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Artigos por data (1990 - Outubro)

Brasília conhecerá hoje o filme sobre Leminski

Brasília

Um filme sobre conflitos da terra abriu o Festival

Brasília Apesar de recebido com rigor por parte de alguns críticos - especialmente Sérgio Bazzi, do "Correio Braziliense" e que integrou o júri de pré-seleção - o filme que abriu esta 23ª mostra competitiva - "Mais que a Terra", de Elizeu Ewald, não deixou de ser uma surpresa para quem procura ver o cinema com um olhar mais social.

No campo de batalha

Maria Luiza Dornas, coordenadora-executiva da comissão organizadora do festival, vem merecendo elogios: tudo está funcionando a contento, com o público prestigiando desde quarta-feira as sessões no cine Brasília - superlotado em suas sessões; os filmes de 16mm apresentados na Sala Alberto Nepomuceno e uma programação interna dentro do Kubitschek Plaza que ocupa o tempo de todos: debates com os realizadores dos filmes em competição; mesas-redondas sobre mercado de vídeo, cinema & TV (hoje à tarde) e indústria cinematográfica (amanhã). xxx

Os últimos mugidos da produção cinematográfica no FestBrasília

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Questão da terra e risco nuclear

Na diversificação temática dos filmes trazidos a esta 23ª edição do mais antigo festival de cinema que se realiza no Brasil, mesmo considerando toda a pobreza da atual produção - existe, uma válida diversificação temática. Cosme Alves 51 conservador-adjunto da cinemateca Brasileira e representante do Festival do Cinema Livre de Havana - para a qual já selecionou 11 filmes brasileiros - entre baforadas de seu inseparável charuto e com seu eclesiástico bom humor, comenta: - "A produção que se vê nos festivais deste ano é o último da produção nacional".

Sátira, poesia e história

Na competição dos filmes em 16mm com sessões na sala Alberto Nepomuceno do Teatro Nacional - são detectadas também as temáticas diversas buscadas pelos realizadores. Por exemplo, Rafael Camargo, no curta de 15 minutos de "Sinfonia de uma crônica rural", propõe uma visão - meio romântica, meio dramática - sobre jovens.

Agora, os melhores do jazz em edições laser

Se faz lançamentos na área mais popular - como o álbum The Cleebanoff Strings & Orquestra ("Besame Mucho"), com 20 hits de várias épocas, abre uma série para Blues com diferentes intérpretes - que merecerá registro posterior - o forte da Imagem, além dos clássicos, são os discos de jazz. Desde a música das big bands - como a de Harry James, (1916-1983), com seus 14 standards mais conhecidos a partir do prefixo "Ciribiribin" - ao raro álbum com Chet Baker (1929-1988) cantando - o catálogo da Imagem é rico e diversificado.

O bravo Jonas faz a Imagem ganhar agora produções CD

Quem acompanha o movimento fonográfico nestes últimos 20 anos aprendeu a admirar e respeitar o trabalho de um nordestino cariocarizado que tem dedicado sua vida a divulgar a melhor música: Jonas Silva. Desde os tempos de modesto vendedor de uma loja de discos (Murray's).

O rei nat em sua majestade vocal

No finalzinho de 1989, como um verdadeiro presente de Natal, a EMI-Odeon lançou "Songs We'll Never Forget", caixa com 5 elepês reunindo 60 das melhores gravações de Nat King Cole durante os muitos anos que esteve contratado da EMI-Odeon. Síntese de um projeto global que no EUA se constituía em 20 elepês - também lançados em CD - "Songs We'll Never Forget" ficou como um dos melhores relançamentos do ano que passou, embora, infelizmente, sem ter a divulgação merecida.

O canto gregoriano em vozes dos bons monges

Uma das gravações mais interessantes do catálogo da Imagem é uma produção da Vanguard, lançada já há muitos anos - mas que se constitui no Brasil, uma das poucas opções para se conhecer a música gregoriana: Trata-se do álbum gravado pelos Monges Beneditinos de Santo Wandrille de Fontenelle, que mesmo não sendo profissionais do canto, fizeram um álbum tão enternecedor, com 15 cantos, que recebeu o Grand Prix Du Disque, na França.

Serão conhecidos hoje os resultados do FestBrasília

Serão conhecidos hoje os resultados do FestBrasília Brasília Na bolsa de apostas sobre os que sairão hoje à noite, do palco do cine Brasília, carregando o troféu Candango e cheques de premiações que variam de 10.000 a 1.000 BTNs, conforme a categoria, não há favoritos absolutos. Assim como as urnas trouxeram surpresas nas últimas eleições, só dois júris, das bitolas de 35 e 16mm, que se reuniram a partir de segunda-feira, também podem apresentar surpresas.

No campo de batalha

O Cineduc - Cinema e Educação, grupo que atua na formação das novas platéias cinematográficas, promoveu numa das salas do Plaza Kubitschek uma oficina para mostrar as crianças como é - e como se faz - cinema, completada com projeções de filmes de animação e dois longas de Maurício de Souza. As professoras Hilda Ribeiro Soares, Marialva Monteiro (autora de "Cinema, Janela Mágica", 1980) e Regina Fernandes, mais Luís Fernando Batista, formaram um júri para outorgar um prêmio com a mensagem mais positiva a juventude entre todos os filmes aqui apresentados. xxx

Cinema em crise nos debates de Brasília

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Os premiados de Brasília

Brasília Eis os vencedores do 23º Festival do Cinema Brasileiro de Brasília, encerrado na noite de terça-feira, 16. Longa Metragem - Melhor filme - "Beijo 2348/72" de Walter Rogério. Diretor: Ivan Cardoso ("O Escorpião Escarlate"). Prêmio Especial do Júri: "Césio 137" de Roberto Pires. Prêmio do Júri Popular: "O Escorpião Escarlate". Ator: Chiquinho Brandão ("Beijo 2348/72"). Atriz: dividido entre Cristina Prochaska ("O Círculo de Fogo") e Joana Fomm ("Césio 137"). Atriz Coadjuvante: Denise Milfont ("Césio 137").

No festival de Césio e Candangos, O Beijo ficou como melhor filme

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"Cine Hai-Kai", Leminski iluminado pelas imagens

O mais curta dos filmes que disputaram os Candangos no XXIII Festival do Cinema Brasileiro de Brasília (10 a 16 de outubro) foi recebido com aplausos. Seu realizador, Pedro Anisio, 34, tinha consciência de que seria difícil sair com alguma premiação, já que disputavam também produções com melhor acabamento técnico e, naturalmente, de duração normal dos curtas.

Antropofagia da poesia no banquete dos miseráveis

Júlio César Lobo, 30 anos, editor do caderno de cultura de "A Tarde", em Salvador, crítico literário e conhecedor profundo da obra de Leminski, exercendo também a crítica de cinema, foi o jornalista que mais profundamente absorveu "Cine Hai-Kai", em sua primeira projeção pública. Sabendo "ler e ver" nas imagens do filme de Pedro Anisio uma dimensão poética-política, Lobo produziu um texto que, por sua importância, aqui transcrevemos.

O internacional Marlos sempre valorizadíssimo

Após dois anos como presidente da Fundação Cultural do Distrito Federal - no qual enfrentou o radicalismo do PT e outros setores agressivos à sua presença - o maestro Marlos Nobre, 52 anos, retornou a fazer somente aquilo que mais gosta - e que o consagrou como um nome internacional: a composição e regência. Hoje, na área da música contemporânea, Marlos Nobre tem um prestígio mundial, com suas obras executadas nos mais importantes festivais, seminários e encontros; incluída em repertórios de orquestras, conjuntos e mesmo solistas, editada em partituras e gravadas em vários países.

No campo de batalha

Com seu estilo blade runner, Doris Giesse faz carreira não só na televisão mas também na publicidade: terminou seu contrato de exclusividade com uma empresa e agora, antes de entrar em novos compromissos, quer desenvolver um projeto pessoal, do qual só revela o mínimo: "vídeo dança", com aspectos inéditos. Doris foi bastante assediada por políticos, em busca de sua imagem para angariar votos, mas, prudentemente, resistiu para não se queimar com esta clientela sazonal. xxx

Gaúchos fazem filmes de valor e levaram prêmios de Brasília

Se compromissos oficiais não tivessem obrigado o escritor e poeta Carlos José Appel a retornar na segunda-feira a Porto Alegre - com escala no Rio de Janeiro, por certo que o Secretário da Cultura do Rio Grande do Sul estaria tão feliz como os cineastas de seu Estado que, no XXIII Festival do Cinema Brasileiro de Brasília, viram reconhecidos seus filmes.
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