Aretha, um pouco diferente
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 21 de março de 1975
Mesmo os fãs mais entusiasmados por Aretha Franklin sentirão que algo de novo acontece com a notável cantora negra neste seu mais recente álbum ("With Everything I Feel In Me", Atlantic/Continental, 3-17-404-005, janeiro/75). Ela parece estar cantando com maior dureza, procurando uma linha nova de interpretação e com um repertório em que mesmo os compositores mais românticos ("You'll Never Get To Heaven", Bacharach/David) não são arrodeados daquele glamour agradável que caracterizou seu trabalho por tantos anos.
Gravado em estúdios da Florida (Criteria Sound, Miami) e Nova Iorque (Atlantic), este disco de Aretha a traz com diferentes acompanhamentos em cada faixa, acumulando, além da interpretação, também o piano e a composição (em "With Everything I Feel In Me").
Conhecida como "Lady Soul", a antiga cantora do coral da igreja em que seu pai era pastor, em Detroit, ganhou em 1971 o Grammy - o Oscar do mundo fonografico da National Academy of Recording Arts and Sciences, como a melhor vocalista pôr sua gravação de "Don't Play That Song". Em 1972, tornou a merecer a mesma premiação e nestes últimos cinco anos, seus álbuns tem se sucedido, já tendo gravado quase 20 elepes, grande parte já editada no Brasil. Neste "With Everything I Feel In Me", temos musicas de jovens compositores, como Joe Hunter/Carolyn Franklin ("Without Love"), Glen Murdock & Mike Keck ("You Move Me"), ao lado de respeitados e veteranos como James Cleveland ("All Of These Things"), Barry Mann ("When You Get Right Down To") e Bacharach/david ("Don't Go Breaking MY Heart").
Um elepe para os fãs de Aretha Franklin!.
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Novidades em compactos da Continental: da Atlantic Records, Garry Bonner, com "Back Street Romance" e "Should Anybody Ask".
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Do último elepe de Aretha Franklin, acima comentado, foi extraído um CS com as musicas "Don't Go Breaking My Heart" (Bacharach/David) e "Without Love" (I. J. Hunter/Carolyn Franklin).
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Bastante promovido pela telenovela "O Ídolo de Pano", Fred Bongusto, jovem cantante italiano surge em CS com "Never Never", de Barry White e "Tu Sei Cosi", do próprio, em arranjo de José Mascolo.
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O grupo América, com novo CS, original Warner Brothers record: "Lonely People" e "Mad Dog".
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The Eagles, da Asylum Records, surgem com "01'55" e "Best Of My Love".
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Dos lançamentos nacionais, Maria Alcina tem extraído de seu último LP duas musicas com maiores chances de venderem avulsamente: "Kid Cavaquinho", de João Bosco/Aldir Blanc e "Piano Alemão" (Wir Haben Ein Klavier), de Jupp Schmitz/Johnny Bartels, em versão de Júlio Nagib. Já Claudia Barroso, a incrível coroa cantante, de grande popularidade em todo o Sul, ataca com "Amor Proibido" (Anastácia/Dominguinhos) e "Vá em Paz" (Juna).
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Pela Chantecler, aparece um jovem interprete-compositor, com uma musica capaz de emplacar: "Nostalgia 65". Ao estilo de Roberto Carlos e aproveitando a onda nostálgica, Silvio fala de "sua" nostalgia, curtindo os bons anos do meio da década passada. Do lado B, outra composição própria: "Quase 2.000 Anos Depois".
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Oswaldo Nunes também aparece em compacto simples da Chantecler: de um lado, "Vamos em Frente", composição própria (parceria com Ary Junior) e no lado B, "Mudança do vento" (Agepe/Canário). Internacionalmente, temos oas seguintes CS: Carl Douglas, com "Changing Times" e "Dance The Kung Fu".
LEGENDA FOTO 1 - Aretha.
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