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Aramis

Artigos por data (1986)

Poema: cidade

Da floresta para a cidade. É "Poema: cidade", uma tentativa de abordagem cinematográfica tão vanguardista quanto a obra do personagem focado - o poeta Augusto de Campos.

Frankenstein ganhou por unanimidade nos curtas

Houve unanimidade. Tanto o júri de curta-metragem não teve maiores discussões como o júri de imprensa, e o apoio entusiástico do Público: "Frankenstein Punk" foi o melhor curta-metragem exibido no FestRio-86. Um filme de animação, com bonecos, recriando com imaginação e muito humor um dos personagens mais populares da literatura horror, "Frankenstein Punk", realização de Eliana Fonseca e Cao Hamburger, foi o favorito desde sua primeira projeção.

Mbá, trinta anos na guarda dos arquivos

Talvez não entre no Guinness Book of Records mas é, sem dúvida, um item que raríssimos servidores públicos poderiam incluir em seu curriculum: 30 anos ininterruptos de chefia de um Departamento público.

Comunicação para os que comunicam

Um dos cardeais do jornalismo brasileiro, Alberto Dines, 54 anos, responsável pela grande transformação do "Jornal do Brasil" nos anos 60, passou a ser, após o seu afastamento do matutino da família Nascimento Brito, uma espécie de contestador da chamada Grande Imprensa, na qual ele sempre esteve ligado. Ficaram famosas suas ácidas análises nos tempos duros da repressão, através das páginas corajosas do "Pasquim".

Sinceridade argentina e a decadência da Colômbia

A crítica foi implacável mas "Gerônima", o candidato da Argentina nesta terceira edição do FestRio, pode sair com uma premiação: o Prêmio OCIC, da Organização Católica de Cinema. Afinal, dos filmes em competição vistos até a metade do festival, esta fita pobre, humilde, realizada com muitas dificuldades, tem grandes aspectos humanos.

Bamerindus guarda também a memória de nosso Estado

A memória histórica do Paraná, através de depoimentos de homens e mulheres que, de uma forma ou outra, tiveram uma participação em diferentes setores começa a ser preservada em som & imagem. Aquilo que deveria já ter sido feito pelo Museu da Imagem e do Som (ou seria, da Imaginação, como, ironicamente, chamava aquela unidade o espirituoso Fernando Velloso), está agora acontecendo graças a sensibilidade de alguns executivos do Bamerindus.

A prosperidade de quem conta histórias infantis

A Feira Intercolegial do Livro está dando um natural destaque à produção destinada à infância. É natural. Afinal, para que a indústria editorial continue a crescer, é necessário que se desperte cada vez maior interesse nas crianças pela boa leitura.

As homenagens para Franco. Na Itália.

Franco Giglio vive. E nem poderia ser diferente! Afinal este italo-brasileiro que deixou tanta beleza em seus quadros, desenhos e murais não poderia ser esquecido - especialmente também pelos milhares de amigos que soube fazer. Ainda agora, enquanto o belo mural que criou há 11 anos, para a residência da crítica Adalice Araújo, é restaurado e transferido para o futuro Museu Poty, no Centro Cultural do Portão, na Itália prepara-se uma série de comemorações em memória a Franco Giglio. xxx

Psicose III e O Homem da Capa Preta, nas estréias da semana

Há dois anos, quando veio ao Brasil para promover a estréia de "Psicose II", o ator Anthony Perkins assim respondia a nossa última pergunta, durante uma entrevista especial para O Estado do Paraná, no Rio Palace: - E agora, Mr. Perkins, quais os planos futuros? Pensa em voltar, mais tarde, a um "Psicose III"! - Meu plano imediato é descansar numa praia com minha esposa e filhos. Não sei qual será o próximo filme. Mas uma coisa eu lhe garanto: não haverá, pelo menos comigo, "Psicose III".

A emoção de uma noite de jazz com "Mr. President"

São Paulo Em sua carregada agenda, terça-feira, 9, há um compromisso muito especial: uma apresentação na Casa Branca, a convite pessoal do presidente Ronald Reagan, seu amigo e admirador. Só mesmo o agravamento da crise do Irãgate pode cancelar esta recepção no qual ele será, por certo, a grande atração musical. Esta é a explicação porque Lionel Hampton, 73 anos, vibrafonista, baterista, pianista, cantor, compositor e, sobretudo, o último dos grandes band-leaders do jazz, encerra amanhã, sua temporada no 150 Night Club, em São Paulo.

Na memória da MPB, uma noite para o Braguinha

São Paulo

A década de ouro de nosso Carnaval

No Rio de Janeiro, o pesquisador Jairo Severiano, um dos autores da Discografia da Música Brasileira (4 volumes) e que no ano passado coordenou o belíssimo projeto homenagem a Caymmy, está ultimando um livro sobre a vida e a obra de Braguinha, acompanhado de um elepê com seus maiores sucessos, na interpretação dos jovens da "orquestra de vozes" Garganta Profunda. Estas duas produções, mais shows, sessões solenes, exposições e outros eventos marcarão a 29 de março de 87 os 80 anos bem vividos e amados de Braguinha.

Dorgival, o candidato de um só voto

Você vai pedir recontagem de voto? Dorgival Barbosa Lima reage na esportiva quando a pergunta lhe é feita.

Balcão de Ofertas

Difícil quem não admire Dom Hélder Câmara, um corajoso e jovial cruzado em busca de um mundo mais justo, fraterno e cristão onde a humanidade toda possa viver melhor, com dignidade e esperança. Nos anos mais duros da repressão, a palavra do arcebispo de Olinda era uma das poucas que se fazia ouvir, mundo afora, denunciando as torturas do governo militar. Portanto, se há alguém que merece respeito é Dom Hélder, de quem a Civilização Brasileira publica um novo livro: "Indagações Sobre uma Vida Melhor".

Raphael, os cumprimentos e as tentações de Aníbal

Além da alegria de conseguir uma vaga na bancada do PDT na Assembléia Legislativa - com suados 12.036 votos - o agora deputado Raphael Greca de Macedo, teve outra grande alegria nos últimos dias: os telefonemas do poeta Thiago de Mello e da atriz Fernanda Montenegro, cumprimentando-o pela vitória - difícil, sofrida, mas extremamente representativa.

No campo de batalha

Um novo veículo anarquista circulando nos meios cineclubistas radicais do Estado. Chama-se "Caos" e tem como logotipo a sátira ao slogan da MGM: "Ars Gratia Artis-Cine Clube".

Irreverência e afinamento nas vozes desta "Garganta"

Quando apareceu no MPB Shell 81, com seus integrantes em malhas pretas, dançando e cantando numa performance inusitada (mas renovadora para aquele pálido festival), o coral da Cultura Inglesa era o antípoda da instituição que representava: irreverentes, divertidos e com um humor brasileiríssimo na música que ali defenderam ("Cobras e Lagartos", Nestor de Holanda Cavalcanti/Hamilton Vaz Pereira).

Premê e Lira, a música popular com bom humor

A música brasileira sempre soube cultivar o humor. Hoje, mais do que nunca, tanto roqueiros como outras tendências buscam a linguagem descontraída para fazer os ouvintes receberem com alegria suas mensagens sonoras. Mas há também os que desejam ficar mais sérios, como o ex-Miquinho Amestrado Leo Jaime.

Léo, o ex-Miquinho, quer ser um cantor comportado

Léo Jaime está mais sério. É verdade. Surgindo com a imagem escrachada, hilária, punkabilly no grupo João Penca & Seus Miquinhos Amestrados, Léo Jaime, goiano, 24 anos, estava na linha da frente do sucesso com dois elepês, um dos quais violentamente mandado para o espaço da censura de vários tipos - como lembra a jornalista Ana Maria Bahiana.

Uma dose das "cabeças falantes"

Simultaneamente, dois álbuns do Talking Heads, grupo considerado por alguns entusiastas do rock contemporâneo, como "fundamental": o "Wild Wild Life" (EMI-Odeon) e "Fear of Music" (WEA).
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