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Sambas apenas. Um bom disco.

Em 1967 o publicitário Marcus Pereira, paulista de Anhembi, 44 anos, dono de uma das mais prósperas agências de São Paulo, teve uma original idéia: entusiasmado com o sucesso da boate Jogral, que havia inaugurado em sociedade com o compositor Luiz Carlos Paraná e que em pouco tempo havia se transformado no principal ponto da vida musical em São Paulo, em termos de samba, decidiu inovar em termos de brindes de fim de ano. Ao invés de enviar aos seus clientes e amigos cestas e Natal ou garrafas de scotch, produziu um excelente lp com 11 sambas e uma capoeira de Paulo Vanzolini, double de Herpetólogo (ramo da biologia que trata de anfíbios e répteis, ou seja cobras e lagartos) e excelente compositor que teve em "Volta Por Cima", em 1962, na interpretação de Jair Rodrigues, o seu grande êxito popular. Marcus Pereira convocou alguns amigos - Antônio Pecci Filho, o Toquinho - então no início de sua carreira artística e Antônio Porto Filho (Portinho) para fazer arranjos, e mais os amigos de Paulo Vanzolini e o resultado foi um disco histórico: Chico Buarque cantando o "Samba Erudito" e "Praça Clóvis", Mauricy Moura interpretando "Amor de Trapo e Farrapo" e "Volta Por Cima". Cristina mostrando sua terna voz em "Chorava no meio da Rua", Adauto Santos em, "Juízo Final" e "Cravo Branco", Cláudia Moreno em "Ronda" e "Morte e Paz" e Luiz Carlos Paraná com "Napoleão", "Capoeira do Arnaldo" e "Leilão". O disco agradou tanto - a produção foi enriquecida com textos na contracapa de Raul Duarte, Chico e Luiz Carlos Paraná, além do próprio Marcus Pereira, que a partir de então anualmente ele passou a produzir um novo disco especialmente para os clientes de sua agência. Em 1968, "Brasil, Flauta, Cavaquinho e Violão", reuniu um extraordinário grupo de instrumentistas de O Jogral como Manoelzinho, Dito, Adauto Geraldo Cunha e Fritz, com um repertório da melhor MPB. Em 1969, um lp dava a chance a dois excelentes compositores: Renato Teixeira (que em 1973 viria a fazer seu lp na Philips), e Maranhão (Francisco Fuzetti Viveiros Neto), que com "Gabriela" há havia se destacado num Festival de MPB da Record. Em 1970, "A Música de Carlos Paraná" seria uma antologia do notável compositor, que viria a ser uma obra póstuma, sentida, de admiração ao bom amigo e inspirado compositor, falecido inesperadamente. Em 1971, houve uma dupla produção: "Álbum de Família" com Renato Teixeira e "O Bom é o Juca", composições de Carlos Magno, um artista familiar aos freqüentadores da noite em São Paulo onde se apresenta há muitos anos nos bares de música brasileira da cidade. Finalmente, em 1972, Marcus Pereira desenvolveu seu maior projeto: "Música Popular do Nordeste" coleção de 4 lps, com planejamento e coordenação de Hermílo Borba Filho, pesquisa, tratamento e execução do Quinteto Violado e mais a participação da cantora Zélia Barbosa e do instrumentista Deda. Fruto de um trabalho de quase um ano em todo o Nordeste, o álbum reproduziu exemplos marcantes do Frevo-canção, Frevo de Rua, Frevo de bloco, Trio Elétrico, Violeiros, Cirandas, Bumba-meu-boi, Samba de Roda, Coco, Bambelô, emboladas e Banda de Pífanos. Completando o sentido diático-cultural da coleção, textos do padre Jaime C. Diniz, da Academia Brasileira de Música, Ariano Suassuna, Hermílo Borba Filho, Renato Carneiro Campos, Aluízio Falcão, Eurícledes Formiga e Paulo Cavalcanti, foram incluídos nos envelopes-proteção de cada um dos 4 lps. O resultado não demorou: a maior repercussão da coleção junto a imprensa nacional e concessão do Troféu Estácio de Sá, criado pelo Museu da Imagem e do Som-GB para personalidades que apresentem uma contribuição em favor da cultura e música brasileira, a Marcus Pereira. Como a edição era limitada a amigos e clientes, começou a grita em favor de que Marcus Pereira lançasse uma edição comercial. Finalmente, em meados do ano passado ele fez uma nova tiragem, prensada pela RCA Victor e que veio provar, em boa hora, que qualidade (também) vende: 40 mil coleções - ou sejam 160 mil lps, foram colocados no mercado, suficiente para animar Marcus Pereira a se dedicar totalmente a sua paixão pela música popular. E com isto quem ganha é a música brasileira, tão carente de um esforço realmente cultural. Há duas semanas, na boate Jogral, Marcus fez o lançamento daquilo que considera o seu primeiro catálogo: a nova Coleção Música Popular do Centro Oeste/Sudeste, em 4 lps, mais "Fados Brasileiros" com a sensível Paula Ribas (na cidade, em temporada no Restaurante Mouraria) interpretando Fados de Vinícius de Morais, Chico Buarque de Holanda, Caetano Veloso, Dorival Caymmi, Eduardo Gudin, Cecília Meireles, Chico Pena Filho, o primeiro lp do compositor Cartola, o lp "Vamos Sambar" com Oswaldinho da Cuíca e Grupo Vai-Vai, afora 3 compactos de primeira qualidade: os dois primeiros volumes da coleção "Tema" (Mulher Se Queixando de Homem/Rotina) e o nº1 da série "Gente Nova" com os compositores participantes da I Feira Estudantil do Som, promovida pela TV-Bandeirantes, Canal 13, São Paulo. Estes lançamentos - mais a coleção Música Popular do Nordeste, e os lps "Brasil, Flauta, Cavaquinho e Violão" e "Frevo ao Vivo" (produção do Quinteto Violado, gravado no Teatro Santa Isabel, no Recife), que já tinham sido colocados anteriormente nas lojas, confere a Discos Marcus Pereira uma posição de destaque, merecedor de uma análise pormenorizada, que faremos nas colunas de O Estado, dentro dos próximos dias. MÚSICA POPULAR DO CENTRO-OESTE/SUDESTE "Um empresário permanentemente entusiasmado com todos os seus projetos", como o definiu o editor de música da revista "Veja" (19/6/74, nº302), Marcus Pereira explica as edições de Música Popular do Nordeste e, agora, do Centro-Oeste/Sudeste, como o "mapeamento musical do país". A série prosseguirá, brevemente, com o levantamento da Música Popular do Sul do Brasil, o que o trará nas próximas semanas a Curitiba. Ainda segundo Veja, a paixão particular de Marcus Pereira pela Música popular brasileira começou em 1965, quando em sociedade com o compositor Luís Carlos Paraná abriu a boate O Jogral, em São Paulo, inaugurando um gênero de casa noturna fartamente copiado. Agora, procurado dia e noite por compositores e cantores inéditos ou já consagrados declara-se definitivamente disposto a continuar gravando só música brasileira. E mais tarde, num futuro que não pode ainda precisar, pretende lançar uma coleção de folclore latino, pesquisado com o mesmo rigor exigido nas coleções de música brasileira. Para coletar o vasto material necessário a essa espécie de trabalho, Marcus Pereira conta apenas com a ajuda de uma pequena equipe de três universitários. Depois de entrevistarem folcloristas e experts em música popular, eles percorrem as regiões escolhidas gravando "in loco' obras de compositores e cantores geralmente desconhecidos. Mais tarde, em estúdio, muitas músicas são regravadas, mas não necessariamente. Segundo Marcus, "o documento é mais importante que a qualidade da gravação". J. Ramos Tinhorão, o rigoroso crítico do "Jornal do Brasil", na página que dedicou a edição de "Música Popular do Centro Oeste/Sudeste" ("A verdadeira Voz do Brasil", JB, 15/6/74), comparou o empreendimento de Marcus Pereira a iniciativa feita em 1938 por Mário de Andrade (1893-1945) - a quem Pereira tem dedicado suas coleções - No Nordeste, e do que resultou a coleta de 1.500 melodias, parte das quais foram passados por 115 raríssimos discos editados em 1945 pela Discoteca Pública Municipal de São Paulo. Enquanto, porém, as gravações da viagem de Mário de Andrade, foram realizadas nas condições mais precárias possíveis, usando discos de acetato, com base de alumínio e por isso constituem hoje apenas um documento para estudiosos (os discos chiam terrivelmente, e há muitos trechos de canto inaudível), o trabalho da equipe de discos Marcus Pereira é da maior qualidade técnica. Tinhorão faz ainda uma sugestão que o ministro Ney Braga deveria atender: já que o poder oficial não fez nada (até hoje) no campo cultural por iniciativa própria (e chega a ser comovente o esforço do professor Aluysio de Alencar Pinto, para conseguir editar um simples compacto por ano, na série Documentário Sonoro do Folclore Brasileiro, da Campanha de Defesa do Folclore), o Ministro poderia ao menos entrar em contato com Marcus Pereira, no sentido de fazer o MEC figurar como co-editor em projetos futuros, a exemplo do que acontece na área do livro com ação do INL. Um acordo desses permitiria, quem sabe, um entrosamento entre Marcus Pereira e a Campanha de Defesa do Folclore Brasileiro, no sentido de obter um ponto de equilíbrio entre o atrativo comercial dos discos e o seu indispensável rigor documental xxx A coleção abre com o lp dedicado a Modinhas e Modas no lado A e Cururu e Catira no lado B. Este é talvez o disco mais facilmente consumivel, e que pode ser programado nas rádios, em horários de disputa de Ibope. Pois dois intérpretes conhecidos - Nara Leão e Renato Teixeira - interpretam as principais faixas. Narinha, com toda sua ternura, canta "Amo-te Muito" (João Chaves), "Viola Quebrada" (Mário de Andrade/Ary Kener Veiga de Castro), "O Galo Cantou na Serra" (Luiz CLáudio/Guimarães Rosa) e "Casinha Pequenina". Já com Renato Teixeira temos "Moreninha Se Eu Pedisse", "O Gavião de Penacho", "Tristeza do Jeca" (Angelino de Oliveira) (para nós a melhor faixa do lp), "Casa de Caboclo" (de Hekel Tavares/Luiz Peixoto, sobre tema de Chiquinha Gonzaga) e "Dr. Orlando". Edson Gama interpreta "Moda da Onça", recolhido por Paulo Vanzolini, os Catiriteiros de Nova Odessa mostram o que é "Catira" (também chamada de "Caterete", praticada em São Paulo, Minas e Estado do Rio). Depois há 3 sólidas mostras de Cururu, uma dança praticada pelos caboclos de São Paulo, Goiás e Mato Grosso, hoje só encontrado em algumas zonas & (periferia da capital e Baixa Sorocaba); "Maria Quitéria" e "Carreira do Navio" de Pedro Chiquito, com o autor e ("Desafio de Cururu", último "Show") de Parafuso. No segundo lp temos no lado A, exemplos de Sambas, Congadas, Jongo e Moçambique, todos ritmos e danças explicadas pormenorizadamente em textos didáticos de contracapa. Ivone Lara, 52 anos, compositora, cantora e excelente executante de Cavaquinho, que o paranaense Adelzon Alves acaba de lançar no excelente lp "Quem Samba Fica? Fica" (Odeon, maio/74) abre o lado A com "Amor Aventureiro" (Mano Décio da Viola/Silas de Oliveira), executando em seguida o seu Partido Alto "Andei para Curimar". Com um grupo de Samba Rural, de Ubatuba, SP, temos a seguir uma autêntica gravação. A antológica Clementina de Jesus executa após "Ponto de Jongo" (um ritmo de origem africana, assemelhado ao samba, existente principalmente na região cafeeira e na franja paulista). Com a Companhia de Moçambique, de Divinópolis, MG, temos uma mostra do Moçambique, dança votiva dedicada ao culto de São Benedito e praticada nos Estados de SP, MG, MT e Goiás, durante os festejos do santo patrono, de Nossa Senhora do Rosário e do Divino Espírito Santo. O Moçambique é documentado nesta pesquisa pela pequena companhia de Moçambique, com meia dúzia de dançadores e, como acompanhamento musical, apenas uma caixa clara ou chocalho. Por último, temos "Congadas", com o grupo Terno Verde de Atibaia. No lado B, Nara Leão abre interpretando "Calix Bento", seguida de Clementina de Jesus com "Ponto de Macumba". Finalmente, com o grupo popular do Estado do Rio, mais Carmem Costa e o Coral da USP, "Benditos e Ladainhas", três manifestações de canto religioso colhidas nas áreas rurais dos Estados do Rio e Minas Gerais, primeiro capítulo de uma pesquisa mais extensa que Marcus Pereira promete para este ano. A ladainha, rogação coletiva contra calamidades, tem sua origem na Idade Média, quando foi instituída pelo Papa Gregório Magno, mas a sua prática, hoje, nada tem a ver com os moldes do canto religioso oficial. Já o Bendito é uma devoção caseira, que eventualmente também se pratica nas procissões provincianas. No ano passado, por iniciativa do jornalista, Antônio Chrisostomo, ex-diretor de notícias da Radio JB, hoje produtor da RCA-Victor, Carmem Costa apresentou um espetáculo de Benditos e Ladainhas no Outeiro da Glória, considerado pela revista Veja, como o Espetáculo do Ano. Apesar de gravado pela RCA, até hoje não foi editado o lp com a histórica apresentação - em que Carmem esteve acompanhada de uma orquestra regida pelo saxofonista Paulo Moura, de forma que Marcus Pereira, com esta edição, tem a primazia também neste campo. xxx O terceiro lp é dedicado em seu lado A a Folias, denominação dada no Sudeste e Centro-Oeste, a um grupo de cantores e músicos populares, usando símbolos devocionais, que percorrendo as ruas das cidades do Interior, pedem esmolas para as festas de Reis (Folia de Reis) ou para a festa do Divino. A folia do Divino sai durante o dia e a folia dos Reis à noite, para lembrar os reis Magos, que viajavam guiados por uma estrela. O acompanhamento musical é feito com violões, sanfona, cavaquinho, pandeiro, pistão e caixa. A primeira faixa - "Folia do Divino" - é apresentada por Carmem Costa e Coral da USP, mas as demais são gravações feitas "in loco": Folia de Reis, em duas versões (grupo de foliões de Ubatuba e Olímpia e outro grupo do morro da Mangueira, Rio). Considerado como um dos ritmos brasileiros de maior balanço e musicalidade, é estranho que até hoje o Calango não tenha saído da zona rural de Minas e Estado do Rio. Com um grupo de foliões da Mangueira temos um "Calango" ainda na face A, e na faixa B, dois exemplos de "Calango de Minas" com Osvaldinho e Pepete. Após vem a Curanda, que em Pernambuco define roda de adultos cantando e dançando ao som de tambores, pistão e ganzá, com um "mestre cirandeiro", no centro da roda, improvisando versos, enquanto no Rio e São Paulo, a Ciranda apresenta outra característica: no Estado do Rio, uma espécie de samba rural e no interior paulista a dança que encerra o baile de fandango. Carmem Costa mostra uma "Ciranda Infantil", enquanto Renato Teixeira apresenta a "Ciranda de Adultos". Finalmente, com Nara Leão, temos "Coreto", através da mais famosa canção - "Peixe Vivo". Coretos são grupos de amigos que bebem juntos e coro. Estas reuniões são muito comuns no interior de Minas, principalmente em Diamantina. Finalmente, no lp 4 temos Modas de Viola e Toadas no lado A e Fandangos e as Danças e Santa Cruz e São Gonçalo no lado B. As modas de viola e toadas selecionadas são as seguintes: "Cuitelinho" (Recolhido por Paulo Vanzolini) com Nara Leão, "Pagode" (Tião Carreiro/Carreirinho) com Mineirinho e Manduzinho, "Moda Mineira" com Clementina de Jesus, "Começo do Fim" (Lourival e Moacir Santos) com Mineirinho e Manduzinho, "Moda de Gado" com Renato Teixeira; "Do Lado que o Vento Vai" de Raul Torres, com Mineirinho e Manduzinho; "Moço Boiadeiro" de e com Tico Siqueira e "Chitãozinho e Xororó" de Derrinha e Athos Campos, com Mineirinho e Manduzinho. No lado B, talvez a parte mais antropológica desta coleção, temos os registros de quatro modalidades de Fandango (Bailado, Cana-Verde). Rufado (Serra Baile, dança de São Gonçalo) e o rufado-bailado (tonta), recolhidos no litoral paulista e nordeste no Paraná. No fandango-bailado não há sapateado, nem palmas. Essa é uma característica do fandango-rufado. No fandango-rufado-bailado há batidas de pés e palmas, combinadas com giros de valsa, deslizamentos e rodas. O fandango tem origem portuguesa, com influência hispânica. Aproxima-se em sua coreografia, do cateretê paulista. Finalmente a Dança de Santa Cruz, com a Família Camargo, de Carapicuiba, SP, encerra o lp. A Dança de Santa Cruz tem acompanhamento de apenas duas vilas, adufele, principalmente, reco-reco. Atrás dos instrumentistas vão grande legiões de devotos, que dançam para frente e para trás detendo-se à frente das casas. Dançam até alta madrugada em louvor de cruzes cravadas no chão. O violeiro chamado "mestre" canta versos, que são respondidos pelos demais participantes. Alguns momentos da cantoria lembram cerimonias indígenas. No fim do terceiro "beijamento" (inclinação de cabeça, diante da cruz) por exemplo, os violeiros soltam um "oh!" bastante agudo, em falsete, que impõe a esta associação com os ritos selvagens. FICHA TÉCNICA Produção: Discos Marcus Pereira. Produtores: Theo de Barros e J. C. Botezelli (Pelão). Fotos de capa: Maureen Bisilliati. Layout: Antônio Maioral. Interpretação: Nara Leão, Clementina de Jesus, Carmem Costa, Coral da Universidade de São Paulo, Renato Teixeira, Ivone Lara, Mineirinho e Manduzinho, Osvaldinho e Pepete, "Seo" Chico de Ubatuba, Tico Siqueira, Pedro Chiquito e Nhô Serra, Nhô Chico/Parafuso, Leôncio e Leonel, Companhia de Moçambique, Terno Verde de Congado, Grupo de Samba Rural, Grupo de Mangueira, Grupo de Olímpia e Catiriteiros de Nova Odessa. Direção musical e arranjos: Theo de Barros. Consultoria: Oneyda Alvarenga, Paulo Vanzolini e Regina Lacerda. Coordenação geral: Marcus Pereira e Aluízio Falcão. Pesquisa: Martinho da Vila, Paulo Vanzolini, Aluízio Falcão. Dercio Marques, Gervásio Horta e Fernando Brandt.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Música Popular
26
30/06/1974
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