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Aramis

A apaixonada Melissa e a sensual Sabrina

Mulheres sós ou acompanhadas no mercado pop sempre se destacam. São caras (vozes) novas (algumas só no Brasil) que, de uma forma ou outra tem o seu marketing internacional - e que aqui são lançadas pelas multifonográficas - pois sempre há uma faixa aberta ao consumo fácil. Eis algumas destas. Melissa Etheridge era uma desconhecida até há 3 anos. Mas bastou que Chris Blackwell, da Island Records, a visse num clube da área de Los Angeles, em 1986, para que acreditasse em seu potencial. A lançou num elepê que deslanchou. Melissa ganhou discos de ouro e até platina e até a indicação ao Grammy de "melhor rock performance feminina". "Brave and Crazy", seu segundo disco, sai no Brasil, em edição da Polygram. Aos 29 anos - 25 de carreira, considerando que aos 4 já dava os primeiros trinados sonoros em Leavenworth, Kansas, onde nasceu. Aos 12 anos compunha músicas na guitarra e no piano. A família deu força e ela ingressou na Berklee School of Music mas não agüentou a barra: depois de um ano decidiu cair na noite - inicialmente em Boston e depois em LA, onde seu pigmaleão Blackwell a descobriu. Mas antes disto foram 5 anos de pedreira. Em "Brave and Crazy" traz letras apaixonadas, interpretadas por uma voz rascante acompanhada por violão, guitarra, baixo e bateria. Sabrina vem com tudo! Morena, sensualíssima - nas fotos de capa e contracapa de seu lp (Bite Five/Polygram) mostrando seios dignos da Fafá de Belém, esta cantora-disco tem um repertório fácil, na linha balançante, com músicas cujos títulos já antecipam sexualidade que transpõe: "Hot Girl", "Kiss", "Sexy Girl", "Kiss Me" etc. Uma cantora, sem dúvida, para fazer as delícias do DJs na montagem de fitas para discotheques da pesada... Três em um - Pajama Party é o original nome de um trio vocal que reúne três deliciosas jovens - Daphne Rubin-Vega, Amanda Romi e Lynn Critelli que no álbum "Up All Night" (Atlantica/WEA) atacam com um repertório balançante, composto pela dupla Peggy Sandars e Jim Klein. Ao contrário de Sabrina, Daphne, Amanda e Lynn surgem recobertas de peles, lãs e casacos - o que significa que ao menos as fotos de capa e contracapa foram feitas no inverno nova-iorquino. Mas elas são quentes e envolventes nas músicas que apresentam - para a faixa específica, é claro! S.O.S. Band traz duas belíssimas crioulas - Chandra Curreley e Fred Grace, nos vocais, acompanhadas por 5 criolões - Jason Bryant (teclados/vocais), Bruno Speight (guitarra), Abdul Raoof (pistão), Marcus Williams (bateria) e Kurt Mitchel (baixo) chegam no elepê "Diamonds in the Raw" (CBS). Em boas combinações vocais, num revezamento democrático, a música que este novo grupo traz chega até a se destacar entre tanto som pop que é colocado ouvido adentro dos brasileiros. Um destaque especial para "Man Don't Cry", com vocais destacados de Chandra e Fred Grace, este retornando também em "Secret Wish", enquanto "Crossfire", em duas partes, é o momento de solo de Abdul Raoof.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Música
25
25/03/1990

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