A arte do cantar (II)
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 27 de abril de 1978
Wilson Miranda, foi um dos cantores que surgiu com grande força nos anos 60. Simpático, comunicativo, voz apropriada a canções românticas, teve uma fase de grande prestigio, só interrompida devido a sua decisão de se dedicar a produção fonografica, realizando, alias, neste campo, uma serie de importantes discos na Continental. Agora, sentindo que o campo de vocalistas está deserto (Emílio Santiago é uma das poucas presenças vigorosas), Miranda vai reaparecer, com um elepe produzido, naturalmente com todo o esmero. Fazendo a ponte aérea São Paulo-Curitiba, já que aqui está supervisionando a gravação de vários discos no Sir-Laboratorio de Som & Imagem (entre os quais os do Aquarius Band e de Victor Bass), Wilson Miranda revelava a Percy Tamplin, dias atras, que a faixa forte de seu lp de retorno será "Beijo Partido", uma das 10 mais belas musicas aparecidas nos últimos 3 anos no Brasil, obra-prima do mineiro Toninho Horta. Lançada por Nana Caymmi, em seu lp "Renascer" (CID, gravado em 1976, comercializado em princípios do ano passado), "Beijo Partido" já teve outras gravações, mas, agora, Wilson vai apresentá-la em uma versão que, afirma, será definitiva, com arranjo do maestro Messias Santos Jr. E apoio de um coral de 24 vozes. As outras 11 faixas serão com musicas do mesmo nível. "Correnteza" (Tom/Luiz Bonfá), "Morro Velho" (Milton Nascimento), "Bom Dia, Tristeza" (Adoniran Barbosa/ Vinicius de Morais), além de duas inéditas "Calçadas" (Paulo César Pinheiro/ Maurício Tapajós) e "A Velha Casa" (Roberto Menescal/Paulinho Tapajós), entre outras.
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