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Festival do Cinema Brasileiro de Brasília

A nossa loira fantasma irá mesmo para Brasília

Ao menos para a cineasta e vídeomaker Fernanda Morini a passagem do Dia do Cinema Brasileiro - 19 de junho, mereceu ser comemorada com a abertura de algumas garrafas de champagne (nacional) em sua produtora - a Realiza Vídeo. É que por telefone, teve a melhor notícia: "A Loira Fantasma", seu primeiro curta-metragem, 35mm, rodado em maio de 1989 e só agora concluído, estará entre os dez curtas-metragens que disputarão os Candangos e gordas premiações em dinheiro no XXIV Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (6 a 10 de julho).

Personagem esquecida pela história oficial

Brasília - Embora "A República dos Anjos" seja a primeira grande produção dirigida pelo uruguaio Carlos Del Pino, 42 anos, há 23 no Brasil, ele tem uma grande experiência no cinema . Fez parte do Cinema Novo, trabalhando em diferentes funções, com realizadores como Cacá Diegues ("Os Herdeiros" e "Joana Francesa"), Geraldo Sarno ("Coronel Delmiro Gouveia"), na trilogia de Ama Carolina, entre outros. Há 15 anos chegou a fazer um longa-metragem, praticamente inédito: "O Leão do Norte".

E quando é que chegarão os filmes dos festivais?

Encerrado mais um festival de cinema brasileiro- e próximo a dois outros eventos importantes que continuarão a movimentar o setor (Gramado, a partir de 5 de agosto e, de 20 a 26 de setembro, a XVIII Jornada Internacional de Cinema da Bahia, em Salvador), uma questão natural que se discute é a de quando os curtas, médias e, ao menos, longas que são levados a estas mostras competitivas poderão serem também vistos e julgados pelo público?

Na telinha paralela, se mostrou até o filme que não foi concluído

Apesar dos festivais de Brasília e Gramado evitarem, nos últimos anos, a expansão também para o vídeo - considerando que o boom nesta tecnologia é tão intenso que justifica eventos específicos - torna-se impossível, atualmente, ignorar a telinha como forma ao menos informativa para realizadores que optando pelo vídeo apresentam trabalhos dos mais importantes. Ao menos informalmente, tanto em Gramado como em Brasília, as últimas edições dos festivais já abriram salas para que as realizações em vídeo, com cópias em VHS, possam serem vistas.

60 anos depois "Limite" na abertura do Festival

Brasília - Sessenta anos depois de sua primeira exibição - ocorrida no dia 4 de maio de 1931, no cinema Capitólio, na Cinelândia carioca, o filme-mito do cinema brasileiro - "Limite", de Mário Peixoto, abre hoje à noite, em sessão de gala na sala Villa Lobos do teatro Nacional a 24a. edição do mais antigo festival de cinema brasileiro.

Brasília, a capital da esperança para o cinema brasileiro renascer

Na noite de 9 de julho, quando o cineasta Rogério Sganzerla, 45 anos, subiu ao palco do Cine Brasília, para receber um retrato emoldurado com a imagem de José Mojica Marinz ("Zé do Caixão") defronte o túmulo de Carmen Miranda - oferta de seu amigo Ivan Cardoso, em nome da Associação Brasileira de Cineastas, como prêmio pelo seu média-metragem "Assim é Noel", houve a única manifestação político-cinematográfica da noite - excluída às vaias dadas a Neville de Almeida (e a atriz Claudia Raia) por sua premiação como melhor diretor ("Matou a família e foi ao cinema").

Alerta nuclear, um cinema de utilidade

Filmes como "Chuva Negra - A Coragem de uma Raça" - na abordagem que faz sobre a maior tragédia de todos os tempos (a destruição de duas cidades e milhares de pessoas com a bomba atômica) mais do que nunca devem ser vistos e discutidos. A corrida nuclear a partir de 1945 - e que somente ampliou-se neste meio século de insanidade - tem merecido algumas reflexões profundas e importantes, embora, por sua própria dimensão, tudo que se faça para chamar atenção em torno da questão seja pouco.

Um exemplo do melhor cinema documentário

Quem construiu a Tebas de Sete Portas? Nos livros estão os nomes dos Reis. Arrastaram eles os blocos de pedra? (Bertolt Brecht) A epígrafe com um fragmento de um dramaturgo alemão abre "Conterrâneos Velhos de Guerra" é, de certa forma, o ponto de partida ideológico deste contundente documentário: aqueles que construíram Brasília, os candangos vindos do Nordeste, foram expulsos da cidade.

A Cultura e o Estado

Depois de permanecer ignorada durante toda a campanha do primeiro turno a Cultura, finalmente, começa a ser lembrada como ponto de discussão dos candidatos ao governo do Paraná. Ao contrário do que aconteceu em 1965, quando da campanha de Paulo Pimentel ao governo do Paraná, os artistas e intelectuais se posicionaram em atuantes comitês (já que o seu oponente, o professor Bento Munhoz da Rocha Neto tinha uma tradição na elite cultural paranaense) nas últimas eleições notou-se um enfraquecimento dos produtores (e consumidores) das artes e Cultura em termos de organização partidária.

"Césio 137", um documento-drama da tragédia nuclear em Goiânia

Césio 137 - O Pesadelo de Goiânia" vale por mil discursos. Ao se propor a reconstituir a tragédia que abalou o Brasil - com repercussões internacionais - ocorrida há exatamente três anos, o cineasta baiano Roberto Pires se ateve a uma exata reconstituição de como os fatos se sucederam. A idéia inicial de utilizar como roteiro base o livro do jornalista ecológico Fernando Gabeira, foi abandonada pelo fato de que os personagens reais da tragédia não aceitaram certas liberdades tomadas pelo autor de "O que É Isto, Companheiro?
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