Login do usuário

Aramis

Artigos por data (1987 - Fevereiro)

Incompetência faz com que a cidade perca bons shows

A Orquestra Filarmônica de Nova Iorque - uma das três mais importantes do mundo - vai se apresentar, dentro de algumas semanas no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre... Curitiba, mais uma vez ficará de fora deste grande espetáculo. Como também ficou no ano passado do roteiro do pistonista Miles Davis - uma das maiores expressões do jazz - e do guitarrista espanhol Paco de Lucia. Ambos poderiam ter vindo se apresentar no Guaíra. Os empresários chegaram a tentar datas mas a incompetência da direção fez com que os produtores desanimassem de programá-los.

Maurício de Souza, o império de sonhos do pai da "Mônica".

O leque de atividades de Maurício de Souza é múltiplo. Há mais de 100 empresas licenciadas para a utilização do merchandising dos bonecos - que geram 70% da receita do grupo, hoje empregando cerca de 400 funcionários, altamente qualificados (um desenhista ganha ao redor de Cz$ 30 mil) e que permitem a Maurício se lançar a novos projetos.

Um pesadelo na noite americana

"É só isso que há? É só isso que há? É só isso que há, meus amigos? Então continuemos dançando/ Vamos acabar com a bebedeira/ E nada façamos Se é só isso que há." ("Is That All There Is?", Jerry Lieber/Mike Stoller). Há filmes que se esgotam numa rápida visão. Outros abrem as portas da percepção para múltiplas interpretações. "Depois de Horas" (cine Astor, 5 sessões) é o exemplo da obra cinematográfica aberta para demoradas leituras e buscas dos mais diferentes significados.

Múltiplas chaves para a compreensão do filme

O que fascina num filme como "Depois de Horas" é a liberdade que permite para interpretações/aproximações conforme a (in)formação cultural de cada espectador. Podendo ser visto desde uma simples, comédia de situações até uma profunda reflexão sobre a solidão nas grandes cidades, a vida, a morte, encontros & desencontros.

Basso diz porque quer ficar no Teatro Guaíra

- Não nego. Acho legítima a minha presença na lista tríplice para a superintendência do Guaíra. Educadamente, ao telefone, José Basso, ocupando a superintendência da FTG desde outubro de 1985, confirma sua disposição e desejo de integrar a lista de candidatos ao cargo. Em voz pausada, procurando justificar seu posicionamento, acrescenta: - Estou no cargo há 16 meses e tenho procurado fazer um bom trabalho. Considero-me competente. Portanto, acho que é justo que eu faça parte da lista que venha a ser elaborada pelas entidades da classe.

Uma superintendência com muitos problemas

Qual o fascínio do cargo de diretor superintendente da Fundação Teatro Guaíra? Salário, não é. Afinal, mesmo com todas as vantagens, o vencimento do superintendente não ultrapassa a Cz$ 15 mil - menos do que um executivo junior recebe em qualquer empresa bem estruturada.

Uma galeria com 3 novos teatros

Ao invés da perda de mais um teatro, que tal uma volta por cima e a transformação do espaço numa galeria com três casas de espetáculos?

No campo de batalha

Manchetes de primeira página do "Diário do Litoral", jornal tablóide que é vendido como pão-quente na praia de Camboriú: "Preso o tarado que cortava a bundinha das mulheres"; "Deu uma surra na sócia" e "Caiu de pau em cima da mulher". xxx

Enéas, entre o Direito e a volta à propaganda

Enéas Faria, 45 anos, ex-senador, pensa em fazer aquilo que nunca pôde se dedicar: a advocacia. Formado pela turma de 1967 na Universidade Federal do Paraná, Enéas entraria no ano seguinte na política e depois de duas legislações como vereador (1968/74) e uma como deputado estadual (1974-78), sempre como o mais votado, seria candidato ao Senado, perdendo em 1978, para assumir quatro anos depois na vaga de José Richa.

Os velhos romances com os seus velhos leitores

Há autores que, sem pretensão, permanecem com leitores fiéis. Apesar de terem sido acadêmicos em suas épocas, com histórias tradicionais, encontram sempre um público interessado. Dois exemplos: Anatole France e A. J. Cronin, que continuam a ser reeditados no Brasil.

Prêmio Nobel, ficção científica e policial

Três romances lançados na última semana pela Francisco Alves atingem faixas diferentes de público e mostram a sua preocupação editorial em participar de todas as faixas do mercado. De princípio temos "Homens de papel", de William Golding, Prêmio Nobel de Literatura de 1983.

Crocodilo australiano e os jovens do Rio Grande

Mais uma semana de poucas estréias. Na verdade, apenas dois novos filmes estréiam esta semana: a comédia "Crocodilo Dundee", produção australiana, de Peter Faiman e que foi o maior sucesso de bilheteria nos EUA nos últimos meses (Cine Plaza) e a produção gaúcha "Quero Ser Feliz", de Sérgio Lerrer, que, a rigor, já deveria ter sido lançada na semana passada no Groff - mas que acabou sendo adiada devido ao prestigiamento que Francisco Alves deu a "A Opção", de Ozualdo Candeias. Assim, esta produção jovem do cinema gaúcho, estréia agora no Luz, em substituição a "Suspeita", de Hitchcock.

De como transformar um tapume em obra-de-arte

Há quase 15 anos, Ivens de Jesus Fontoura, artista plástico, pintor, programador visual. coordenou a execução do primeiro grande painel numa rua de Curitiba. Foi na Visconde de Nacar, transformando um paredão num artistico espaço, que, graças à administração Jaime Lerner, serviu de exemplo para outros projetos semelhantes. Hoje o espaço ainda existe - mas recoberto de cartazes e péssimos anúncios publicitários. Quando, poderia ter sido reciclado para um novo painel. Só que o prefeito Roberto Requião não tem esse tipo de preocupação para com as coisas da cidade. xxx

Uma comédia simples e que rende milhões

Na madrugada do próximo dia 30 de março, na festa do Oscar, um dos apresentadores será Paul Hogan. Quem é Paul Hogan?

O Som criativo de Marília e Sérgio

Um engano técnico: a notícia sobre o build up de Marie-Therèse Pellisier D'Aboncourt, que foi capa da revista "Quem" (Agosto/86), e que na verdade não existe, precisa de um esclarecimento. A modelo das fotos foi Marilia Giller, pianista profissional, que ao lado de seu marido, o saxofonista Paulo Sérgio Branco, vem desenvolvendo uma carreira com muita garra.

Gaúchos dão exemplo

Quarto longa-metragem da Z Produtora Cinematográfica, de Porto Alegre, "Quero Ser Feliz" (cine Luz, desde ontem), segue a mesma linha das produções anteriores: jovens em suas indagações, amores e perspectivas. A fórmula tem funcionado, tanto é que os três filmes anteriores - "Verdes Anos", "Me Beija" e "Aqueles Dois", foram bem recebidos em festivais de cinema de Gramado e do Rio de Janeiro, em 1984/85 e, lançados em circuitos comerciais no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, tiveram boas rendas.

O vídeo de Schumann e uma nova produtora

Willy Shumann, 23 anos, um dos mais ativos integrantes da "Turma do Balão Mágico", ultimando seu novo vídeo de longa-metragem: "Muiraquitã". Desta vez ele decidiu fazer uma comédia policial, reunindo no elecno Olinto Simões, Paulo J. Friebe, Ronald Pinheiro, Lineu Portella, José Dybax e Katiê Ribeiro. A produção é de Eloy Ferreira, do Labo Vídeo, que, anteriormente, viabilizou a realização do vídeo que Schumann realizou sobre o poeta Paulo Leminski. xxx

David Carneiro autoriza filmagem da Fortaleza

O projeto é grandioso, caro e difícil. Entretanto pode resultar no grande filme que o Paraná precisa para se impor inclusive internacionalmente: "O Drama da Fazenda Fortaleza". Há muitos anos, desde quando leu, pela primeira vez, o romance de David Carneiro, sobre a trágica história de amor e ódio ambientada nos sertões de Castro, na primeira metade do século XIX, a cineasta Berenice Mendes, 28 anos, se apaixonou pelo tema.

Um livro sobre a técnica do "lobby".

Nunca se falou tanto em "lobby" como nas últimas semanas. Os grupos de pressão - organizados ou não - procuram influenciar desde os Constituintes até os integrantes do primeiro e segundo escalões do futuro governo Álvaro Dias, em busca de seus interesses.

No Campo de Batalha

Roberto Menghini já está ensaiando a adaptação que Aldo Schmidt fez de "O analista de Bagé", de Luiz Fernando Veríssimo, com estréia no Interior e que só no meio do ano virá para Curitiba. xxx A propósito, Menghini esclarece: ele deixou o chamado "Bar da Classe", nos fundos do teatro 13 de Maio, há quase dois anos, quando o vendeu para um taberneiro de nome Itamar. "No meu tempo, diz Menghini, a freqüência não era exclusivamente gay". xxx
© 1996-2016. tabloide digital - 35 anos de jornalismo sob a ótica de Aramis Millarch - Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por Altermedia.com.br