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Aramis

Artigos por data (1985 - Março)

"Cabra" como opção do sexo explícito

Após um verão de vacas magérrimas, em termos de opções culturais, a programação começa a melhorar. No Teatro Guaíra, na próxima semana, a estréia daquela que é, em nossa opinião, a melhor montagem feita no Brasil nos últimos anos: "Feliz Ano Velho", do livro-depoimento de Marcelo Paiva (já em 44ª edição pela Brasiliense).

No campo de batalha

O empresário Chaiben está movimentado-se bastante. Na semana passada trouxe os shows de Gonzagão, Dominguinhos e Belchior. Agora, neste fim de semana, promove no auditório Bento Munhoz da Rocha Neto a temporada do Ballet Espanhol de Angel Pericet com "Recurdos de Mi Terra; Lo Clássico y lo Popular". xxx Dedicando-se a dança clássica e popular espanhola, esta companhia é integrada por Pericete e seus irmãos - Eloy, Carmelita e Maria del Amparo. Muitas cores e danças neste espetáculo hispânico. Olé! xxx

Os bons encontros que Mário promove

O jornalista Mário de Aratanha, ex-integrante da equipe do "Jornal do Brasil", tem se revelado um produtor artístico de maior visão cultural. Após ter assessorado Walter Santos na Aulus - empresa responsável pela vinda ao Brasil de grandes nomes da música erudita e jazz - e coordenado as atividades do Ballet Stagium, Aratanha criou a sua própria empresa - a Kuarup. Trabalhando na produção de discos-brinde e empresariando shows com artistas do primeiro time - Turíbio Santos, Egberto Gismonti, Clara Sverner, Elomar Figueira de Mello etc.

Barbra sempre atual

É incrível como Barbra Streisand tem procurado acompanhar a transformação musical nestas últimas duas décadas.

O som dos pampas (III) - KK, uma dupla que deu certo

Se há dezenas de talentos da música gaúcha ainda a espera de maior reconhecimento nacional - apesar de um regular trabalho em shows, festivais e mesmo discos produzidos no RS - a dupla Kleiton & Kledir (Ramil), gaúchos de Pelotas, ex-integrantes do grupo Almôndegas, hoje já estão entre os superstars.

O jazz de protesto no melhor lp de 84

O jazz pode também ser música de protesto? A resposta é positiva. Basta ouvir "The Ballad of the Fallen" (Barclay/ECM, dezembro/84), seguramente um dos dez melhores discos do ano passado (conforme indicamos em nosso referendum) e um dos três "record of year" no Jazz Poll dos leitores da revista "Dow Beat" (dezembro/84) (1).

Márcio, a bossa dos bons tempos

Na história da música popular brasileira dos anos 60, um nome ainda não teve o reconhecimento merecido: Aluízio Porto Carreiro, médico psiquiatra, violonista amador e sobretudo entusiasta estimulador de muitos talentos. Em sua agradável casa, no início da década de 60, se reúnem jovens que desejavam músicas. Gente que se tornaria conhecida: Aldir Blanc, Luiz Gonzaga Jr. (Que chegou a se casar com uma de suas filhas), Ivan Lins, Lucinha Lins e tantos outros que semanalmente se encontravam na casa da Rua Jaceguai, Rio.

Paulinho, aquele que se americanizou mesmo

Depois que Airto Guimorvan Moreira, há 17 anos, foi para os Estados Unidos mostrar aos embevecidos americanos o que é a criatividade em termos de percussão, centenas de outros músicos brasileiros emigraram também para a América. Alguns se deram bem, outros não. Hoje há pelo menos uma dezena de percussionistas brasileiros de evidência nos Estados Unidos mas Airto, catarinense de Itaiópolis, 43 anos, paranaense de formação, continua a ser o maior prestígio.

Grandes Pianistas

País de pianeiros e pianistas, o Brasil absorve bem os lançamentos clássicos com virtuoses deste instrumento.

A bela poesia do Sul

Luiz Coronel, poeta, letrista, publicitário e intelectual gaúcho - vencedor de muitos festivais de música nativista com suas belíssimas composições, especialmente o ciclo da "Gaudêncio Sete Luas" - é um dos mais fervorosos admiradores de um conterrâneo dos pampas, cujo talento ainda não foi suficientemente reconhecido: Carlos Nejar. Para Coronel, Nejar está numa categoria especial de poetas - a parte dos já monstros-sagrados Drummond ou do também gaúcho Mário Quintana.

Saúde, a receita para best-sellers

A saúde é uma das preocupações do homem contemporâneo. Por isto mesmo os livros que propõe, dietas, regimes, conselhos e mesmo macetes sobre como viver mais (e melhor) emplacam nas listas de best-sellers. Sem contar em textos que procuram traduzir numa linguagem leiga, sem as complicações da hermética "língua" médica, aspectos das doenças que mais ceifam vidas - câncer, enfarte, diabete etc. Por outro lado, também depoimentos emocionantes de pessoas que conseguem vencer doenças e limitações físicas também estabelecem grande empatia com os leitores.

Balcão de Ofertas - O guia de bom astral para entender Halley

Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, 50 anos, astrônomo dos mais importantes no Brasil, é um homem preocupado em transferir ao leitor comum os segredos do Universo. Assim mantém uma colaboração regular no "Jornal do Brasil" e tem vários livros publicados pela Francisco Alves ("Astronomia e Astronáutica", "Astronomia do Macunaíma:, "Carta Celeste do Brasil", "Em Busca de outros Mundos", "Universos: as Inteligências Extraterrestres" e, a partir de 1983, um "Anuário de Astronomia", cuja edição 1985 (288 páginas, Cr$ 25 mil), acaba de sair.

As mães-coragem da revolução de abril

Por uma feliz coincidência (e a palavra é esta mesmo), dois dos melhores momentos da arte brasileira chegam amanhã, quarta-feira, 13, a Curitiba. Em termos cinematográficos, o emocionante e contundente "Cabra Marcado para Morrer", de Eduardo Coutinho, inaugura o Cine Ritz. Um filme que desde as primeiras sessões, ainda reservadas, quando seus realizadores buscavam recursos para fazer a ampliação de 16 para 35mm, provocava lágrimas em todos que o assistiam.

Morte da memória de nosso ensino

A Memória arquitetônica do ensino privado em Curitiba vai perdendo seus prédios. Há poucos dias aqui registramos a demolição do prédio no qual por mais de 50 anos funcionou a Faculdade de Ciências Econômicas De Plácido e Silva, entre as Ruas Carlos de Carvalho/Cândido Lopes/Voluntários da Pátria. Os tapumes cercam o antigo prédio, internamente já demolido.

Poetas deste nosso Paraná

Quem são os poetas paranaenses? E quantos?

Emoção do real em "Feliz Ano Velho"

A emoção que "Feliz Ano Velho" (auditório Bento Munhoz da Rocha Neto, até domingo, 21 horas) passa ao espectador é imensa. O fato de ser uma honesta recriação do depoimento de um jovem de 20 anos que, há 6 anos passados, ficou paralítico - e ser, filho de um deputado cassado e morto pela repressão (Rubens Paiva) - dá a esta montagem teatral maior carga humana.

O mágico & o sonho

"Cada um sonha como vive" (Padre ANTÔNIO VIEIRA)

Os quatro anos de uma editora local

Com a publicação de "Desça, menino", de Eglê Medeiros, e a reedição de "Um Camelo no Último Andar", de Amaury Braga da Silva, a Criar Edições inicia as comemorações de seus quatro anos de atividades. Pode não parecer muito, mas é.

Nas fotos de Kava a homenagem de Zé

No hall do auditório Salvador de Ferrante, mais uma bonita homenagem à memória de Francisco Kava, falecido em acidente na Ilha do Mel, há poucas semanas. Um de seus maiores amigos, o ator e produtor José Maria Santos, inaugurou, recentemente, uma exposição de mais de 50 fotos feitas por Kava, com cenas de diferentes montagens de Zé, nos últimos 15 anos. xxx

Hermínio, amor e poesia, 50 anos

Lindolfo Gaya e Stelinha Egg, dois artistas do maior respeito, terão, hoje, uma especial alegria: vão reencontrar um de seus maiores amigos, o poeta, compositor, produtor e animador cultural Hermínio Bello de Carvalho, diretor da Divisão de Música Popular do Instituto Nacional de Música/Funarte. Hermínio está em Curitiba há 3 dias. Veio apenas rever amigos e descansar após sua participação no I Congresso Nacional de Música Popular (5 a 7 de março), em Araxá, no qual foi um dos mais atuantes expositores.
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