Calmon, o ministro
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 10 de fevereiro de 1977
O baiano Ângelo Calmo de Sá, desde a tarde de terça-feira o novo ministro da Indústria e do Comércio, esteve em Curitiba algumas vezes, em função dos cargos que ocupou - até 1974, diretor do Banco Econômico da Bahia e, posteriormente, presidente do Banco do Brasil. Mas foi em 1972, quando ainda era modesto diretor do Banco Econômico da Bahia, conhecido apenas nos meios bancários, que Calmon de Sá aqui permaneceu por mais tempo.
xxx
Por ocasião da instalação da agência de Curitiba daquele Banco, em 1972, foi idealizada uma grande promoção, que incluiu a vinda do compositor Dorival Caymmi, uma exposição da Bahiatursa e um verdadeiro jantar baiano, nos salões do Jockey Clube. O show de Caymmi, inicialmente previsto apenas para os convidados acabou sendo apresentado também no Teatro do Paiol, que então vivia seu primeiro ano de atividades artísticas. Calmon de Sá, na qualidade de diretor do BEB, compareceu ao show do Paiol, foi na inauguração da mostra da Bahiatursa e, nos três dias que aqui passou, manteve dezenas de contatos.
xxx
Antes de assumir uma das diretorias do Banco Econômico, Calmon havia sido o diretor responsável pela implantação da Centro Industrial de Aratu. E a experiência somada nesta função foi transmitida, numa conversa informal de várias horas, ao então prefeito Jayme Lerner, durante jantar na residência do Sr. Nireu Toniatti, hoje diretor administrativo da Paranatur. Na época, a Prefeitura de Curitiba começava a formalizar o projeto da Cidade Industrial.
xxx
Quem conheceu Calmon de Sá naquela ocasião, acreditou no que dela dizia um de seus assessores: "Esse baiano irá longe". E, realmente, está indo.
Enviar novo comentário