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Aramis

Artigos por data (1988 - Agosto)

Vale a pena ver "Sonho de Valsa" na telinha?

Antes mesmo de "Sonho de Valsa" chegar a muitas capitais - fora do eixo Rio-São Paulo - a diretora-produtora Ana Carolina comercializou seus direitos para vídeo, através da Pole. Até que ponto isto vai representar uma queda nas bilheterias deste cult-movie que completa a trilogia do maior significado ("Mar de Rosas", "Das Tripas Coração", os anteriores) e nas quais Ana Carolina realizou o mais profundo mergulho em seu próprio universo?

Carlinhos, o pai da Bossa

As duas apresentações que o compositor-intérprete Carlos Lyra faz nesta semana ("505", Avenida Manorel Ribas) se constituir numa das poucas manifestações musicais comemorativas aos 30 anos da Bossa Nova. É uma pena! Pela importância de Lyra na Bossa Nova, seria justo que ele também se apresentasse em espaços menos sofisticados (e caros) como o piano-bar do Alto das Mercês.

Joyce canta Vinícius

Se faltam discos de Carlinhos e João Gilberto para comemorar os 30 anos da Bossa Nova, nem tudo está perdido: no dia 1º de setembro será lançado "Vinícius - negro demais no coração" (SBK Songs), homenagem que uma das maiores amigas do poeta, Joyce, lhe presta agora exatamente um ano após ter feito "Tom Jobim, os anos 60", também editado no Brasil pela SBK (etiqueta que vem ampliando seu catálogo de trilhas sonoras também para o melhor da MPB) e que, em CD já saiu também no Japão.

Toquinho, a segunda geração da Bossa Nova

Toquinho foi o último dos grandes parceiros de Vinícius. E o que teve a felicidade de conviver profissionalmente o maior período com Vinícius de Moraes. Quando Carlinhos Lyra fazia seus dois primeiros discos na Philips, no início dos anos 60, Toquinho, em São Paulo, era ainda um garoto que dedilhava as primeiras notas ao violão, aluno de Paulinho Nogueira, seu primeiro grande mestre. E músicas como "Barquinho de Papel", "Quando Chegares" emocionaram a Toquinho (Antonio Pecci Filho), que nem sonhava em se transformar também num grande nome da nossa MPB.

Um guia indispensável para quem curte vídeo

Já está em fase final a editoração do "Vídeo Guia 89" que a Nova Cultural quer colocar nas bancas e livrarias ainda este ano. Com um mercado cada vez mais amplo e ansioso por informações sobre vídeo e cinema, o jornalismo especializado nesta área cresceu enormemente a partir de 1985. Multiplicaram-se as revistas e após os guias pioneiros de Rubens Ewald Filho, pela Sigla (editora da "Vídeo News"), a Nova Cultural decidiu ampliar o mercado.

Wagner e os 50 anos do nosso Foto Clube

Uma justa homenagem: nas comemorações dos 50 anos de fundação do Foto Clube do Paraná, marcados com a XV Bienal de Arte Fotográfica Brasileira/Monocromática (aberta dia 20, Clube Curitibano), o convite teve como tema o estimado Helmuth Wagner. xxx

O marketing de Pizzaro e santinhos de Juvêncio

José Maria Pizzaro está usando de todas as formas para fazer com que o candidato J. Agostinho (João Agostinho Vosch, 42 anos), consiga romper o anonimato e chegar a faixas de eleitores. Assim, um jornal tablóide, mostrando a face sorridente deste engenheiro químico, radialista e ex-diretor de Limpeza Pública de Curitiba, vem sendo distribuído em pontos estratégicos. O slogam para sua campanha foi demoradamente pensado: "Sempre igual a Você".

Pela boca, Glauco que pegar o seu eleitorado

Charles de Gula, editor da gastronomia deste ALMANAQUE, poderia promover um ranking entre os candidatos a Câmara que estão usando o estômago para fisgar os eleitores, não só oferecendo generosos encontros com lideranças comunitárias - e naturalmente movidos a bons pratos, mas como também, em alguns casos, exibindo seus méritos de mestre-cuca.

"A Família" continua e o retorno de "Malpertuis"

Interessante como certas salas ficam comprometidas com um determinado tipo de público. Por exemplo, o Palace-Itália (6º andar do Centro Comercial Itália), a princípio destinado a ter uma freqüência classe "a", concorrendo com o Astor, foi tão mal-tratada em sua programação, quase que exclusiva dos filmes da Paris Filmes, que em pouco tempo firmou uma clientela classe "c" e "d", que busca apenas filmes de violência e terror explícito.

"Velha Adega", um cenário literário

É uma pena que não exista da parte dos atuais proprietários da "Velha Adega", um dos mais antigos bares da Rua Cruz Machado, alguma preocupação cultural, em termos das relações daquele ambiente com a cidade. Pois se houvesse, teriam obtido um excelente marketing promocional, comemorando há dois anos os 20 anos de inauguração da casa e, agora, procurando o professor e escritor Cristóvão Tezza, para que ali fizesse o lançamento do seu recém-publicado romance "Trapo" (editora Brasiliense, coleção Circo de Letras, 207 páginas).

Os "causos" do Susto

Susto (Valter Teodoro de Oliveira), mineiro de Ituitaba, 42 anos, em 20 anos de Curitiba se tornou uma pessoa tão conhecida e simpática, que agora se acorajou até a disputar uma cadeira na Câmara, lançado pelo PTB e a convite de seu amigo Enéas Faria, "que quero ver substituindo a Roberto Requião", diz. Cantor da noite a partir de 1969 - quando aqui chegou, nos últimos anos o bom Susto anda mais caseiro - cuidando da família e duas filhas - e trabalhando no escritório regional da Copacabana, de cuja divulgação cuida há bastante tempo.

No campo de batalha

Já que falamos em Cristóvão Tezza e seu romance curitibano, registrem-se outros títulos que chegaram às livrarias, trazendo autores conhecidos ou não,, mas que merecem atenção. xxx

Apesar da crise, a Garibaldi recusou ajuda de US$ 120 mil

Nestes tempos bicudos, é lógico que uma sociedade tradicional, mas em grande crise financeira, com seu único patrimônio necessitando de pesados investimentos para restauração, despreze a oferta de US$ 120 mil? É esta a pergunta que, por certo, o diplomata Gian-Carlo Izzo, há seis meses no Consulado Geral da Itália,, está fazendo ao receber oficialmente a informação de que a diretoria da Sociedade beneficente Garibaldi decidiu, por unanimidade, recusar a oferta feita pelo Consulado. xxx

Uma sociedade esvaziada (e que não quer ajuda)

Há muitos anos que a Sociedade Garibaldi sofre um processo de esvaziamento em seu corpo associativo - o que se reflete na arrecadação e, em conseqüência, déficit financeiro - o que impossibilita a manutenção da sede e execução de obras de restauração. Após a morte de Orlando Ceccom, os presidentes que o sucederam tentaram, inutilmente, soluções emergenciais que, na verdade, trouxeram mais problemas do que resultados.

Mais trilhas sonoras (até uma brasileira)

Assim como o jazz, as trilhas sonoras continuam em alta, com lançamento mais (ou menos) significativos, mas que atingem a um público específico. Um mercado que tende a crescer, inclusive para a área das gravações originais dos musicais da Broadway, até agora praticamente inexistentes em nosso mercado. No ano passado, a Barclay (ex-RCA) tentou uma experiência com um pacote de seis clássicos musicais, em edição conveniada com a cadeia Breno Rossi, mas por falta de melhor divulgação, os resultados de vendas não foram estimulantes.

Geléia Geral

Chuck Berry não virá mais para o IV Free Jazz Festival (Rio, a partir do dia 1º de setembro), no qual seria uma das estrelas maiores. Entretanto, Monique e Silvia Galdsberg foram ágeis e conseguiram uma substituta a altura: a excelente Nina Simone (Eunice Waymon), 55 anos, cantora que começou cantando gospel em ofícios religiosos mas que transita, há 30 anos, em vários gêneros.

Coelho, 20 anos da melhor programação

No espaçoso escritório que se espalha em várias salas do 13º andar do edifício Arthur Hauer, na Praça Osório, posters de muito bom gosto recobrem as paredes - intercaladas de fotos ampliadas e mesmo reproduções de alguns de quase 400 projetos desenvolvidos em 20 anos de trabalho.

A mostra do choro

Pela segunda vez, Saidail Cesar de Oliveira, um apaixonado por nossa melhor MPB, provou que há um público interessadíssimo em choro. Durante três noites, o auditório do Sesc/Portão, esteve lotado por gente interessada em ouvir os nossos (poucos) músicos que se dedicam a preservar o choro. xxx No ano passado, J. Ramos Tinhorão e o acordeonista e maestro Orlando Silveira ali estiveram. Este ano, a programação inclui projeção dos documentários "Pixinguinha", "Chorinhos e Chorões" e "Tocando na Alemanha", mostrando em imagens históricas um pouco do choro no Brasil.

Toquinho, autógrafos e a bela música de sempre

Entre os espectadores mais atentos (e fascinados) na estréia nacional de "Made in Coração" (sexta-feira passada, Teatro Guaíra) estava o professor Albert Von Muttius, diretor do curso de direito da Universidade Christian-Albrecht, de Schleswig, que vindo a Curitiba a convite do Goethe Institut, recusou qualquer outro programa a noite - para assistir ao compositor Toquinho. Depois do espetáculo, encontrado-o no hall do Araucária Palace Hotel, o jurista alemão, acompanhado de sua esposa, uma belíssima loira, abordou Toquinho e, em inglês, fez questão de se apresentar.

No campo de batalha

Embora ainda não tenha inaugurado oficialmente o Alamo, o mais novo estúdio de som do Paraná, Romário Borelli já começou a fazer do amplo espaço - um casarão na Rua Lúcio Raseira, 1.035, às margens do lafo do Barigüi - um centro cultural. Para tanto, cedeu as instalações para os alemães do grupo The Blesh fazerem um workshop com os roqueiros da cidade. xxx
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