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Aramis

Artigos por data (1984 - Dezembro)

Munheca eletrônica de Deliberador no Detran

BOM SENSO e munheca. Eis duas palavras que definem a administração de Francisco Deliberador Neto como prefeito de Ibiporã (1976/82) e que lhe estão caracterizando a ação num dos órgãos mais sensíveis da administração pública: o Departamento Estadual de Trânsito. Medidas práticas e objetivas, visando facilitar a vida dos usuários, fazem com que, ao completar o primeiro ano na direção do órgão, Deliberador ganhe justo aplauso. A última (e boa) novidade foi a de estender a computadorização também à renovação e à emissão da 2a via.

Neste Natal, mais uma vez se ouviu Haendel

Com três apresentações de "O Messias" - oratório de Haendel, sob a regência do maestro Frederico Gerling Júnior e a participação da Orquestra Sinfônica da UFP e da Associação de Corais da Igreja Adventista do Sétimo Dia, o Teatro Guaíra encerrou as comemorações do seu centenário de fundação. Num lançamento dos mais oportunos - um verdadeiro presente de Natal aos que apreciam as grandes obras - a Polygran/Philips editou, há poucas semanas, um "Messias" (3lps, Cr$ 70.00,00), dirigido por John Eliot Gardiner, com a participação do Coro Monteverdi e do English Baroque Soloist.

O canto lírico

Raramente os cantores líricos têm oportunidade de fazerem gravações no Brasil. Mesmo os bons valores não conseguem perpetuar suas vozes em discos, já que o mercado é restrito - ao menos em termos de produções nacionais. Por isto, dos mais significativos o fato da Barclay ter produzido um belo elepê com o tenor João Sabó, acompanhado pela Orquestra Sinfônica de São Paulo, sob a regência de Bruno Roccella.

As marcas musicais de 1984

ENTRE os múltiplos aspectos retrospectivos de 1984, preferimos fazer 10 anotações sobre a área musical. De certa forma, complementam o grande ranking que tradicionalmente O ESTADO DO PARANÁ publica, a cada edição de fim de ano, e que hoje também está no suplemento CLÁUDIO (uma segunda parte, com o jazz poll, sairá na próxima semana). Na área de cinema, o levantamento dos melhores - na opinião de críticos e estudiosos e segundo as rendas - fornece uma síntese objetiva.

"Teorema", uma visão polêmica de Pasolini

Aos poucos a Brasiliense está possibilitando que se conheça a obra do cineasta Pier Paolo Passolini, morto há 9 anos passados. Assim já publicou "Caos - Crônicas Políticas", "Diálogo - As últimas Palavras do Herege", "Amado Meu" e lançará brevemente "Regazzi di Vita" ("Rapazes da Vida"), na coleção "Circo de Letras" saiu o romance-roteiro de obra cinematográfica mais famosa deste intelectual italiano:"Teorema" (tradução de Fernando Travassos, capa de Ettore Bottini, 176 páginas).

A poesia de João Cabral

Poeta maior - entre os cinco grandes da literatura brasileira - João Cabral de Melo Neto lançou um novo livro - "Auto do Frade" (Livraria José Olimpio Editora, 90 páginas), enquanto "Morte e Vida Severina", em 19 anos, chega agora em sua 20a edição - também lançada pela José Olympio. Como diz a própria editora, à primeira vista (mas só a primeira vista), a poesia de João Cabral de Melo Neto é "espantosamente simples".

"Max", um romance da Hollywood sem glamour

No quarto capítulo de "O Refúgio dos Deuses", Garson Kanin fala de seu encontro com Casrl Laemmle (Laupheim, Alemanha - 1867 - Hollywood, USA, 1939). Emigrante que chegou aos Estados Unidos há um século, Laemmle foi aos Estados unidos há um século, Laemmle foi o pioneiro da exbição cinematográfica. Por um acaso, um dia foi procurado por um jovem interessado em alugar um grande depósito que possuía na Milwaukee Avenue, em Chigaco e ali instalar um primitivo cinema. Era o ano de 1906 e o improvisado cinema - com a novidade das figuras animadas nas telas - conquistaria o público.

Geléia Geral

Uma agradável surpresa entre tantos lançamentos de novos intérpretes e compositores: João Fernando. Num elepê da Opus/Columbia, surge este vigoroso talento nordestino, com uma coleção de composições próprias - algumas em parceria com João Uchôa: "" Abrir Caminhos", "Cavalo do Tempo", "Estrela Guia", "Rosa de Sangue", "Estamos Chegando", "Seu Espaço", etc. Um autor que se diferencia e tem aquele "algo mais" que faz com que se aposte em sua carreira. Pena que não tenha encontrado, ainda, a promoção merecida. xxx

Aldir e Maurício, no melhor disco de 1984

Há quatro anos, Maurício Tapajós (Rio de Janeiro, 27.12.1943), dono já de uma sólida obra com ilustres parceiros - paralelamente a uma das mais lúcidas e corajosas lutas em defesa dos direitos autorais - gravou um elepê como intérprete ("Olha Aí", produção da Sociedade de Artistas e Compositores Independentes Ltda.). No primeiro semestre de 1984, Maurício voltou aos estúdios para fazer um álbum duplo, - desta vez registrando a parceria com Aldir Blanc e realizando aquele que é, em nossa opinião, o melhor disco produzido no Brasil em 1984.

A tradução em questão

Questiona-se muito o trabalho do tradutor no Brasil. Citando-se a expressão italiana - tradutore traditori - que acusa aos profissionais que possibilitam milhões de leitores que não tem acesso às edições originais conhecer desde os clássicos até os mais supérfluos best-sellers. Culpados ou inocentes, os tradutores também amargam muitas queixas: um trabalho raramente valorizado, mau gosto enquanto o edito (e o autor) lucram com a s reedições, eles ficam apenas com o fixo pré-estabelecido. Obviamente, hoje as coisas mudaram e os tradutores já participam também dos resultados das reedições.
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