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Cine GROFF

Chineses, desenhos, italianos e até uma homenagem a Hammett

Para uma época de férias escolares - o que significa vacas magras em termos de lançamentos, com as salas ocupadas por comerciais programas destinados ao público infantil - até que a situação poderia ser pior. Felizmente há opções, para quem não esteja preso ao vídeo esquemático e que retira metade do prazer de se ver um filme em tela ampla.

Nas reprises, o melhor da música ajustada às imagens

Apenas uma estréia nesta terceira semana de 1989: "Idolatrada", produção nacional de pouquíssimas referências, dirigida pelo desconhecido Paulo Augusto Gomes, com Denise Bandeira, Mário Lago e Eduardo Machado (Cine Groff, 5 sessões). No mais, a programação nas telas continua a mesma da semana passada - mas com opções interessantes. Especialmente filmes que se identificam por excelentes trilhas sonoras - que aqui são registrados.

Nem Cristo tentou mais o espectador

Polêmica não lota mais cinema. Prova disto é que apesar das milhares de centimetragens que a imprensa nacional e regional dedicou para "Última Tentação de Cristo", ameaças de protesto e explosões nos cinemas que o exibiram e as "vigílias religiosas" que as ingênuas freirinhas fizeram na galeria dos Cines Lido I/II - o filme de Martin Scorcese não foi uma atração fatal para os católicos (e não católicos). Estreou no dia 25 de novembro e ao final de uma semana, o Lido l, com seus 550 lugares, apresentava um borderô de 4.208 espectadores, que cairia para 2.650 na semana seguinte.

Cachorro japonês e a Igreja política são os lançamentos

Mais uma semana com duas estréias, algumas reprises e continuação dos filmes que estão obtendo boas bilheterias. Em compensação, uma estréia não poderia ser melhor: um documentário sobre a Teologia da Libertação em vários países do continente latino-americano, num trabalho corajoso e independente de Geraldo Sarno - "Deus é um Fogo" (Cine Groff, 5 sessões), que merece registro a parte.

É fogo o desperdício de um material sério

Era a grande esperança em torno de "Deus é um Fogo" (Cine Groff, até amanhã, 5 sessões). Afinal o diretor Geraldo Sarno apesar de uma carreira bissexta, teve boa experiência na área do documentário e fez uma digna transposição à tela do empresário nacionalista Delmiro Gouveia, assassinado em 1919 por grupos multinacionais que viam com preocupação sua ação em favor da industrialização independente no Nordeste.

Uma visão corajosa da Teologia da Libertação

Com a estréia de "Deus é um Fogo" (Cine Groff, 5 sessões) complementa-se uma espécie da painel cinematográfico que discute e mostra a ação social da Igreja na América Latina nos últimos anos.

Na semana do Oscar, uma grande estréia inglesa

Os filmes que participaram da festa do Oscar, encerrada na madrugada de ontem, que estão em cartaz em Curitiba, terão suas platéias ampliadas. Em primeiro lugar, "Rain Man", de Barry Levinson, com suas quatro premiações, em cartaz no Condor, emplacará no mínimo seis semanas de exibição. Além de melhor filme, "Rain Man", que tem como tema o reencontro de dois irmãos, conferiu a Dustin Hoffman a estatueta de melhor ator do ano.

A vida de Paulo Wright retratando uma época

Contar as controvérsias do regime militar e as ações de resistência à disputa brasileira é a proposta do filme que o Cine Groff começa a exibir hoje, com sessões às 14, 16, 18, 20 e 22h. "PSW - Uma crônica subversiva" conta a história de Paulo Stuart Wright, ex-deputado e desaparecido nos porões da repressão. O filme começa mostrando o encontro clandestino de Paulo com mais dois combatentes, na Semana da Pátria de 1973, quando teria sido preso e supostamente morto, e segue numa retrospectiva onde conta a sua trajetória pessoal e política.

Uma chance de conhecer o novo cinema soviético

Poucas estréias mas, em compensação, mais um festival de filmes inéditos, vindos para exibições especiais. Desta vez "O cinema soviético dos anos 80", oportunidade para se conhecer o recente cinema da URSS, que começa a ter repercussão internacional - graças, especialmente, a política de abertura da era Grotchev e liberação de obras censuradas ao mesmo tempo que se possibilita aos realizadores maior liberdade de criação.
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