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Orson Welles

O bom discípulo

Alfred Hitchcook, 78 anos, 56 de cinema, pode descansar tranqüilo, embora, demonstrando extraordinária vitalidade, continue em ação: já há um substituto (quase) à altura para seu gênero favorito - o suspense. Chama-se Brian De Palma, tem pouco mais de trinta anos, e desde que fez uma versão musical - pop de "O Fantasma da Ópera", vem crescendo tanto em termos de bilheteria como reconhecimento crítico. De Palma curte Hitchcook adoidado.

As tragédias que divertem

O curitibano paga para ver tragédias. Quem diz isso, é Egom Prim, 36 anos, gerente da International Corporation, examinando os borderôs dos cines Lido e Condor, pertencentes a multinacional organização. "A Travessia de Cassandra" está fazendo Cr$ 100 mil por semana no Lido e já passou dos Cr$ 500 mil. "Aeroporto", em sua quinta semana, chega na marca do milhão de cruzeiros.

Jazz não jaz. Vive, hoje, no Guaíra

Um raro espetáculo de jazz poderá ser aplaudido na noite de hoje, no Auditório Bento Munhoz da Rocha Neto: o saxofonista e pianista Victor Assis Brasil - único jazzman profissional do Brasil - acompanhado pelo seu trio. A promoção é de Gady Leib, que, anteriormente, já trouxe a Curitiba outros grandes nomes do jazz internacional: Charles Tolliver, Horace Silver e Art Blakey e seus jazz Messengers.

Jornal da Tela

Com números na mão, João Aracheski, executivo da Fama Filmes no Paraná e Santa Catarina, lamenta informar: se, em 90 dias, a renda do Cinema 1 continuar em vermelho, Curitiba perde seu único cinema de arte e ganha mais uma casa de pornochanchadas e filmes na linha Kung-Fu, em sessões corridas, como os poetas Arlequim, Scala e Glória. Comparando não a São Paulo ou Rio - metrópoles que comportatam o funcionamento de casas especializadas em filmes de arte mas com cidades como Porto Alegre, Belo Horizonte , Recife e Salvador, Aracheski indaga: onde está o público que vive a exigir bons filmes?

Bogdanovich, o amor ao cinema

A exibição de "na Mira da Morte" e a próxima estréia de "Lua de Papel" (Paper Mem), foi com que se dêa máxima atenção a personalidade de um dos "fenômenos" do cinema americano contem porâneo: Peter Bogdanovich. No ano passado, aqui foram exibidos "A Ultima Sessão de Cinema" (The Last Pictures Show, 1971) e "Esta Garota E Uma Parada" "What`s Up Doc, 1972). Agora, temos possibilidade de conhecer sua primeira longa-metragem e, em breve, seu mais recente filme lançado no Brasil.

Uma homenagem às irmãs Gish

Nas múltiplas homenagens que, como bom cinemaníaco que é, presta ao longo de "A Noite Americana" cine Scala, segunda semana, ao próprio cinema, François Truffaut abre o seu filme, com uma foto das irmãs Lilian e Dorothy Gish, a quem, humildemente, oferece a sua nostálgica obra, que lhe valeu o Oscar de melhor filme estrangeiro de 1973.

Cinema

É curioso o critério de relançamento por parte das grandes produtoras-distribuidoras americanas: enquanto procuram destruir impiedosamente os filmes de alto nível artístico, após vencido o prazo de censura (5 anos), recusando-se sistematicamente a entregar as cópias às cinematecas, - e privando assim imensa faixa de público de conhecer grandes momentos do cinema norte-americano - estão sempre prontas a pagar as taxas do INC e reprisar produções sem maior nível, mas que podem faturar bastante junto a um público mais jovem, que não viu as fitas quando de suas estréias, há 20, 15 ou 10 anos.

Cinema

Com uma corajosa e sensível análise do mundo da publicidade - focalizando Londres, mas cuja ação poderia ser em qualquer outra cidade do western wolrd , Michael Winner nos entusiasmava há 5 anos: << Depois que tudo acabou! >> , com Oliver Reed e Orson Welles, era uma fita excelente, com personagens da maior dimensão humana e política.

Cinema

Na imensa filmografia shakespereana, levantada em 1964, por ocasião das comemorações alusivas ao 4o centenário do nascimento do Bardo de Stratford-Avon, o estudioso F. Silva Nobre, no didático ensaio ("Shakespeare e o cinema", Editora Pongetti, 1964), apontou mais de 100 filmes realizados entre 1899-64. Nestes últimos nove anos, a filmografia foi acrescida de novos títulos, entre os quais duas novas versões de MacBeth", a última das quais produzida no ano passado por Hugh Hoffner, editor da revista "Playboy" e dirigida por Roman Polanski (foto), atualmente está em cartaz no cine Vitória.

O fim do Riviera

Em março próximo, Curitiba deveria ganhar o seu 14º cinema central. Embora esteja certa a inauguração do luxuoso Cine Condor, na esquina das ruas Ebano Pereira e Cruz Machado, a verdade é que ele será o 13º cinema da cidade, isto porque o Cine de Arte Riviera fechará definitivamente suas portas dentro de 72 dias. O exibidor José Augusto Iwersen, 25 anos, tomou esta decisão ao concluir que infelizmente Curitiba ainda não comporta um grande cinema de arte. Há 7 anos sob sua direção, o Riviera procurou se firmar como uma casa de programação especial.
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