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Aramis

Artigos por data (1992)

Videolançamentos

À primeira vista o título pode até lembrar um dos mais importantes filmes dos anos 60, um autêntico cult-movie, nunca reprisado pela televisão e, naturalmente, inédito em vídeo: "Uma Vida em Pecado" (Studs Lonigan), 60, de Irving Lerner. Mas não é: "Uma Vida de Pecado" (A Life of Sun) é o título de uma produção que só tem como atração a presença do octogenário José Ferrer (que ganhou o Oscar de melhor ator em 1960, por "Cyrano de Bergerac", aliás à disposição em vídeo) falecido na Flórida no último dia 26 de janeiro, num de seus últimos trabalhos no cinema.

Roy Rogers, 80 anos, chega às locadoras com nostalgia

Com toda razão, um dos orgulhos do bravo Jorge de Souza, idealizador, fundador e presidente do Cine Clube Anibal Requião, é a coleção de bang-bang dos anos de ouro da Republic que, a custa de muitos esforços - e recursos próprios e de seus velhos amigos - conseguiu formar.

A "love story" eletrônica e (metereológica) em L. A.

"Eu sou profundamente infeliz. Mas eu não sabia disso, pois estava bastante contente todo o tempo" (Harris K. Telemacher, personagem principal de "L. A. Story"). xxx Foi preciso que um inglês (Mick Jackson) viesse da BBC para redescobrir Los Angeles com uma leveza, inteligência e humor/amor próximos a que Woody Allen dedica a "sua" Nova York. Em "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa" (Annie Hall, 1977), Allen dizia que odiava L. A. Porque "ali não existem esquinas". Por certo, Woody Allen também jamais pisaria em Brasília.

No campo de batalha

Parece que as ordens do prefeito Jaime Lerner não estão sendo respeitadas pela presidência da Fucucu. Na quinta-feira, pela manhã, havia determinado que as sessões dos cinemas pertencentes a Fundação Cultural de Curitiba passassem a funcionar realmente corridas - sem intervalos de 30 a 45 minutos como vem acontecendo. Sexta-feira, não só o Luz - que exibe "Caso de Força Maior" continuou a manter um longo (e totalmente desnecessário) intervalo de 30 minutos, como também o Cine Ritz, onde estreou "Rapsódia em Agosto", de Akira Kurosawa, está fazendo intervalos de 20 a 25 minutos.

Ben Ami levou voz israelense até o Congresso de Jerusalém

Ben Ami Saltz é um exemplo de comunicador atuante. Sem deixar as atividades empresariais como executivo de Boiko Joalheiros, está se tornando, pouco a pouco, uma das lideranças do comércio do centro da cidade, tomando iniciativas na busca de soluções capazes de equacionar problemas graves da área - segurança (ou melhor, a falta de), limpeza, poluição visual e sonora - ganhando pontos para sua campanha à Câmara Municipal.

No campo de batalha

Ozeil Moura dos Santos, sociólogo e cônsul do Senegal no Paraná - hoje presidindo a Sociedade Consular do Estado do Paraná - tem ativado a área do comércio exterior. Fundou a Afrobras, pela qual vem desenvolvendo múltiplos contatos e desde sábado ciceroneia o empresário Isidoro Bolstein, de Moscou, que até ontem já havia fechado negócios na ordem de US$ 300 mil na compra de frango, café e legumes para suprir as deficiências do mercado consumidor da Rússia. xxx

Airto e Flora ganham Grammy mas o Brasil fica sem saber

Nem Milton Nascimento ("Txai"), nem Dory Caymmi ("Brazilian Serenade"). Quem levou o Grammy de "Best World Music" foi o quase curitibano Airto Moreira. O que? Por certo muitos indagarão. Afinal, toda a imprensa nacional só falou em Milton e Dory como os candidatos brasileiros à esta premiação máxima de indústria fonográfica americana e mesmo quem acompanhou atentamente as três horas em que durou a festa no Rádio City Music Hall, via Rede Globo, não viu o percussionista Airto ser mencionado entre os vitoriosos.

"Planet Drum", uma ONU percussiva e criativa

Apesar de Mickey Hart, ex-integrante do histórico Grateful Dead, ter seu nome destacado na capa de "Planet Drum", este álbum - premiado com o Grammy - foi resultado da fusão de talentos vindos da Nigéria a Nova York City, num encontro que ultrapassou a simples arregimentação profissional. O primeiro destaque que Hart faz é para Airto Moreira, seu amigo de muitos anos, com quem já havia trabalhado no histórico "Apocalypse Now Sessions" (*). Da Nigéria, veio Bobatunde Olatunji, com seus instrumentos de nomes estranhos como djémbe.

Carnavalescos criticam desperdícios da FUCUCU

A polêmica causada pela realização do Baile Municipal, irritando autênticos carnavalescos de nossas escolas, revoltados com as despesas oficiais para a sua promoção, confirma, mais uma vez, que a insistência da prefeitura em se intrometer no carnaval é das mais danosas. - "A obrigação do poder público é apenas auxiliar as escolas-de-samba, permitindo que elas tenham condições de apresentarem um belo espetáculo para o povo", comenta Airton P. Machado, 51 anos, veterano carnavalesco.

"Alucinações do Passado" é a melhor estréia da semana

É Carnaval e portanto época de vacas magras para os cinemas. Apesar do feriadão, os exibidores queixam-se de que o público prefere assistir aos desfiles das grandes escolas pela televisão, sair às ruas - os que ainda acreditam que Momo existe em Curitiba - ou, aqueles que podem, viajar para as praias. Assim, as estréias mais importantes ficam para as próximas semanas - ainda mais agora, com toda motivação dos filmes indicados ao Oscar.

Escolas de samba sem dinheiro mas mordomias para "Municipal"

Na tarde de segunda-feira, 24, na sede da Associação das Escolas de Samba de Curitiba, houve uma reunião de contornos quase dramáticos entre diretores de algumas escolas. De um lado, o presidente Neil Hamilton, 59 anos, ex-dirigente da E. S. Colorado e que há quatro anos vem se dedicando à entidade que tenta reunir e fortalecer as agremiações carnavalescas da capital. De outro, dirigentes de algumas escolas - especialmente da Mocidade Azul -, expondo problemas que as mesmas estavam enfrentando nesta semana final e ligados à crise maior: a falta de recursos.

Os sambas-de-enredo que poucos sabem cantar em nosso Carnaval

Com humor, criatividade e amor que tem pela cidade, Hélio Leites, 40 anos, há quase dois meses já comunicava ao Sr. Nelson Santos, presidente da comissão executiva do Carnaval de Curitiba, que, pela segunda vez, a mais alternativa das agremiações momescas de Curitiba - a Ex-cola de Samba "Unidos do Botão" (com "ex" mesmo) sairia uma semana antes do Carnaval para um minimalista desfile pela Boca Maldita, apresentando seu samba-de-enredo e os sete mini-carros confeccionados por seus 21 integrantes.

Sempre heróico John Wayne em "El Dorado" e "Chisum"

Nenhum ator personificou melhor a imagem do herói do oeste do que John Wayne (Marion Michael Morrison, 26/5/1907-16-6-1979). Ex-jogador de ruby em seus tempos universitários, chegou ao cinema com stunt-man privilegiado pelo seu físico. Foi Raoul Walsh que lhe deu sua primeira chance de aparecer como ator em "Salute" (1929), mas seria o seu maior amigo, John Ford (1895-1973) que lhe daria o primeiro papel principal - no clássico "No Tempo das Deligências" (Stagecoach, 1939).

Uma comédia familiar de Nimoy e saga americana

Leonard Nimoy ficou conhecido como o vensuaiano "Spock", personagem orelhudo da série "Jornada nas estrelas" desde os tempos da televisão. Só que Nimoy não se restringiu a interpretar aquele personagem que lhe deu fama e ajudou a fazer sua fortuna. Dirigiu dois filmes da série de longa-metragens - os capítulos três e quatro - e mostrou ser um excelente diretor de comédias ao fazer a versão americana de "Três Solteirões e um Bebê", inspirado no êxito cinematográfico de Corine Collet.

Berlim, Cleópatra e as outras novidades

Marketing em pedras: a Vídeo Arte do Brasil está distribuindo minúsculas partículas daquilo que diz ser "restos do muro de Berlim" para promover "Freedom Fighter", produção de 1988 que ganhou o título de "O Muro de Berlim" e que com a derrubada da muralha da que separava as duas Alemanhas ganhou atualidade. O diretor é competente - Desmond Davis - e baseou o roteiro no livro de Pierre Gallant. No elenco, nomes desconhecidos - Neil Dickson, Tony Danza, Geraldine James, Colette Steven e apenas dois coadjuvantes veteranos: David McCallum e Sid Caeser. xxx

Há 30 anos, 500 marchas e sambas faziam o Carnaval

Observando - se algumas músicas do Carnaval de 1962, nota-se que aquele ano refletia as grandes temáticas que sempre marcaram a criação popular. Assim havia marchinhas satirizando fatos políticos, filmes - "O Belo Antonio" (J. Mascarenhas/ Moacir Vieira e Luis Januzzi) - aproveitando o sucesso do filme de Mauro Bolognini, a moda ("Garota Saint-Tropez", João de Barro e Jota Júnior) ou a liberação feminina, mas vista ainda preconceituosamente: "Andorinha" (Haroldo Lobo/ Milton de Oliveira), até hoje cantada nos salões em seu refrão: Mulher casada/ que anda sozinha

Um revival para Raul Seixas

Transcorridos menos de três anos da morte de Raul Seixas (Salvador, 21-8-89/São Paulo, 28/6/45), a obra deste compositor-intérprete tem uma justa reavaliação. Além da edição de um show feito numa praia paulista e seu último parceiro, o baiano Marcelo, praticamente ter lhe dedicado o seu último álbum a Sony Music lançou agora "O início, o fim e o meio", carinhosa produção de Liber Gadelha, reunindo diferentes intérpretes da recriação de suas músicas mais marcantes.

Antonina faz Carnaval exemplar e Curitiba se esquece de Soledade

Antonina quer provar que faz o melhor carnaval do Paraná.

O eco-enredo da Unidos do Botão

A Ex-Cola de Samba Unidos do Botão, que pela segunda vez participa alternativamente do Carnaval curitibano, já desfilou no sábado na Avenida Luiz Xavier. Com sete minicarros alegóricos - um dos quais foi, até agora, a única mostra de que os escândalos do Ministério da Saúde refletiram no Carnaval ("Saúde Segundo Alceni") a original agremiação fundada e presidida por Hélio Leites tem um belo samba-de-enredo, de autoria de Carlos Careqa, Rodrigo Homem e do próprio Hélio Leites.

Roxo collorido motiva as duas marchas satíricas do Carnaval

Apenas duas músicas do Carnaval deste ano - uma delas, sem condições técnicas de obter divulgação já que o disco passou a ser distribuído apenas há uma semana - fazem uma abordagem satírica em torno do presidente Collor. E, afinal satirizar os donos do poder sempre foi a ferroada preferida dos grandes autores de nosso Carnaval desde os tempos de Chiquinha Gonzaga.
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