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Vinícius de Moraes

No campo de batalha

Fernando Sabino, que na semana passada veio a Curitiba para falar sobre Vinícius de Moraes, de quem foi um dos maiores amigos, já escolheu o título de seu novo livro de crônicas e textos avulsos: "Volta por Cima". Não é homenagem ao mais conhecido samba do paulista Paulo Vanzolini: "Depois de "Pernas para o Ar", tinha que sair o "Volta por Cima", diz, em sua irreverência mineira. Já um novo romance, que havia programado para 1990, ficou adiado: "é trabalho que exige mais fôlego e preparo físico", justifica. xxx

A arte múltipla do eletrizante Utrabo

Em 1964, quando o produtor Nelson Teixeira Mendes veio rodar no Paraná o filme "O Diabo de Vila Velha", seu assistente de produção, Laertes Moreira (já falecido) corria a cidade para encontrar objetos de época. Havia raros antiquários e o único com uma bem montada estrutura era Rubens Utrabo, numa das lojas do então elegante edifício Sumatra na rua Senador Alencar Guimarães.

Tinhorão, um cruzado em defesa de nossa cultura

"O cara que fala pode dizer que não disse. Mas o que escreve não pode dizer que não escreveu. Por isso, sou vulnerável. Tudo o que eu disse, escrevi" (José Ramos Tinhorão, um jornalista honesto). Difícil encontrar alguém com alguma ligação na música popular que não tenha ouvido falar em José Ramos Tinhorão. Seja para xingá-lo - a maioria - seja para saber reconhecer seus méritos, este santista de 62 anos - completados em 7 de fevereiro, 40 de imprensa, é o pesquisador e crítico mais famoso da música popular brasileira.

Odete não conta tudo mas George conta tudo sobre vida de Proust

Cada vez mais enriquece-se a área de biografia e memorialismo no Brasil. É salutar observar que livros com biografias (e autobiografias), sejam obras de maiores pretensões ou mesmo depoimentos mais particulares (e, muitas vezes pouco reveladores) vem encontrando uma ampla faixa de leitores. Só assim é possível se conhecer melhor figuras, fatos e acontecimentos do passado do ponto de vista de quem deles participou, seja através de relatos pessoais ou uma arqueologia histórica desenvolvida por biógrafos.

Noite cheia de estrelas na III premiação da Sharp

Dizer que nunca se viu tantos nomes da música brasileira por metro quadrado como os que lotaram o amplo auditório D. Pedro I, nome oficial do Centro de Convenções do Hotel Nacional na noite de quarta-feira, não seria exagero. Pois entre os quase 3 mil convidados do grupo Machline para a festa de entrega do 3º Prêmio Sharp de Música estava, naturalmente, uma excelente representatividade de nossa música popular - entremeadas de stars da televisão - atores, atrizes, diretores, produtores, personalidades da vida social, etc.

Joyce internacional e Leny com novas canções

Joyce cada vez mais internacional. Uma viagem musical pelo tempo, proposta por Anna Maria Kieffer. Leny Andrade, nossa grande cantora jazzística com um repertório diversificado e renovado. Um revival em homenagem a Clara Nunes - uma das maiores sambistas que o Brasil já teve. O canto gaúcho de Maria Luiza Benitez. Eis um pacote provando que o canto continua das mulheres - neste nosso Brasil em que tantas jovens sonham por um espaço no disputado mercado e que, em veredas diferentes, buscam seus objetivos.

Filó, um talento que merece ser aplaudido

Filó (José Sérgio Machado), paulista de Ribeirão Preto, 39 anos completados no último dia 3 de fevereiro, é o exemplo daqueles talentos marginalizados pela (injusta) máquina do show buzines. Dono de uma voz personalíssima, compositor dos mais inspirados, apesar de já ter gravado dois elepês, é ainda pouco conhecido fora da noite paulista. Miudinho, lembrando até o Grande Otelo, este artista simpático e comunicativo, transforma-se quando, violão na mão, se põe a cantar. Sua voz é afinada e seu repertório lindíssimo.

O (nosso) engano, a poeta e a poesia

Há erros e enganos na pressa do jornalismo diário. Alguns - ou muitos - passam sem sequer tempo de correção, já que se perdem na fugacidade do cotidiano da informação. Outros precisam ser corrigidos. Mea culpa: no sábado, ao tentar estabelecer uma relação de juventude da mais admirável poeta deste Paraná, a querida Helena Kolody, acabei por envelhecê-la ao escrever que ela teria 81 anos - quando na verdade, plena de juventude, completou em 12 de outubro último, 77 anos. E daqui três anos, é obrigação maior fazer soar trombetas para a grande festa de seus 80 anos.
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