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Aramis

Artigos por data (1990 - Março)

Eterno Duke Ellington

Nem tudo começou com Satchmo e Duke, mas, sem dúvida, que eles foram os maiores e são, com razão, anos depois de já terem desaparecido, os que ainda mais identificam o jazz. Ambos viveram bastante, deixaram centenas de gravações e fizeram excursões por todo o mundo levando o jazz - incluindo o Brasil - em suas tournées.

No deserto humano, o oásis da amizade

"Ambos sabemos que uma mudança vai acontecer e próxima está a libertação." (Bob Telson, na letra de "Calling You", cantada por Jovetta Steele em "Café Bagdá").

Carmem e Ademar em biografias de luxo

Dentro de um dos mais ricos filões da indústria editorial - a das biografias, que há anos é explorada exaustivamente pelas maiores editoras dos Estados Unidos e Europa - no Brasil há também um interesse especial por biografias de artistas, realizadores e mesmo produtores ligados ao cinema, música, televisão, artes plásticas etc. Paralelamente a traduções de best-sellers do gênero, editores de maior visão também estão buscando trabalhos originais.

Homenagem à estrela Dalva e a descoberta de Marilu

Será, no mínimo, uma reunião de pessoas que amam a nossa melhor musica popular. Amanhã, ao entardecer, na sala Antonio Mililo da Secretaria da Cultura, o lançamento oficial de "Estrela.. Saudade", álbum duplo com Dalva de Oliveira (Vicentina de Paula Oliveira, Rio Claro, SP-5/5/1917-RJ, 31/8/1972) interpretando 30 belíssimas marcha-rancho, marcará a 50ª produção do selo Revivendo, que há dois anos vem proporcionando o reaparecimento de jóias de nosso cancioneiro.

Não perca pelo título esta divertida comédia

Um dos aspectos mais divertidos do folclore cinematográfico é o que se refere aos títulos que os filmes estrangeiros recebem no Brasil. Desde os anos 20, quando a indústria cinematográfica americana começou a fazer seus produtores chegarem até nós têm sido cometidos verdadeiros atentados em termos de "adaptar" os títulos originais para que haja um "interesse" do público. Pérolas da imbecilidade são freqüentes e a mais recente delas é a que a United International Pictures, no Rio de Janeiro, deu a "Parenthood": O TIRO QUE NÃO SAIU PELA CULATRA.

Airto e Flora virão com Gillespie para Free Jazz

No domingo, Airto Moreira telefonou de Los Angeles, para a casa de sua mãe, dona Zelinda, 75 anos, contando que estava retornando de uma nova tournée, desta vez de três semanas na Inglaterra e mais uma em Cuba. Segunda-feira, 21, Beatriz Alessi, correspondente da "Folha de São Paulo" em Londres, relatava sobre a temporada de três semanas que Airto e Flora Purim haviam feito no Ronnie Scott's - a mais famosa casa de jazz da Capital inglesa - com lotação esgotada todas as noites.

David Niven, Olivier, Burton, Depardieu e Douglas em livros

Ao lado de verdadeiros livros de arte que trouxeram biografias de Carmem Miranda (de Carlos Emmanuel Barsante) e "Gonzaga Por Ele Mesmo" (Ademar Gonzaga, 1901-1978), no ano passado a biblioteca de biografias de artistas foi valorizada pelas memórias de atriz Itala Nandi ("Teatro Oficina - Onde a arte não dormia", editora Nova Fronteira).

"Festa" ganha em vídeo e bom pacote do Herbert

Há filmes que se ajustam ao vídeo. Outros só perdem ao serem apreciados na telinha. Por exemplo, uma obra como "Pelle, o Conquistador", por sua dimensão plástica, belíssima fotografia, transforma-se num pastiche ao ser visto no vídeo. O mesmo pode-se dizer de centenas de outros títulos que as distribuidoras insistem em colocar no mercado, muitas vezes em cópias péssimas sem cores, borradas e escurecidas.

No quartel do CPOR, o lugar para o Museu David Carneiro

Mais um espaço cultural para a cidade. Aonde hoje está o 5º Batalhão Logístico e a 5ª Companhia de Material Bélico do Ministério do Exército, uma área para sediar bibliotecas, um auditório e, talvez, o Museu David Carneiro. Uma fachada de cultura para o grande empreendimento comercial que o grupo Irmauad vai implantar na Praça Oswaldo Cruz. xxx

No campo de batalha

Veteranos homens da cinematografia reuniram-se na manhã de quarta-feira no Bristol para a sessão especial de "Cinema Paradiso" em homenagem ao mais velho dos operadores de cinema do Paraná (e possivelmente do Brasil): Paquito Morilha, 87 anos, 75 de cinema - embora aposentado desde meados dos anos 60. Morilha começou com 11 anos, no cine Bijou, tendo que subir num banco para poder operar a velha máquina de exibição - tal como faz o personagem "Totó" no belíssimo filme de Giuseppe Tornatore, agora em exibição no Cinema I.

Na gorda safra visual, chegou a Sociedade dos Poetas Mortos

Começa a safra das vacas gordas para os exibidores! Após algumas semanas de indigência de filmes - e em conseqüência também de público - abre-se a temporada do Oscar, trazendo filmes que com o maior marketing faz com que o acomodado espectador, cada vez mais viciado pela TV e vídeo - e também assustado com os preços dos ingressos, a falta de segurança para estacionar veículos no centro e outras razões que levam ao esvaziamento das salas de exibição - prefira cada vez mais ver os filmes na telinha do que no esplendor da tela ampla.

No campo de batalha

A frustração dos videomakers curitibanos que há algumas semanas ficaram eufóricos com um projeto que parecia ser generoso por parte do Banestado: financiar quatro produções de média-metragem abordando aspectos de nossa história. Fernando Severo, Valêncio Xavier, Berenice Mendes e Fernanda Morani apresentaram roteiros e chegaram a iniciar a pré-produção mas as coisas deram para trás. O Banestado indenizou os realizadores pelas despesas feitas e tudo voltou a estaca zero. xxx

O valor das chanchadas na revisão de Augusto

Certas obras tornam-se famosas antes mesmo de serem escritas. Desde 1979 que o jornalista Sérgio Augusto, 48 anos, prometia um livro sobre a chanchada.

O "Rei Momo" americano

Quem diria, o Rei Momo acabou vindo dos Estados Unidos. Pois é? Compositor, músico, cineasta, performer, David "Talking Heads" Byrne, acabou dando no Carnaval. A WEA aproveitou a temporada pré-carnavalesca para aqui lançar "Rei Momo", terceira montagem que o cineasta de "Histórias Verdadeiras" fez com música brasileira em tempero pop.

Moraes e Pepeu no marketing carnavalesco e para a Copa

A consagração não poderia ser maior: capa da "Veja" na semana de Carnaval e uma agenda completa para todo este verão - faz com que dois dos "Novos Baianos" - Moraes Moreira e Pepeu - fossem os campeões da temporada. Campeões de um novo comportamento musical, já que hoje a música carnavalesca tem novos critérios, alvos e, especialmente, regras de marketing - que, por várias vezes, temos registrado em nossos espaços.

"Rap" a toda velocidade

BIZ MARKIE (Marcel Hall, Nova Iorque, 9/4/1964) estourou já com seu primeiro ("Goin'Off), transformando-se em sensação do cenário rap nova-iorquino. Mr. Dinamyte - como se tornou conhecido - encontrou na música balançante, utilizando o próprio corpo para tirar ritmos e batidas, uma forma de alcançar uma faixa jovem. Como no Brasil, a aceitação por Modelitos importados é grande, chega agora o segundo LP de Markie ("The Biz Never Sleep" - não o clássico tema romântico, mas um rap faiscante - o disco já conseguiu popularidade junto às discotheques e as FMs de programação mais colonizada.

"Volare" ao som Gipsy

Num simpático release, Betina Dowsley, convocada por Verter Brunner para apresentar o novo lp ("Mosaique", CBS) de Gipsy Kings, diz: "Se hoje a música latina ganhou o reconhecimento do público e crítica é porque um grupo de ciganos franceses formou o Gipsy Kings e empenhou-se em divulgá-la no planeta, com muito "Bamboleo".

O teatro Barracão do Paraná para uma praça em São Paulo

Anuncia-se quatro super-teatros para São Paulo mas é possível que um dos próximos espaços a serem abertos naquela capital seja de proporções mais modestas e, pasmem!, bancado pelo governo do Paraná. Será o projeto Barracão chegando a paulicéia desvairada, com um teatro prático, simpático, construído em madeira, painéis de Poty Lazarotto e Vicente Jair Mendes e beneficiando um dos bairros de maior agito cultural - Pinheiros, onde, no início dos anos 80, o Lira Paulistano, marcou época.

As memórias sexuais da bela Joan e Ingrid sem santidade

Dentro do gênero de biografias de artistas, as revelações de (ou sobre) superstars são as que mais se aproximam do que se poderia chamar de best-sellers. Assim é que Elizabeth Taylor, 58 anos, já tem pelo menos três livros a seu respeito traduzidos - um dos quais, em que ela própria revela os segredos de sua permanente beleza, que nem a proximidade dos 60 anos, ameaça. Jane Fonda já mereceu duas diferentes biografias. Bárbara Stanwyck, Bette Davis, Candice Bergen, Katherin Hepburn, entre outras também tiveram biografias lançadas no Brasil nestes últimos anos.

A mais emocionante das sessões

Já conquistou dois dos mais importantes prêmios internacionais: especial do público em Cannes, no ano passado e o Globo de Ouro, melhor filme estrangeiro exibido em 1989, concedido no final de dezembro pela Associação de Imprensa Estrangeira de Nova Iorque. Fácil, fácil, é o favorito para levar também o Oscar de melhor filme estrangeiro na noite do próximo dia 26 - embora concorra com quatro outras importantes produções (1).
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