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Aramis

Artigos por data (1990 - Dezembro)

Reedições às mancheias

Com a crise que se agrava a cada dia, as gravadoras estão cortando gastos e procurando fórmulas alternativas. Reedições de fonogramas que estão em seus arquivos é uma das formas mais econômicas de continuar nas lojas com investimentos mínimos. Só que variam os critérios de cada etiqueta - algumas com trabalhos caprichados valorizando as informações para, honestamente, dar ao consumidor a notícia de que está adquirindo um disco antigo, outras procurando escamotear a realidade.

Uma administração admirável realizou o grande arquiteto

Poucos titulares de um cargo de confiança do primeiro escalão da atual administração poderiam apresentar, após dois anos (incompletos) de gestão, um relatório tão vigoroso de trabalhos realizados. Manoel Coelho ao deixar a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, passa ao seu sucessor - que antes mesmo de assumir já convocou nada menos que cinco profissionais para "assessorá-lo" - com uma estrutura ágil, enxuta, desburocratizada e, sobretudo, modelar - haja vista experiências aqui implantadas pioneiramente e que foram adotadas pela cidade de São Paulo.

Em lua-de-mel com a vida, Coelho internacionaliza a sua programação

Antes mesmo de passar a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano ao seu colega Luiz Kaykawa, mais um filho de japoneses que Jaime Lerner inclui em seu primeiro escalão, o professor Manoel Coelho, 50 anos a serem comemorados no próximo dia 25, assumia a direção do curso de arquitetura e urbanismo da Universidade Federal do Paraná, na qual já esteve entre 1985/89. Quinta-feira, num espontâneo jantar oferecido pelos 250 funcionários da Secretaria - e com a presença de convidados especiais - Coelho mereceu os maiores elogios pelo muito que realizou na pasta que ocupou até esta semana.

Aprenda com Paulinho, Duda e Sion a fazer boa música

Aparecem novas opções para o vídeo. Uma delas é o vídeo didático musical, com bons instrumentistas passando em som e imagem as dicas para quem deseja aprender seus instrumentos. Ilustrados com números musicais, numa linguagem facilmente assimilável, cumprem uma importante função. Paulinho Nogueira (Paulo Arthur Puppo Nogueira, Campinas, 08/10) foi o pioneiro a lançar em março último "Violão em Harmonia", pela MPO Vídeo, que já vendeu duas mil cópias.

Airto Moreira grava os sons da natureza para seu 4º Mundo

Mais uma prova de que 22 anos de Estados Unidos não americanizaram o catarina-paranaense Airto Guimorvan Moreira. Em Curitiba há uma semana, o mais conhecido percussionista brasileiro no Exterior, programou prioritariamente uma missão ecológica-musical: a gravação de sons da natureza para incluir em seus shows com o novo grupo que formou: "Airto Moreira Fourth World", que, no primeiro trimestre de janeiro, deve fazer um elepê digital.

Diana Moreira já segue o seu caminho musical

Filho de peixe, peixinho é. O refrão é antigo, mas sempre válido. E se aplica mais uma vez em relação à bela Diana, 18 anos completados a 15 de agosto último, única filha de Airto Moreira e Flora Purim, nascida na Califórnia mas que sempre que pode vem passar férias no Brasil. Ainda recentemente esteve algumas semanas, visitando sua avó Zelinda, a tia Onilda e os primos Emerson e Gustavo.

A lambada que percorre o mundo no vídeo de Guido

Assim como a lambada só chegou ao Brasil depois do marketing anglo-americano que entre 1988/89 a transformou em modismo no eixo Paris-Nova Iorque, também visualmente o aproveitamento desta dança erótica chegou em produções de terceira categoria realizadas a toque de caixa e que após lançamentos em circuitos comerciais já se encontram à disposição em vídeo por várias distribuidoras.

Jornadas da Bahia, a mostra do cinema real

O governador eleito da Bahia, Antônio Carlos Magalhães - que pela terceira vez volta ao poder em seu Estado - tem uma chance de mostrar que os grandes eventos culturais devem ser prestigiados. Para tanto basta dar ao Guido Araújo condições de reativar as Jornadas de cinema de Salvador, interrompidas em sua 17ª edição, há dois anos, pela falta de apoio oficial.

Nem para ajudar o amigo Lúcio, João saiu da toca

Rio de Janeiro - A primeira idéia era de que o evento seria o grande revival da Bossa Nova - neste verão que, 30 anos depois, faz com que a música mais renovadora já feita no Brasil retome o espaço que nunca deveria ter deixado. Mas, na verdade, o que menos de mil pessoas - bem abaixo do que se esperava - assistiram na noite de segunda-feira, no Scala II (Avenida Afrânio de Mello Franco, 296), generosamente cedido por seu dono, Chico Recarey, foi o que o nome anunciava - "Grandes Músicos, Grandes Amigos".

Uma noite de amigos e belíssimas canções

Se não houvesse problemas de direitos autorais, "Grandes Músicos, Grandes Amigos" poderia se transformar num histórico CD, vídeo ou especial para televisão. Pois embora tenham ocorrido algumas falhas técnicas - o som, por exemplo, estava inaudível quando Johnny Alf subiu ao palco e fez o primeiro número, melhorando quando apresentou sua nova descoberta (a bela jovem paulista, Sandra Pereira, cantando "Ilusão à Toa") - a emoção, o astral e o significado do evento o tornou um momento muito especial.

Albicoco quer vestir os descamisados do cinema

Rio de Janeiro - "Vamos ajudar a vestir os descamisados cinemas do Brasil". Em seu português com um simpático sotaque português que 20 anos de Brasil ainda não eliminaram - apesar de todo seu amor ao país, aqui se naturalizando e nascendo sua única filha, Vanessa - Jean Gabriel Albicoco, 54 anos, anunciava os amplos projetos de sua nova empreitada cultural: formar um circuito de salas em todo o pais para abrigar não apenas a produção francesa ou européia, "mas de todos os países fora do mercado dos Estados Unidos".

Belas Artes com um pacote de inéditos

O pacote inicial de 25 filmes inéditos que a Belas Artes começa a exibir neste final de ano em São Paulo e que durante o primeiro semestre de 1991 chegará a pelo menos 40 cidades brasileiras já mostra o cuidado com que Jean Gabriel Albicoco teve ao fazer a seleção. São filmes produzidos entre 1986/90, de diferentes gêneros e estilos, alternando tanto realizadores já consagrados, como outros ainda desconhecidos no Brasil - justamente pelo fato de que há pelo menos 5 anos que a cinematografia francesa não tem uma distribuição regular entre nós.

Operação França traz missão para renovar cinematografia

A Operação França para fazer com que o melhor da produção não só daquele país mas de outros pontos do mundo em que se faz bom cinema volte a ser vista no Brasil, deslanchada há uma semana no Rio de Janeiro incluiu duas mostras com um total de 40 filmes. Numa delas, retrospectiva, estão sendo exibidos no Rio de Janeiro e São Paulo (Curitiba, como outras capitais, ficará para uma segunda etapa) 16 títulos, entre alguns já distribuídos comercialmente e vários inéditos comercialmente.

Uma ajuda para o cinema brasileiro

A missão francesa que se encontra no Brasil, marcando o lançamento do circuito Belas Artes, não veio apenas oficialmente para reaproximar o cinema francês. Ao contrário, significa mais uma tentativa de Jean Gabriel Albicoco em estimular acordos que possam, realmente, fazerem com que a parceria de realizadores brasileiros e franceses se efetive.

Um feliz Natal ouvindo Nat Cole, Rogers e brasileiros

Houve um tempo em que a música sazonal ditava as regras no mercado fonográfico. Compositores como Braguinha compunham de acordo com as estações e as efemérides: as canções juninas, os sambas carnavalescos e, naturalmente, as músicas de Natal. Hoje, com a mudança do mercado, poucas vezes se dá importância às datas para lançamentos especiais - a começar pelo Carnaval, cuja música se restringe aos sambas-de-enredo das escolas do Rio de Janeiro e São Paulo (eventualmente, algum outro Estado tenta apresentar discos com músicas de seu Carnaval mas o fracasso é grande).

Programas especiais de música

A Rádio Estadual do Paraná, numa promoção da Secretaria de Estado da Cultura, apresenta a seguinte programação, para a semana de 24 a 30/12:

A bendita Operação França vem atualizar os cinéfilos

Para quem nasceu no meio cinematográfico - filho de um dos mais famosos diretores de fotografia dos anos 40, Quinto Albicoco, e que aos 13 anos já fazia seu primeiro curta-metragem inspirado num poema de Rimbaud - participando depois da Nouvelle Vague, com ao menos um filme que os cinéfilos curtiram muito nos anos 60 ("A Garota dos Olhos de Ouro"), com Marie Laforet, Jean Gabriel Albicoco conhece, como ninguém, a cinematografia internacional.

Do país que ama o cinema, chegam os novos talentos

Os onze filmes de novos realizadores franceses que só agora começarão a ser conhecidos no Brasil representam uma ínfima parte da produção que hoje oscila entre 150/180 filmes naquele país. Hoje, o cinema francês ocupa de 35 a 40% do mercado, com os americanos naturalmente representando uma grande concorrência. Pela tradição de cultura cinematográfica e amor dos franceses pelo cinema, nem as mais cômodas atrações - vídeo, disco-vídeo, televisão a cabo, etc.

Uma estratégia para privilegiar a inteligência dos espectadores

Acompanhando o cinema internacional há mais de 20 anos a jornalista Susana Schild, do "Jornal do Brasil" - uma das mais respeitadas críticas que comparece anualmente a inúmeros festivais no mundo, a propósito do reaparecimento do cinema francês no Brasil, em texto exclusivo para o catálogo da Belas Artes, lembrou que no início dos anos 60, o lema "Uma câmera na mão e uma idéia na cabeça" aproximou de uma forma inédita realizadores e cinéfilos brasileiros e franceses, identificados pela busca de um cinema autoral, independente das motivações pessoais e do contexto social dos dois países.

Roberto e Iglesias, com seus orgasmos auditivos

Com toda razão, os lançamentos de novembro/dezembro são aqueles capazes de se traduzirem na melhor opção de presentes. Afinal, mesmo chegando a Cr$ 3 mil - o disco ainda é uma opção marcante para se obsequiar um amigo, uma namorada, um parente. Se o CD começa a pintar como alternativa para a faixa mais sofisticada, nem por isto as edições em vinil deixam de ter boas vendagens.
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