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Aramis

Johnny Trindad

Com o pseudônimo artístico que pouco diz ao público brasileiro, Johnny Trindad (Osvaldo Lucero), 38 anos, argentino de Buenos Aires, exibe um curriculum impressionante, ao longo de 30 anos de atividades artísticas - teria começado aos 8 anos, cantando no Teatro Cristóvão Colombo, em Buenos Aires. 18 lps gravados na América Latina, Europa e Estados Unidos, participação em 12 filmes - de ator no clássico "A Morte de Um Ciclista" (Murt de un Ciclista, Itália-Espanha, 1954, de Juan Antonio Barden) a assistente de fotografia no recentíssimo "Encurralado" (Duel, 1972/73, de Steven Spielberg). Desde terça-feira, Johnny Trindad está na cidade, mostrando sua potente voz no restaurante Mouraria, onde permanecerá até amanhã, quando retorna a São Paulo, onde ficaram a esposa e 2 filhos. Carlos Gonçalves, 58 anos, há 42 no show-business, empresário de Johnny Trindad irrita-se quando se estranha do artista ser um ilustre desconhecido no Brasil apesar de tantos títulos e glórias anunciadas: "É que ele viaja muito - já esteve em mais de 40 países - e nunca pode vir ao Brasil". O próprio Johnny acrescenta: "Depois de ter conquistado as maiores praças quero ver se agora fico conhecido no Brasil". Para tanto tem aparecido bastante em televisão, estuda o convite de duas gravadoras (RCA e Continental) para fazer um lp e, democraticamente, artista que é, como diz, acostumado a cantar em shows ao lado de Tom Jones, Andy Williams, Matt Monro e Sammy Davis Jr., no Ed Sullivan Show, Cassinos de Istambul, Estoril e Las Vegas, além do Carnegie Hall, faz uma nova experiência: por Cr$ 800,00 por noite, mais hotel e comida, mostra sua voz internacional aos nem sempre atenciosos freqüentadores do restaurante português na Rua Mateus Leme. Em sua carreira cinematográfica, Johnny Trindad já atuou ao lado de Maria Felix, Pedro Armendariz (1912-1963), Elvis Presley e Cláudia Cardinalle. Com a exuberante atriz italiana atuou ao lado de uma desconhecida versão de "Papillon", que o próprio autor do romance, Henry Charriére (1909-1973), teria dirigido na Nicarágua. E, em fins de 72, quando estava na Califórnia, Johnny Trindad foi convidado por Steven Spielberg para ser assistente de fotografia em algumas seqüências do nervoso "Encurralado". Agora, com planos de permanecer mais 90 dias no Brasil (quando voltar a Inglaterra, fará um filme chamado "A Vingança de Robin Hood"), Johnny está esperando que o empresário Marcos Lázaro consiga relançar alguns de seus filmes, para, provando o seu trabalho, "tornar-se também admirado dos brasileiros.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
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Tablóide
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29/06/1974

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