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Francisco Alves dos Santos

Marlene tem que voltar

As negociações já foram iniciadas. Francisco Alves dos Santos, coordenador das atividades de cinema da Fundação Cultural já levou a diretora do Instituto Goethe, professora Heidrun Bruckner a reivindicação óbvia: é injusto que um documentário da dimensão de "Marlene", que na quarta-feira da semana passada encerrou uma nova mostra do cinema alemão realizada na Cinemateca, fique restrita aos 35 espectadores que ali estiveram naquela noite.

Nenhuma estréia mas voltam muitos filmes de qualidade

Início de ano, programação cinematográfica tranqüila. Permanecem em cartaz os lançamentos de maior apelo popular feitos no Natal e voltam muitas reprises. Partindo do raciocínio de que todos estão em férias, os exibidores não se arriscam com grandes novidades, preferindo programas de censura livre. Só que desenhos e filmes ingênuos não funcionam nos horários da noite e assim temos programações duplas.

"Romance", de Bianchi, em estréia nacional no Ritz

Sérgio Bianchi, paranaense de Ponta Grossa, é uma pessoa afetiva e apaixonada. Assim é que fez questão de que seu segundo longa-metragem, "Romance", tivesse praticamente seu lançamento nacional em Curitiba (cine Ritz, desde ontem), cidade em que residiu por mais de 15 anos. Afinal, seu longa anterior, "Maldita Coincidência", foi que inaugurou o cine Groff há alguns anos - e só depois foi visto em São Paulo, ganhando o reconhecimento dentro da linha que o crítico Jairo Ferreira chama de "Cinema de Invenção".

No campo de batalha

Uma feliz frase do roteirista e diretor Jorge Duran, que logo na abertura da mesa-redonda sobre literatura e roteiro no cinema brasileiro provocou reflexões "o roteirista é quem reorganiza o material num universo novo". Logo depois, Valêncio Xavier, provaria através de uma análise de "O Anjo Azul", que "um mau roteiro pode resultar num clássico". Valêncio, com sua forma espontânea de abordar um assunto, mostrou as incoerências do roteiro deste filme alemão, dos anos 30, que se tornou, entretanto, um dos mais famosos do mundo - e o marco da carreira de Marlene Dietrich, ("Lola Lola").

Mostras valorizam a semana

O bom senso prevaleceu e Francisco Alves dos Santos decidiu modificar a programação da Mostra do Novo Cinema Japonês, iniciada na segunda-feira no Cine Luz. Ao invés de apenas uma única sessão - às 20 horas - desde ontem, os filmes estão sendo apresentados também em sessões às 15 e 17,30 horas. Afinal, assim há maiores opções para quem se interessa em conhecer trabalhos de novos realizadores japoneses, os quais, não terão distribuição comercial entre nós.

No campo de batalha

Preços dos aluguéis atingindo a estratosfera. Para conseguir um apartamento de cobertura, à altura do cargo que ocupa, a nova consulesa da República Federal da Alemanha assinou contrato que dará ao (feliz) dono de um penthouse próximo ao Hospital Militar nada menos que Cz$ 150 mil mensais. Reajustados a cada 90 dias pelas oscilações da OTN. xxx

Público ainda distante do bom cinema nacional

Com exceção dos Trapalhões e da reprise de "Um Caipira em Bariloche", com Mazzaropi (agora disponível também em vídeo), as bilheterias dos filmes nacionais lançados em 1987 em Curitiba foram insignificantes. Refletindo uma realidade nacional, o cinema brasileiro não teve boa performance comercial, apesar da qualidade de muitos filmes em exibição. Assim, se depender do mercado interno, só mesmo filmes como dos Trapalhões e "Eu", de Walter Hugo Khouri, conseguem se pagar e oferecer lucro aos investidores.
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