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Aramis

Artigos por data (1985 - Março)

As lindas meninas da música rurbana

Rompendo o machismo da música rurbana, estão aparecendo as duplas femininas. Num universo ainda dominado pelos homens, apesar de algumas exceções ao longo dos anos - como a inesquecível Inhana (Ana Eufrosina da Silva Santos, 1919-1981), companheira de Cascatinha (Francisco dos Santos, 1919) por 40 anos - ou, mais recentemente, as Irmãs Galvão - as mulheres sempre foram admitidas, no máximo, como parceiras. Entretanto, na conquista de seus espaços, temos agora duplas femininas com uma presença em escalada neste universo da música brasileira.

O humor e a emoção no canto de Clara

Salvo engano, coube ao sempre arguto e bem informado Ilmar de Carvalho, jornalista catarinense há muitos anos radicado no Rio de Janeiro, o primeiro a observar a importância do surgimento de Clara Sandroni na MPB. Tomando conhecimento de seu disco independente ainda no ano passado, Ilmar não teve dúvidas: incluiu a deliciosa e bem humorada "... do cavalo do bandido" (Nestor de Hollanda Cavalcanti/Hamilton Vaz), gravada por Clara, como uma das dez melhores músicas de 1984, no referendum que divulgamos no suplemento CLÁUDIO.

O Canto dos Pampas (VII) - A beleza do Nativismo no melhor do Musicanto

Em apenas duas edições o Musicanto - Festival Sul-Americano de Nativismo - realizado em Santa Rosa, conseguiu não só ombrear-se ao mais tradicional festival do Rio Grande do Sul - o Califórnia, de Uruguaiana, já em sua 14ª edição (realizada em dezembro último), como, em termos de premiação, oferecer o mais alto valor de todos os festivais realizados até agora no Brasil: um ford Del Rey zero quilômetro ao autor da música premiada em primeiro lugar.

O som agradável de Robin e dos Gibsons

Entre tanto som elétrico, duas agradáveis surpresas: Robin Gibb ("Secret Agent", Polygram) e os Gibson Brothers. Vindo de uma das mais prósperas famílias musicais - os Gibb, que formaram o Bee Gees, incluído em 1978 no Guinnes Book of Records, com a vendagem de 20 milhões de cópias da trilha sonora de "Saturday Night Fever" (Os Embalos de Sábado à Noite). Robin Gibb tem sido bem sucedido também em sua carreira solo - já com 15 anos (em 1970, saiu "Robin's Geign").

Geléia Geral - Prince & compactos

Apesar dos milhões de dólares investidos para tentar fazer com que Michael Jackson repetisse o fenômeno de Elvis Presley ou dos Beatles, a canoa furou. Mesmo com aparente sucesso, seu gás não era tanto e assim, um ano após ter explodido com toda a carga promocional internacional, começou a decair em vendagem e sucesso. Em compensação, outro cantor-compositor negro, Prince, subiu em 1984, ao ponto de acabar ganhando vários Grammy e chegar nas telas num filme que há meses lota cinemas (em Curitiba, há quase 3 meses em exibição): "Purple Rain".

Diana, como escolher o melhor repertório

Em 1978, aos 20 anos, Diana Pequeno, baiana de Salvador, ex-estudante de engenharia e de sociologia, estreava num elepê que, de imediato, chamou a atenção da crítica. Bonita mulher, uma voz personalíssima, Diana já dirigia sua obra buscando apresentar um trabalho que reunia três ingredientes que ela, conscientemente, considerava fundamentais - poesia de alto nível, música expressiva e interpretação.

A boa safra com os livros sobre museus

O mecenato cultural tem se revelado como uma das formas mais vigorosas para o enriquecimento da bibliografia brasileira. Apesar da crise econômica, a cada ano vem aumentando o número de grupos empresariais que graças a sensibilidade de seus dirigentes tem sabido investir em patrocínio de livros, álbuns de arte e também discos, com trabalhos do mais alto nível.

O prazer renovado de reler Drummond

Que delícia reencontrar os livros do poeta maior Carlos Drummond de Andrade em novas e coloridas edições lançadas pela Record! Depois de tantos anos de fidelidade a José Olympio, Drummond acabou se transferindo para a editora de Alfredo Machado que, com toda razão está sabendo dar um tratamento especial aos seus livros - reeditando-os com carinho e fazendo com que "Corpo", com novos poemas, esteja, desde sua primeira edição entre os mais vendidos.

Com "O Gato", a nova literatura do Canadá

Pouco se conhece da moderna literatura canadense no Brasil. Por isto merece atenção a iniciativa da Difel em lançar "O Gato" de Yves Beauchemin (552 páginas, tradução de Octávio Mendes Cajado, capa de Josmar Fevereiro, Cr$ 45 mil). Nascido em Quebec, 44 anos, Beauchemin é considerado hoje um importante escritor canadense. Já foi comparado - na Inglaterra e França, respectivamente - a Charles Dickens e Rabelais, tal o encanto universal da sua literatura.

Balcão de Ofertas - As emoções no ar com o suspense de Ernest

Ernest K. Gann é um romancista que tem colocado em seus livros muito da sua vivência de ex-piloto comercial. Assim é que seu "The Might and The Power" levado ao cinema, transformou-se há 30 anos passados num clássico do suspense aeronáutico com o título, no Brasil, de "Um Fio de Esperança", direção de William Wellman e um elenco superstar liderado por John Wayne, além de uma música-tema que até hoje se ouve com prazer.

O poder segundo Galbraith

Embaixador dos Estados Unidos na Índia durante o governo Kennedy, responsável, por uma notável série de televisão na qual conseguiu transformar o economês em imagens atraentes ("A Era da Incerteza") e respeitado como um dos maiores economistas contemporâneos, J. Kenneth Galbraith tem admiradores (e também críticos) em todo o mundo. Por isto mesmo o lançamento que a Editora Pioneira - associada ao Movimento Cultural Internacional de Seguros - está fazendo agora deverá chegar a um público de elite e que ocupa cargos expressivos: "Anatomia do Poder".

Fante, as memórias de Hollywood sem glamour

É incrível o poder de marketing que Caio Graco, da Brasiliense, desenvolveu nos últimos anos. Ativíssimo editor, vem fazendo com que autores desconhecidos se tornem best-seller e, especialmente, caiam no gosto do público jovem. Assim transformou Charles Bukowski num dos autores mais consumidos nos últimos três anos a partir de "Cartas na Rua", logo seguido de "Mulheres" e "Misto Quente", todos volumes da coleção Circo de Letras.

Recordando Lisboa com emoção de Eça

"Era Lisboa e Chovia" de Dário Moreira de Castro Alves (Editorial Nórdica, 400 páginas, Cr$ 29.000) é antes de tudo um roteiro cultural, histórico, literário e sentimental de Lisboa a partir de Eça de Queiroz, escrito com "imenso amor", como o assinala Jorge Amado na apresentação. O livro é também uma homenagem à memória de Dinah Silveira de Queiroz - sua esposa - que induziu o autor a fazê-lo.
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