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Aramis

Artigo em 25.10.1981

Com uma citação de John Kennedy ("Sempre se ouvirão vozes em discordância, expressando oposição sem alternativa, e descobrindo escuridão em parte e procurando exercer influência, sem aceitar ou ter noção de responsabilidade") o presidente do 3 Marias Clube de Campo, sr. Murilo Lessa Ribeiro - filho do fundador do clube, José Pinto Ribeiro, dá um fecho a um boletim de 6 páginas onde procura responder às acusações feitas pelo sr. Jorge Gazal, associado que pretende a interrupção do grupo que desde a fundação da entidade se mantém no poder. De princípio, Murilo procura minimizar a liderança do sr. Gazal indagando que pela falta de outros nomes em seu boletim oposicionista: "Quem são os demais? Tem experiência clubística?" Para candidatar-se a um cargo diretivo, a primeira coisa exigida a ser analisada é a experiência no ramo". O presidente Murilo Lessa Ribeiro procura justificar os poderes do conselho deliberativo ("adquiridos pelo trabalho, esforço, sacrifício e despesas pessoais, pois, no início, o clube, não tinha nada"). Assim, segundo Murilo, a partir de 1966, por 4 anos, o 3 Marias foi sustentado por seus fundadores "que tinham que ter os necessários poderes, poderes que nunca prejudicaram ninguém". Ironicamente, faz uma comparação: "A criança cresceu e não há mais necessidade de TODO AQUELE TRABALHO E DEDICAÇÃO DIOTURNOS. Não é mais tão necessário que os seus pais passem noites em claro cuidando dela. É claro, agora que a criança está andando e com saúde perfeita, surgem pessoas que querem adotá-la e prometem dar a ela excelente educação, esquecendo que o maior valor está na educação de berço, educação de base". Depois, há as explicações sobre títulos patrimoniais (cujos critérios de venda são, questionados por Jorge Gazal), patrimônio do clube (hoje no valor de Cr$ 233.600.000,00). Encerrando, a citação dos prêmios de destaques obtidos pelo clube, que, para Carlos Tavares, editor das "Dicas do Charles", é hoje o melhor do Estado. xxx O bom exemplo que a Dow Química S/A está dando para a cultura brasileira: em comemoração aos 25 anos de presença desta empresa no Brasil - período em que desenvolveu-se em atividades industriais e comerciais no campo da química, petroquímica e agricultura, em vários Estados, o grupo financiou a edição de um dos mais belos livros de arte lançados nos últimos anos: "50 peças do museu de Arte Sacra da Bahia". Em papel da melhor qualidade, ao longo de 126 páginas, o livro-álbum reproduz fotos, em preto e branco e colorido, as mais belas peças do museu de Arte Sacra, pertencente à Universidade Federal da Bahia, incluindo um texto do professor Valentin Calderón de La Vara que incorpora estudo histórico inédito sobre o Convento de Santa Teresa e ficha técnica, comentários e bibliografia de 50 peças representativas do acervo do Museu. No Paraná, Cassiana Licia Lacerda Carolo, coordenadora editorial da Secretaria da Cultura vem procurando, até agora, inutilmente, apoio de empresas para co-editar álbuns semelhantes. Só que até agora aqui não encontrou executivos com a visão cultural dos diretores da Dow Chimical.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
7
25/10/1981

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