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Antônio Carlos Jobim

Muito prazer!

Esta notícia de Zózimo Barroso do Amaral, no "Jornal do Brasil" (02/07/1987), merece transcrição. xxx "Uma das historinhas mais em voga atualmente nos meios intelectuais do Rio de Janeiro conta o recente encontro numa solenidade, do ministro da Cultura, Celso Furtado, com Tom Jobim, que não se conheciam. Depois do protocolar "muito prazer", Furtado demonstrou não saber ao certo de quem se tratava e foi socorrido pelo próprio compositor: - "Ministro, eu sou o autor da música "Garota de Ipanema". E Furtado, com o semblante subitamente iluminado:

Os Caymmis, esta família de luzes e cores musicais

A velha escrava contava Ai vovó aprendia Vovó contava mamãe Velhos casos que sabia Velhas estórias da Bahia (Dorival Caymmi, uma canção inédita só agora gravada: "Velhas Estórias"). xxx As canções são conhecidas desde a nossa infância. Crescemos ouvindo ele falar dos pescadores que morrem no mar - que é bonito, bonito; da Dora, rainha do frevo e do maracatu; da Marina, morena que já é bonita com o que Deus lhe deu; da vizinha do lado, que quando passa, com seu vestido de grená, todo mundo diz que é boa ou da Maracangalha, passárgada de sonhos e desejos.

No campo de batalha

Com uma ampla programação cutural a Alliance Française de Curitiba está comemorando a inauguração de sua nova sede - um prédio de 3 andares na Prudente de Morais, 1101. Já houve palestras do professor Jean-Remy Julien, da Sorbonne, sobre a canção política na França, exibição de dois filmes inéditos no Brasil ("Ruse Cases Negres", e 3, da cineasta da Martinica, Euzhan Paley e "Interdit aux Moins de 13 Ans", 83, de Jean-Louis Bertucceli) e hoje, no Teatro 13 de Maio, volta a ser apresentado o espetáculo "La Nuit de L'Absurde", com o grupo amador da Aliança Francesa. xxx

"Por Incrível que Pareça", afinal uma trilha nacional

Infelizmente poucos são os filmes brasileiros que conseguem ter suas trilhas sonoras editadas em elepês. Mesmo quando compositores de prestígio como Chico Buarque, Edu Lobo e Antônio Carlos Jobim emprestam seu talento ao cinema, as trilhas permanecem inéditas - na versão integral, aparecendo, quando muito, as músicas em gravações avulsas.

Amostragem do ótimo cinema que vem em 87

Se um festival de cinema vale, entre outras coisas, como uma amostragem da situação de como vai a área, pode-se dizer que após o Festival de Brasília o otimismo aumentou. Como dizia a experiente Pola Vartuck, crítica d' "O estado de São Paulo" e que ao longo de sua vida profissional esteve como jurada em inúmeros festivais, esta 19ª edição foi positiva em trazer tantos curtas e médias como longa-metragens de vigor.

Satã e Veneno, um novo vigor para o bom samba

Surgem novos e promissores talentos no mundo do samba. Dois exemplos: Marquinhos Satã e César Veneno. ambos com bossa, balanço e muita comunicação. Marquinhos Satã (Marcos Costa Santos, carioca do morro do Salgueiro, 24 de janeiro de 1956) "cumpriu a meninice carioca: bola, pipa, gude e ritmo que invadiu-o inteiro, embora a mãe não gostasse" - como diz Ronaldo Boscoli.

Denise/Elis, o canto do gesto

"Quando, certa manhã, acordei e ouvi um pássaro cantar, compreendi bem: já não tinha mais medo da morte. Porque nada me poderá faltar. Se eu mesmo faltar. Então consegui me alegrar com todos os cantos dos pássaros depois de mim"(Bertolt Brecht, 1898-1956) Ao longo de exatos 70 minutos, só uma vez se ouve a voz humana. Em gravação, justamente a poesia de Brecht - acima transcrita - na qual o mais admirável dos dramaturgos contemporâneos fala de amor, pássaros e vida.

Um festival de cinema com ritmo musical

Filmes sobre música e músicos como "Bring the Night" de Michael Apte (diretor de "O Mistério de Agatha" e "O Destino Mudou sua Vida"), que faz com que mesmo quem não gostasse se reconcilie com a música de Sting - apresentado de uma forma extremamente humana e bem comportada. Mais uma dezena de vídeos que, direta ou indiretamente abordam também a música - desde a tietagem gay-coroa em torno de Emilinha Borba - até dois vídeos de Valéria Burgos sobre Marina Valença ou documentários sobre shows de Ney Matogrosso, Nina Haggen, Alceu Valença e tantas outras personalidades musicais.

A poesia de Bandeira ganha a melhor música com Olívia

O centenário de nascimento de Manuel Bandeira (Recife, 1886 - Rio de Janeiro, 1968) teve duas comemorações retardadas para 1987, mas assim mesmo com a maior validade: as edições do álbum "Estrela Da Vida Inteira", de Olívia Hime (Continental, janeiro/87) e o belíssimo livro "Bandeira Da Vida Inteira" (1), uma criação editorial de Salvador Monteiro e Leonel Kaz, das Edições Alumbramento - com financiamento da IBM Brasil, mas também à venda em algumas livrarias da categoria (Cz$ 650,00 o exemplar).
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