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Aramis

A canoa ecológica na visão de Cabanas

Canoa Quebrada, no Ceará, era um dos paraísos à Beira-mar, assim como Porto Seguro, na Bahia. Mas as dificuldades de acesso não conseguiram manter à distância os mochileiros e motoqueiros que descobrem seus encantos. Como conta a revista "Veja" que está nas bancas, invadidos pelo turismo desordenado e pela poluição industrial, esses pedaços do Litoral não tardaram a perder o fascínio primitivo. Canoa Quebrada ganhou, há alguns meses, um interessante livro, em sua homenagem: uma "Pequena história de Canoa Quebrada" (34 páginas, edição da Tipografia Minerva, Fortaleza). O autor, Luiz Carlos Cabanas, reside em Curitiba, aqui se dedicando, tranqüilamente, à literatura, embora ainda não tenha conseguido o estágio de Paulo Leminski. Ou seja: faturar o suficiente apenas à custa do batucar de sua máquina de escrever. Assim se define Cabanas, mato-grossense de Ponta Porá, em relação ao seu trabalho: "Forasteiro, moderno Dom Quixote de manchas polutas, a dar, pelo País afora, estocadas nos moinhos imaginários da existência, na busca de suas Dulcinéias e na companhia de seu fiel Sancho Pança, seus pensamentos, trago para Curitiba, depois de "Começando" (poesia), "Poemas Nus" e " Luara" (antologia de poemas do grupo Encontro), meu primeiro ensaio em prosa: "Pequena História de Canoa Quebrada", uma aldeia de pescadores, de 300 anos, que agora foi "descoberta" por um universo inteiro de turistas de todas as partes do Brasil e do Exterior. Esta "Pequena História" fala da grande transição cultural por que passa os habitantes de uma aldeia perdida entre dunas de areia, no Ceará". Licenciado em Psicologia, redator de publicidade, Cabanas, 30 anos, viajou por todo país, "buscando Ter uma visão cosmológica do povo brasileiro e conhecer suas verdades de vários Brasis". Atualmente, enquanto sua fiel companheira, a publicitária Denise Aiako Yamashita, garante a sobrevivência de cada dia, Cabanas trabalha em seu novo livro: "Cartas Poéticas". Que ele assim define: _ "Eu, sentado no trono de machista que sou, vendo a condição da mulher, oprimida de forma sutil, velada ou escancarada. Meu livro será uma espécie de carta à jovem mulher brasileira".
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
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04/01/1985

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