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Aramis

Artigos por data (1985 - Novembro)

Ritmo do balé

William Senna, mineiro de Rio Casca, 39 anos, é a outra grande revelação de violinista e compositor: em "O Homem do Madeiro", produção de Egberto Gismonti, pelo selo Carmo, William mostra dez composições das mais expressivas, nas quais emprega o violão, o corrupio e a voz, tendo a participação de Gismonti nos teclados em "Ventre da Lua" e "Porã" e no segundo violão em "Colméia", enquanto Dulce Bressane, com sua acariciante voz (e é uma pena que ela não faça um disco como cantora) em "Horizonte" e "Porã".

A orquestra do mestre Turíbio

Turíbio Santos, maranhense de São Luiz, 41 anos, é, sem maior favor o nome mais importante do violão erudito no Brasil. Com longos anos de vivência na França - onde retorna anualmente para concertos - uma dúzia de importantes elepês gravados na prestigiosa Erato (dos quais, a RCA, que aqui representa este selo, apenas editou um deles, com temas de Villa-Lobos), Turíbio é também um apaixonado pelo Choro. Estudou a obra de João Pernambuco, resgatando suas composições e a ele já dedicou um elepê magnífico ("Choros do Brasil", 1977).

Mário, o violão com som social

No ano retrasado, Francisco Mário mereceu todas as premiações com seu maravilhoso "Conversa de Cordas, Couros, Palhetas e Metais". Passaram-se quase dois anos para Francisco fazer um novo disco: "Pijama de Seda", a exemplo de seus três outros lps ("Terra", 1979; "Revolta dos Palhaços", 81), também uma produção independente, através de sua etiqueta Libertas (pedidos para Rua Araucária, 90/202, Rio de Janeiro - CEP - 22461).

Luisinho Eça, 50 anos de romantismo

As comemorações do cinqüentenário de Luisinho Eça (Luiz Mainzi da Cunha Eça, Rio de Janeiro, 3 de abril de 1935) não poderiam culminar de forma mais musical: o lançamento, quase que simultaneamente de um disco instrumentalmente representativo de seu trabalho atual - "Triângulo" (Carmo, série luxo LPC15) e um emocionantemente romântico trabalho em parceria com o cantor Pery Ribeiro ("Pra tanto viver", Continental), uma espécie de revisão de uma das fases de maior criação da MPB.

Joanna, a receita que agrada sempre

Coincidência ou não, em termos de marketing os novos discos de Joana (RCA) e Simone (Cristal", CBS) aparecem quase que simultaneamente. Na capa dos dois elepês, as superstars vêm vestidas de branco. Os repertórios também se aproximam. Deixemos o disco de Simone para depois e fiquemos com Joanna, que neste sexto elepê repete o mesmo esquema anterior: o romantismo abolerado e os sentimentos derramados. Só que com sete anos de carreira, vendendo bem (média de 100.000 cópias por disco) Joanna já pode pretender vôos maiores.

Rock, de muitas partes do mundo

O rock fez realmente a Terra se transformar na aldeia global. Hoje os grupos pop, cantando em inglês, ao som de muitos decibéis, integram multidões de jovens e surgem de todas as partes: da Suécia, Alemanha, Holanda, Polônia e até da Bulgária vêm as "conexões" roqueiras.

Nelson, o country com boa parceria

Finalmente o country começa a ocupar o espaço que há anos vem procurando em nosso mercado. E se há muita inutilidade, perfeitamente dispensável, há cantores da força de Wilson Nelson, o maior nome do country nos Estados Unidos (25 milhões de cópias vendidas, que já lhe valeram quinze discos de ouro, oito de Platina e dois de triplo-platina) que tem sabido trabalhar.

Os partidos de 50 anos passados (II)

Mais do que nostalgia ou reminiscência histórica, a verificação da evolução dos partidos políticos, criados no Brasil a partir de 1930 é interessante para uma comparação ao que ocorre neste período eleitoral, quando a Nova República estimulou a criação de 30 siglas, quase uma dezena das quais já organizadas no Paraná.

Rosirene, a que sabe falar para crianças

Em "O menino que não gostava de ouvir histórias", Rosirene Gemael, 31 anos, jornalista mãe de Marcos, 5 anos, conta a história de um menino que não gostava de ouvir histórias. Preferia, ele mesmo, em sua riquíssima imaginação, inventá-las. Ou recontá-las a sua maneira.

Maksoud, segundo o perfil de Maranhão

Desde quando publicou sua primeira reportagem em O ESTADO DO PARANÁ - e lá se vão 20 anos - o jornalista Carlos Roberto Maranhão sempre se revelou um craque em termos de escrever sobre pessoas, fazer perfis humanos - com toques de ironia e acurada observação do quotidiano. Tanto é que fez carreira na imprensa nacional e até há pouco era o editor-assistente da "Playboy", depois de passar anos na "Placar", revista a qual voltou agora, para ser o editor-chefe.

Logo o Paraná terá mais de 200 rádios

Possivelmente até o final de 1987, nada menos que 200 dos 310 municípios do Paraná contarão com emissoras de rádio. Aos 179 prefixos hoje existentes serão acrescidos mais 14 estações, em vários municípios, além de mais quatro canais de televisão que estão em disputa para instalação em Curitiba, Cascavel, Guarapuava e Pato Branco.

A campanha do Coxa no disco-documento

Vez ou outra, em balcão de ofertas e sebos de discos, encontramos aqueles antigos elepês com as narrações emocionadas dos jogos do Brasil na Copa de 1958. Desde então, bissextamente, têm aparecido álbuns com sínteses das grandes campanhas esportivas não apenas do selecionado canarinho, mas também de campeonatos estaduais. Lombardi Júnior, que há alguns anos prensou os momentos marcantes da campanha que deu ao Cascavel o título estadual, repetiu este ano o registro fonográfico da cobertura que a Equipe Positiva deu à bela façanha do Coritiba em conquistar o campeonato nacional.

Os partidos de 50 anos passados (III)

Entre os quase 150 partidos políticos que floresceram no Brasil durante a primeira metade dos anos 30 e, posteriormente, após a redemocratização (1945), há várias siglas curiosas, representando segmentos específicos da população, classes sociais, econômicas, profissionais e ideológicas, naturalmente. Mais ou menos como ocorre agora, na Nova República, com 30 partidos constituídos nos últimos meses.

Uma denúncia sobre o colonialismo musical

Um objetivo e corajoso documento, versando 9 pontos básicos sobre questões da música e da cultura brasileira, resultou de quatro painéis realizados durante os dias 8 a 10 de novembro, na cidade de Carazinho (60 mil habitantes, 284 km de Porto Alegre), reunindo nomes representativos da música brasileira.

Nádia, valorização da cultura ucraína

Pela primeira vez no Brasil, será editada uma antologia de contos ucraínos, uma edição impressa em Curitiba, pela modesta Arco-Íris, de Silvio Barreto, que se entusiasmou com o trabalho de Nadia Kerecuk, professora de ucraíno e inglês, que traduziu 30 dos mais belos contos tradicionais do país de seus ancestrais. Com ilustrações de outra filha de ucraínos, Lídia Jedyn, a antologia também já interessou a Edições Melhoramentos, que está planejando uma séria sobre fábulas de todo o mundo e viu em Nadia a profissional ideal para coordenar o projeto.

De gente & Fatos

Evany José Dutra, 48 anos, coronel reformado da Aeronáutica, ex-paraquedista e presidente do Clube de Ultraleves do Paraná, continua na batalha para difundir os ultraleves - até agora apenas com 15 unidades em Curitiba. Domingo à tarde, Dutra estará apresentando um novo modelo - o Fox, lançado há pouco no Brasil. Custa 900 ORTNs. Voar ainda custa bastante... xxx

No campo de batalha

Carlos Meissner Osório e Pedro Teixeira Chaves, diretores do Interamericano, recebendo merecidos aplausos: o concerto de Gerry Mulligan Quartet foi excelente, proporcionando ao público - especialmente jovens e instrumentistas da cidade - ouvir uma das legendas vivas do cool jazz. "Have'ra mais eventos semelhantes", promete Chaves, diretor cultural do CCBEU. xxx

Chamamento Nativista (II)

Os turfistas conhecem Carazinho (município distante 284 quilômetros de Porto Alegre) pela famosa cancha reta, que, com 700 metros, é a maior da América do Sul e que promove competições de milhões de cruzeiros reunindo puros-sangues do Brasil e do Exterior.

A disputa pelo melhor dos festivais gaúchos

Oficialmente levantados pelo atuante Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore, são 30 os festivais de música do Rio Grande do Sul. Considerando-se eventos que não tiveram a continuidade desejada ou se restringem a setores específicos, esse número poderia crescer para quase meia centena. Independente dos números, o fato é que a música, no Rio Grande do Sul, adquiriu uma força intensa, de modo que um mercado cada vez maior se abre para compositores, intérpretes e instrumentistas, e atraia, com toda razão, as gravadoras, para o registro de todos os festivais.

Chamamento Nativista (III)

Altemir Nascimento, 20 anos, um carazinhense que reside há 5 anos em Curitiba, preparando-se para o vestibular de Medicina, defendeu, com garra e vigor, na V Seara da Canção Gaúcha, a semana passada, uma das dez canções que falavam de temas ligados à agricultura. "O Grito do Campo", xote de Clíon Tadeu Madeira Costa, foi calcado no movimento que o jornal "O Interior" promoveu, há um ano levando milhares de produtores rurais e agricultora ao Estádio Beira-Rio, no maior protesto já realizado no Rio Grande do Sul. A música não foi classificada para a finalíssima.
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