado para morrer", na manhã de sábado, 24, os jornalistas e convidados do I Festival Internacional de Cinema, Televisão e Vídeo deixavam a Sala Glauber Rocha, emocionados (muitos com olhos lacrimejando). Realmente, nenhum dos filmes apresentados até agora trouxe uma carga tão grande de emoção como esse documentário que, iniciado em princípios de 1964, foi interrompido pela revolução e só pôde ser retomado entre 1981/83. À saída da sessão, outra emoção: a sra.

Festival do Rio (IV) II Fesrio já tem data: novembro, 85

RIO (Especial para O ESTADO DO PARANA) - Ao encerramento do I Festival de Cinema, televisão e vídeo, terça-feira última, uma coisa já era definitiva: a realização de sua segunda edição, em novembro 1985, com uma estrutura bem mais ampliada e uma planificaçãoantecipada, corrigindo-se as deficiências observadas durante os últimos dez dias. Praticamente independente dos recursos oficiais - a contribuição da Flumitur ficou em menos de Cr$ 300 milhões e o Fesrio custou mais de Cr$ 6 bilhões - e justamente por não ficar atrelada à máquina estatal é que esse festival poderá consolidar-se.

Festival do Rio (V) Os desenhos de Bia Wouk no filme que o México mandou

RIO (Especial para O ESTADO DO PARANÁ) - Os desenhos que faz Armando (Rafael Sanchez Navarro), o jovem e conflituado personagem de "El Outro", durante a ação dramática desse filme que representou o México no I Festival Internacional do Cinema, tem íntima ligação com a estória roteirizada pelo argentino Miguel Puig. São desenhos de traços marcantes e fortes, que os curitibanos reconhecerão com facilidade, se algum dia esse filme for lançado em circuito comercial.
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