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Ney Sroulevich

Cinema sem festivais neste ano de imagens desfocadas

E os festivais de cinema, hem? Depois do dia 16 de março, com a extinção da Embrafilme / Fundação Nacional de Cinema e as duras imposições do Plano Brasil Novo - levando também os benefícios da Lei Sarney - ninguém mais sequer se atreve a falar em festival de cinema. Afinal, se há o lado positivo, cultural e mesmo econômico, em eventos destinados a promover, divulgar e (às vezes) estimular negociações de filmes, o custo e o glamour com indispensáveis mordomias que cercam os eventos fazem com que os mesmo sofram, agora mais do que nunca, cortes viscerais.

Um banquete para os cinéfilos com cinco estréias

Uma das reclamações mais comuns dos curitibanos que acompanham os lançamentos no circuito comercial é antiga: - "Durante semanas não há estréias. Quando chegam filmes importantes, há simultaneidade. Poucos permanecem mais de uma semana em cartaz. E não há tempo para assistir a todos". Forma-se o círculo vicioso: falta tempo (e também dinheiro, com ingressos a Cr$ 120,00) para se assistir, numa mesma semana em cartaz, cinco filmes que merecem verificação. Como, por exemplo, acontece agora.

"Splendor", quando a sala de exibição vira artista

Fortaleza Na elaboração da programação dos filmes em competição e os exibidos hor concours no cine São Luiz, sede do festival, Ney Sroulevich foi muito feliz na escolha para a próxima quarta-feira, 29: o segundo representante do Brasil (o primeiro foi "Que bom te ver viva", de Lúcia Murat, apresentado sexta-feira), "Minas Texas", de Carlos Alberto Prates, antecipará "Splendor", de Ettore Scola - um dos três hor concours programados.

Na gorda safra visual, chegou a Sociedade dos Poetas Mortos

Começa a safra das vacas gordas para os exibidores! Após algumas semanas de indigência de filmes - e em conseqüência também de público - abre-se a temporada do Oscar, trazendo filmes que com o maior marketing faz com que o acomodado espectador, cada vez mais viciado pela TV e vídeo - e também assustado com os preços dos ingressos, a falta de segurança para estacionar veículos no centro e outras razões que levam ao esvaziamento das salas de exibição - prefira cada vez mais ver os filmes na telinha do que no esplendor da tela ampla.

O FestRio em Fortaleza

Fortaleza De Aramis Millarch, enviado especial - Pela primeira vez nas seis edições do FestRio, o catálogo ficou pronto antes do evento começar - e um volume de 128 páginas contendo informações básicas sobre os 159 filmes entre longas e curtas - e dos 120 diferentes programas de vídeo e televisão, que estão sendo apresentados nos diferentes espaços ocupados por esta promoção que trouxe o mais importante festival de cinema do Hemisfério Sul para a ensolarada capital cearense.

O jazz saboroso que Cuba exporta

Cuba não é apenas sinônimo do (melhor) charuto e socialismo tropical mas, sim, sonoramente, um ilha de grande riqueza como se prova através dos gêneros & talentos musicais que ali surgiram. Se a Nova Trova Cubana - com Sílvio Rodriguez e Pablo Milanez - explodiu na última década, graças à ponte cultural que Chico Buarque (e outros intelectuais do primeiro time) souberam construir - há também outros criadores notáveis da música cubana, sem folclorismos & concessões que começam a acontecer mundialmente.

No campo de batalha

"Que bom te ver viva" já poderia ter sido visto em Curitiba. Lucia Murat se dispôs a trazê-lo para o encerramento do Festival do Cinema Brasileiro, organizado pelo colunista Alcy Ramalho Filho em setembro último. Infelizmente, por excesso de longas que ali competiram, faltou espaço para que o excelente documentário tivesse sua apresentação hor concours. xxx

No campo de batalha

1) - Maria Letícia, premiada como melhor diretora no Festival do Cinema de Curitiba - e ganhando assim uma passagem aérea da Lufthansa, Rio-Frankfurt - não veio a Brasília, onde seu filme "1º de Abril - Brasil", foi exibido na mostra informativa. Mandou a atriz Tessy Callado, filha do romancista Antônio Callado ("Quarup"), que foi a primeira a chegar. xxx
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