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Aramis

Artigos por data (1990 - Junho)

No campo de batalha

Julia Lemmertz filha da saudosa Lilian Lemmertz (atriz favorita de Walter Hugo Khouri), aos 27 anos, segue a carreira da mãe: pode ser vista em "Lua de Cristal" (Plaza/Lido I), ao lado de Xuxa, e também estará no palco do Guaíra, a partir do dia 28, na comédia "Ela Odeia Mel", ao lado de Edson Celulari, Lena Brito, Cláudio Abreu e Nelson Baskerville. Julia tem feito muitas telenovelas ("Os Adolescentes", "Eu Prometo", "Tenda dos Milagres", "Mania de Querer") e recentemente atuou numa cult-play, ao lado de Fernandinha Torres: "Orlando". xxx

Dick TRacy embala o marketing de Madonna

Cada ano a indústria do entretenimento tem o seu ponto-clímax. Em 1989 foi Batman. 1990 repete a forma dos heróis dos quadrinhos, substituindo o herói de Bob Kane pelo detetive Dick Tracy criado por Chester Gould.

O blues de Jimmy e as saudades de Roy

Assumindo a representação do selo Black & Blue, o Estúdio Eldorado vem lançando uma série de importantes registros de cantores na linha blues - gênero que, pouco a pouco, vai conquistando o mercado. Nos últimos meses, saíram os álbuns Pinestosp Perkins, Luther Johnson, Slam Stewart (com Mild Buckner) e o álbum duplo "Blues Any Time".

Memória urbanística para preservar a nossa cidade

A visão administrativa do engenheiro Cassio Taniguchi, 48 anos, - um dos mais eficientes executivos surgidos no Paraná nestes últimos 20 anos - faz com que o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba não só volte a ser a Sorbonne do Juvevê - readquirindo o prestígio internacional que ficou comprometido nos últimos anos - como se preocupa também em realimentar a necessária memória urbanística da cidade.

O otimismo de Lubomir

Com a experiência de quem presidiu o IPPUC por 6 de seus 12 anos de maior intensidade, o arquiteto Lubomir Ficinski Dunin pode analisar a ação daquilo que Luiz Geraldo Mazza chamou de a "Sorbonne do Juvevê". E de seu depoimento, um trecho merece transcrição.

Hoje é dia de aplaudir Gersinho e seus amigos

Graças a dedicação, competência e, principalmente o bom relacionamento de Gérson Bernitez, compositor, instrumentista e animador cultural, o Teatro do Paiol saiu da inércia que o vinha caracterizando há anos e está com uma programação que garante casas super lotadas nos fins-de-semana. Para tanto deve-se ao bom senso de Gersinho na escolha dos artistas programados e, especialmente, quando de suas temporadas.

Quando a mulher vira no diabo

Mais uma vez dois filmes de especial interesse estão em exibição, com fraquíssimas rendas e condenados a serem substituídos na próxima sexta-feira de forma que se justifica chamar atenção dos espectadores que ainda não estejam totalmente atingidos pelo comodismo do vídeo e que se dispõe a ver, na tela ampla, obras que justifiquem os Cr$ 100,00 do ingresso (de segunda a quinta-feira). Falamos da comédia "Ela é o Diabo" (cine Astor, 5 sessões) e do enternecedor "Stanley e Iris" de Martin Ritt (Condor, 5 sessões) - que pela sua importância fica para registro amplo na coluna de amanhã.

Centenário de Guido Straube, um homem que amou a nossa natureza

É lamentável que os recursos do setor de editoração da Secretaria da Cultura sejam limitados pois muitas obras importantes para o melhor conhecimento de nosso Estado continuam inéditas - sem maiores chances de ganharem publicação. Só o professor Ernani Costa Straube tem dois livros prontos, que mereceriam publicação: um é a história do próprio prédio da Secretaria da Cultura, antigo Gymnasium Paranaense, objeto de uma detalhadíssima pesquisa, ilustrada com dezenas de fotografias. Os originais encontram-se há mais de um ano na Secretaria.

Afetividade (sem medo de ser feliz)

Afetividade - Mais do que uma palavra, eis uma definição que se encaixa com perfeição para "Stanley e Iris" (Cine Condor, 5 sessões). É um filme, naturalmente - ficção, com ingredientes de uma história que poderia ser mais uma entre tantas que ao longo deste século têm sido contada em imagens.

Ritt, um cineasta com três metros de altura

De toda uma geração que chegou a Hollywood nos anos 50 trazendo um aprendizado nos tempos pioneiros da televisão e com algumas passagens pelo teatro, Martin Ritt, um nova-iorquino que comemorou no dia 2 de março seus 71 anos, está entre os que mais se ajustaram a um cinema que, em três décadas e meia, tem se mostrado com a maior coerência intelectual sem desprezar um sucesso que lhe permitiu realizar 30 filmes que merecem no mínimo a classificação de bom - mas chegando várias vezes a obter a categoria de excelente.

Ernani, conservando a grande obra do pai

Como o pai Guido, seu pai, os irmãos Guido e Rubens formaram-se em odontologia. Ernani, o filho mais moço, preferiu a farmácia, mas foi quem acabou professor no Colégio Estadual do Paraná. Como seu pai, também chegou a diretor do maior estabelecimento de ensino do Paraná, ali permanecendo entre fevereiro de 1966 a agosto de 1969. - "Nunca pretendi tanto. Mas ocupar funções que meu pai exerceu com zelo e dedicação foi mais do que um trabalho, uma missão" - recordou o professor Ernani Straube ao gravar seu depoimento para o projeto Memória Histórica do Paraná.

Para concorrer com Gramado, Canela terá mostra de vídeo

Durante estes últimos anos a comissão organizadora do Festival de Gramado tem resistido a abertura em relação ao vídeo. Embora já tenham sido feitas algumas concessões - como uma feira aberta a distribuidoras e produtos afins que ocupou, há três anos, um grande espaço no hall de convenções do Hotel Serrano, a área de cinema sempre foi tão forte, atraindo em si tanta gente - artistas, jornalistas, produtores etc.

No Groff, clássicos do cinema japonês

A Cinemateca Brasileira, depois de São Paulo e Porto Alegre, traz a Curitiba a mostra de Cinema Japonês, que estréia hoje no cine Groff, com sessões às 14, 17 e 20h30, com o filme "As Filhas de Okinawa" (1953), de Tadashi Imai, e encerra na próxima quinta-feira.

Videonotas

Embora tenha reduzido seu material promocional, a CIC Vídeo é uma das poucas distribuidoras que realiza um bom trabalho de relações públicas, oferecendo fitas para serem vistas, antecipadamente, pelas locadoras e alguns jornalistas. Afinal, oferece material confiável, de qualidade, podendo assim mostrar o que produz, sem receio de impor gato por lebre. Em compensação, outras distribuidoras continuam vendendo fitas de péssima qualidade.

Nadia, uma lingüista eslava que faz sucesso em Londres

Quando Nadia Dollud Lewtchuk Kerecuk retornar ao Brasil - o que não tem data marcada - é bom que a equipe que produz a série "Bicho do Paraná" esteja atenta. Afinal, se há alguém que mereça figurar nesta produção institucional do Bamerindus destinada a enaltecer os paranaenses que se projetam internacionalmente é a professora eslava-curitibana, com sobrenome(s) repleto(s) de consoantes e que atualmente, na Inglaterra, vê o seu conceito de lingüista crescer cada vez mais.

No campo de batalha

Enéas Athanázio, 55 anos, catarinense de Campos Novos, SC, procurador aposentado em Santa Catarina, pode agora dedicar-se apenas à sua paixão maior: a literatura. Autor já de uma obra numerosa, tendo empreendido valiosos estudos sobre a vida e obra do escritor mineiro Godofredo Rangel (um dos principais colaboradores de Monteiro Lobato nos anos pioneiros da Cia. Editora Nacional), Enéas agora foi premiado no concurso "Uma Antologia em Busca de Autores" (Prêmio Monteiro Lobato), patrocinado pela Academia Brasileira de Literatura Infantil e Juvenil e apoio cultural do grupo Aché. xxx

No romance e na realidade, os ótimos filmes estão chegando

Ora, viva! Afinal um filme de primeira categoria, candidato sério a entrar na lista dos melhores do ano, ganha uma segunda semana de exibição: "Stanley e Iris", de Martin Ritt - um exemplo de obra emotiva, suave, falando de gente como a gente, com dois excelentes intérpretes - Robert de Niro e Jane Fonda, uma belíssima trilha sonora de John Williams e, principalmente, um roteiro esplêndido, permanece em cartaz no Condor. Uma chance de quem ainda não assistiu, conhecer um exemplo de bom cinema.

BBC fez em Londres aquilo que faltava em nosso país

Há dois anos, para comemorar seus 50 anos de emissão de programas em português, a BBC de Londres desenvolveu um projeto especial para contar a História do Rádio no Brasil. Coordenado por Luiz Alfredo Hablitzel com texto de Valênio Martins, a pesquisa foi desenvolvida pelo radialista Luiz Carlos Sarodi, da "Rádio Jornal do Brasil" e que dividiu com Sonia Virginia Moreira um livro básico - "Rádio Nacional, o Brasil em Sintonia", publicado há 5 anos passados.

Nas vozes originais, os tempos pioneiros

O professor Roquete Pinto na parte do depoimento aproveitado no programa da BBC conta que em setembro de 1922 muito pouca gente se interessou pelas demonstrações de radiotelefonia, ao visitar a exposição na Esplanada do Castelo. Os alto-falantes - que faziam a ampliação - distorciam tudo e arranhavam os ouvidos. Poderia parecer apenas "uma curiosidade sem maiores conseqüências". Ao microfone de rádio, na estação instalada no Sumaré, a primeira voz que se ouviu foi do presidente da República, Epitácio Pessoa (1869-1942).

Em discos, fitas e livros, a história de nosso rádio

Quase que simultaneamente, a memória do rádio brasileiro foi enriquecida com duas novas produções - um álbum de cinco elepês trazendo a série de 10 programas produzidos há dois anos pela BBC de Londres e o robusto "Almirante - uma história do rádio e da MPB" de Sérgio Cabral (Francisco Alves Editora, 400 páginas).
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