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Divina Elizeth, cantadeira do amor em sua despedida musical

Finalmente, um ano e meio após ter sido gravado, temos o documento final daquela que foi a maior cantora deste país: Elizeth Cardoso. Infelizmente, a Divina, a Enluarada, e Cantadeira do Amor - e tantos outros objetivos que foram cunhados para definir sua presença maior em nosso cancioneiro, não está mais entre nós. Em 7 de maio de 1990, Elizeth morria, às vésperas de completar seus 70 anos. (16/7/1920). Que dizer perante a perda desta que foi a grande e definitiva cantora de amores e desamores, encontros e partidas, que traduziu em suas canções todo o sentimento do mundo?

A volta de Antônio Carlos e Jocafi. Quem se lembra?

Há alguns dias, comentávamos com um produtor musical a crueldade do mundo do show bussiness, capaz de eleger ao sucesso certos artistas e, com a mesma rapidez, também condená-los a um prematuro ostracismo se o profissional incorrer no pecado de deixar de vender o que os inflexíveis tycoons da indústria fonográfica esperam.

Luisinho Eça, 50 anos de romantismo

As comemorações do cinqüentenário de Luisinho Eça (Luiz Mainzi da Cunha Eça, Rio de Janeiro, 3 de abril de 1935) não poderiam culminar de forma mais musical: o lançamento, quase que simultaneamente de um disco instrumentalmente representativo de seu trabalho atual - "Triângulo" (Carmo, série luxo LPC15) e um emocionantemente romântico trabalho em parceria com o cantor Pery Ribeiro ("Pra tanto viver", Continental), uma espécie de revisão de uma das fases de maior criação da MPB.

Mulher III

Mais duas cantoras entram na praça. Ambas são jovens, bonitas e ainda não se definiram em estilo. Lembram muitas influências. Jane Duboc, que estréia pela Aycha, uma nova etiqueta (ex-Tapecar) teve produção de Raimundo Bittencourt e um repertório bem selecionado, com canções de compositores diversos, como já registramos no domingo passado.

Compositoras

Se a Odeon perdeu para a Polygram um de seus melhores artistas - o extraordinário João Nogueira, que admiramos desde sua estréia, 8 anos passados, com as faixas "Homem de Um Braço Só" e "Mulher Valente é Minha Mãe" (lp "Quem Samba Fica", produção de Adelzon Alves), ela conquistou agora uma cantora-compositora do mesmo nível e da mesma família: Gisa Nogueira, cujo talento há muito já fazia com que fosse inexplicável o seu não aproveitamento em lp (fez um modesto compacto na Top Tap, sem qualquer divulgação).

O som pop

A viagem que o grupo alemão Passport fez ao Brasil, em 1976, foi muito produtiva: ao mesmo tempo que Klaus Doldinger (sax-soprano, teclados, flauta), Curt Cress (bateria), Roy Louis (guitarra), Kristian Schultze ( piano, órgão) e Wolfgang Schmid (baixo) mostraram ao público de várias capitais, sob auspícios do Goethe Institut, sua música forte e vigorosa em que fundem o jazz e modernos caminhos do pop, eles também se entusiasmaram, junto com suas loiras e belas esposas, com a música e o calor tropical.

Iguaçu com Passport

Se a Rádio Iguaçu não tivesse sido fechada, o lançamento nacional do último disco do grupo Passport, da Alemanha Ocidental, seria através daquele prefixo que tanta falta faz na cidade. Por uma razão muito especial: "Iguaçu" é o título que Klaus Doldinger escolheu para título-tema de seu novo elepe, gravado em parte nos [estúdios] Level, no Rio de Janeiro, quando o grupo passou pelo Brasil, em outubro do ano passado e, completado em janeiro último, no Union Studios, em Munchen.

Cantoras & violonistas

Há dois anos, quando esteve pela 3.ª vez no Brasil, Sarah Vaughan, uma das 5 grandes Damas da música americana, entusiasmou-se com os compositores que conheceu na residência do poeta Herminio Bello de Carvalho. Decidiu gravar um elepe só de autores brasileiros e Herminio foi convidado para produzi-lo. Problemas comuns na área fonográfica levaram a Aloysio de Oliveira, veterano record-man de vivência nos EUA, a assumir essa função e o resultado foi o lp << O som brasileiro de Sarah Vaughan >> , lançado pela RCA, um dos 10 melhores discos daquele ano.

Waldir & Dilermando

Dois veteranos instrumentistas que já deram muitos momentos de felicidade à música brasileira estão com novos discos na praça ambos, infelizmente sem o tratamento merecido. O primeiro deles é o grande Waldir Azevedo (Rio de Janeiro, 27 de janeiro de 1923), autor de clássicos como "Delicado", "Brasileirinho" e ""Pedacinho do Céu" e que há anos encontrava-se afastado da vida musical brasileira. Residindo em Brasília, sofreu um acidente em que só não perdeu um dos dedos da mão esquerda por milagre.
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