Baby Consuelo
A boa música instrumental com Borghettinho e Pepeu
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 04 de novembro de 1989
Tentativas já houveram muitas. As que deram certo - como a do Som da Gente, através do Nosso Estúdio, que graças ao empenho (e idealismo) de Tereza Souza e Walter Santos, já tem um catálogo de meia centena de títulos da melhor música (instrumental) - parte lançada no Exterior (e que, em março, na Town Hall, Nova Iorque, teve sua apresentação oficial para o mercado americano). Hoje, música contemporânea instrumental tem um sinônimo no Brasil: o Som da Gente.
Outras (bem intencionadas) propostas ficaram no meio do caminho, como a série NMCP que a Polygram tentou anos atrás.
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Reedições com marketing
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 23 de abril de 1989
Há mais ou menos 10 anos, Guto Graça Mello, na época diretor artístico da Sigla/Som Livre, comentando seu projeto de fazer da etiqueta uma presença vigorosa na MPB, a definia apenas "como uma etiqueta-marketing". Passados 10 anos e dentro das leis do mercado, a Sigla transformou-se cada vez mais em etiqueta-marketing, dispensando seu elenco (que, em certa época, chegou a ser expressivo) e se utilizando apenas de fonogramas de todas as outras gravadoras - já que a força de divulgação que a Rede Globo garante, compensa a cessão das faixas por outras fábricas.
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Geléia Geral
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 25 de outubro de 1987
Beleza se põe no prato da radiola. A fórmula funciona para alguns produtos que insistem em promover certos galãs boas pintas mas de limitados recursos canoros. Há 10 anos, Sidney Magal, atlético, sensual, na linha de John Travolta chegou a faturar bastante. Mas o tempo passou e ele foi esquecido. Não totalmente, tanto é que volta pela Som Livre ("Mãos Dadas"), com um repertório repleto de versões.
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Moraes, o marketing no carnaval baiano
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 13 de fevereiro de 1988
Os baianos sabem se autopromover. Moraes Moreira, ex-Novos Baianos, que já teve sua fase de parceria com o curitibano Paulo Leminski, conseguiu espaço nacional ao brigar com seu amigo Wally Salomão, coordenador do Carnaval de Salvador - ao qual, este ano, não comparecerá - ao menos oficialmente.
As produções para a freqüência nacional
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 30 de janeiro de 1987
Há uma semana - desde o dia 24 de janeiro, sábado, a Rádio Estação Primeira está oficialmente no ar. A mais nova FM de Curitiba - pertencente aos empresários Carlos e Henrique Rêgo e Almeida e o jovem executivo Hélio Pimentel, este o diretor geral da emissora - começou a operar no dia 29 de novembro do ano passado, em caráter experimental. Em menos de dois meses conseguiu um relativo posicionamento no competitivo mercado radiofônico, procurando o segmento específico junto ao público jovem, mas buscando uma programação dosada, sem cair apenas no rock supérfluo.
Gil, Baby, Evandro, Mu, Cazuza, vozes para a Estação Primeira
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 30 de janeiro de 1987
Conseguindo a participação de nomes de grande popularidade junto ao público jovem como Gilberto Gil, Baby Consuelo, Evandro Mesquita, Cazuza, Mu e Dadi, Hélio Pimentel vai tentar exportar os programas gerados inicialmente pela Estação Primeira para outras FMs do Brasil. Não deixa de ser uma fórmula prática de marketing e remuneração para os apresentadores e produtores destes especiais, capazes de serem veiculados nacionalmente.
Um belo álbum para os 80 anos de Alcyr
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 22 de fevereiro de 1986
Radialista e pesquisador musical, filho de um dos grandes compositores brasileiros, pioneiro do jingle no Brasil - Silvan Castello Neto (Ulisses Lelot Filho, 1904-1984), Berto Filho reverenciou a memória de seu pai com a edição (patrocinada pela Petrobrás) de um magnífico álbum duplo e de um livro (financiado pela Brahma, para quem Silvan criou inúmeros jingles) sobre a vida desse importante compositor e pioneiro da publicidade musical em nosso país.
Grupos de ontem que voltam hoje
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 04 de janeiro de 1986
Uma das boas presenças vocais-instrumentais surgidas nos últimos anos foi o grupo Roupa Nova. Sabendo dosar a linguagem jovem - ou seja, uma linha pop/rock - com base na qualidade sonora, este sexteto vem realizando um trabalho digno e agradável. Lógico que para isto conta muito a inteligência na escolha do repertório, os arranjos caprichados e, sobretudo, a própria competência de cada um dos integrantes do grupo: Kiko (guitarras), Serginho (bateria), Nando (baixo), Ricardo Feghali (teclados), Cleberon Horsth (também teclados) e Paulinho (percussão), todos nos vocais.
Não tão novos, mas ainda bons baianos
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 22 de setembro de 1985
É interessante observar a evolução dos compositores e intérpretes de nossa MPB. Artistas que começaram há dez, quinze ou vinte anos - e que ao longo desse período, com maior ou menor regularidade, foram galgando novos espaços, buscando um público específico - foram se adaptando às regras do mercado. Por exemplo: o grupo que começou no Teatro Vila Rica em Salvador, em 1968, com o espetáculo "Desembarque dos bichos depois do dilúvio".