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Cine Astor

A justiça projetada (sem olhos vendados)

Teoricamente, os estudantes de Direito constituem uma faixa de acadêmicos com indagações sociais e políticas, preocupações de ordem intelectual e pretensões de colocações filosóficas e ideológicas. Das faculdades de Direito saíram cargos no Executivo, legislativo e Judiciário, naturalmente. Seria natural que filmes que tratassem de temas ligados à lei e a justiça encontrassem uma repercussão por parte dos estudantes e, por que não dizer, dos profissionais - advogados, promotores, juizes e mesmo os veneráveis desembargadores.

Kubrick, um iluminado e inquietante cineasta

Como uma espécie de presente de Natal aos fãs do bom cinema - e se constituindo na última grande estréia de 1980, "O Iluminado/The Shining" (cine Astor), e mais uma oportunidade de se contemplar o múltiplo talento de Stanley Kubrick, 52 anos, 11 longa-metragens em 27 anos de atividades cinematográficas.

Tess, o pecado da beleza demais

Há duas semanas que a estréia de "Os Contos de Canterbury", 1973, de Passoline, vem sendo adiada por uma razão óbvia: as rendas de "Tess" (Cine Astor, 3 sessões) aumentam a cada fim de semana, com todas as sessões lotadas. Já há mais de um mês em exibição, o êxito deste filme de Roman Polanski confirma que o romantismo continua a ser uma grande atração para milhares de pessoas.

Houve uma vez, 1943...

CAROS espectadores com mais de 35 anos, preparai vossos corações e, se emotivos forem, apanhai absorventes lenços para enxugar lágrimas: ainda hoje, em 4 sessões, podereis ver um filme como se fazia antigamente. Com amor, emoção, bons sentimentos, gente limpa e bem trajada, capaz de nobres gestos. Enfim, um filme como se fazia antigamente. Na época em que havia no máximo duas sessões e as melhores famílias da Curitiba de menos de 100 mil habitantes (agora já passamos do primeiro milhão) faziam filas defronte os reluzentes, limpos e acolhedores cines Avenida.

Um ator de muito luxo.

"Gigolô Americano", em exibição no Cine Astor, desde quinta-feira, não é só um filme audacioso em sua temática - a exploração do homossexualismo masculino, nos círculos luxuosos de Los Angeles - como vem consagrar um novo ator - Richard Gere, 30 anos, 13 de carreira e tido como 0 "sex symbol " masculino desta década. Após uma pequena ponta em "À Procura de Mr. Goodbar" (Looking For Mr. Goodbar, 77, de Richard Brooks) Gere era alçado ao principal papel em "Cinzas no Paraíso" (Days of Heaven, 78, de Terence Malick) Já exibido duas vezes, este ano, em Curitiba.

À meia-noite, 1900 em reprise

Enquanto "La Luna", 1979, de Bernardo Bertolucci, teve sua estréia adiada devido o sucesso de "Mulher Nota 10", que permanece no Cine Astor, teremos hoje, à meia-noite, naquele cinema, a reprise do vigoroso "1900", primeira parte. Realizado por Bertolucci entre 1975/77, com amplos recursos de produção, garantidos pelo êxito de "O Último Tango em Paris" (1972), "Novecento" é um painel gigantesco da Itália, nos primeiros 45 anos deste século. Através de duas famílias - uma da aristocracia rural, outra de camponeses.

Neurótico Woody em Curitiba

Os três Oscar atribuídos há 10 dias a Woody Allen melhor filme ("Noivo Neurótico, Noiva Nervosa", a partir de amanhã no Cine Rivoli, 4 sessões diárias), roteiro e direção, tiveram um natural reflexo: sábado, 810 pessoas superlotaram o Cine Astor, na sessão da meia-noite, para assistir "Tudo O Que Você Quis Saber Sobre Sexo e Nunca Teve Coragem de Perguntar", em reprise, dentro do ciclo que Jayme Tavares programou em homenagem ao ator-cineasta mas badalado do momento.

Perspectivas da Semana

Uma semana de excelentes opções para o espectador de bom gosto, que exige algo mais do cinema. Woody Allen, o genial e premiado ator-diretor-roteirista; em dose dupla: "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa" (Annie Hall), desde ontem no Cine Rivoli, para uma carreira de, no mínimo, dias semanas. No Astor, em sessões à meia noite, Jayme Tavares está reprisando os filmes anteriores de Allen: na semana passada, 810 pessoas superlotaram o cinema de (apenas) 500 lugares para rever "Tudo Que Você Sempre Quis Saber Sobre O Sexo...".

O vampiro que resistiu ao tempo e ao mundo (III)

O início de "Drácula" (auditório Salvador de Ferrante) tem um impacto imenso: abre-se a cortina e o conde (Ariel Coelho) está no órgão executando uma peça de Bach, enquanto relâmpagos e chuvas são vistos pelas janelas. Aproxima-se a arrumadeira (Gina Pigozzi, uma estreante de muita beleza) que, sem falar uma única palavra, fica estarrecida frente ao vampiro. Este lhe despe a parte superior e lhe crava os dentes no pescoço na melhor tradição vampiresca. Em seguida, apanha-a nos braços e sobe a escada do castelo.

Lá, como cá, como ali...

Bastaria uma seqüência de "Uma Mulher Descasada" (Cine Astor) para justificar o prêmio de mulher atriz a Jill Clayburgh no Festival de Cannes-78 e a tremenda injustiça que a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, mais uma vez, cometeu, ao preferir dar (pela 2.ª vez) o Oscar de melhor atriz-78 a Jane Fonda (por "Amargo Regresso", de Hall Ashby): os 115 segundos que se sucedem a revelação do marido, Martin (Michael Murphy) de que há um ano já tem uma amante, Márcia, e que deseja se separar. Martin faz a revelação após um almoço numa lanchonete e emociona-se lágrimas.
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