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Aramis

Canto laltino-americano (com a voz de Stelinha)

O desconhecido (mais riquíssimo) folclore latino-americano, através das vozes dos mais representativos compositores e intérpretes de vários países está sendo oferecido, pela primeira vez ao consumo do público interessado num lançamento feito no Brasil. E, para orgulho dos paranaenses, está incluída na coleção a voz de uma das raras cantoras curitibanas que conseguiu sucesso nacional: Stelinha Egg. xxx Curitiba, filha de uma família de sólidas tradições - seu irmão, Daniel, ex-secretário da Saúde Pública, é o diretor do Hospital Evangélico. Stelinha Egg, 52 anos, mais de 30 de carreira, em 1950 era eleita a "melhor cantora folclórica" no Congresso Internacional de Folclore, em Araxá. Posteriormente, com o seu marido, maestro Lindolfo Gaya, viajou longamente pelos países europeus, demorando-se inclusive na União Soviética, sempre cantando música folclórica. Na produção de "Folclore Latino Americano", apenas duas brasileiras foram incluídas: Stelinha com "Lamento Negro" (Sicundino /Humberto Porto) e a igualmente folcloristas, goiana Ely Camargo, com "O Canto da Sereia". xxx Praticamente toda a música folclórica da Argentina, Chile, Peru, Bolívia, Colômbia e outros países latino-americanos é desconhecida no Brasil, onde nunca houve interesse das gravadoras em editar discos com artistas populares destes países. Aliás, com exceção do tango portenho, através de seus intérpretes mais comerciais ou recentemente descobertos (caso de Piazzola), o brasileiro desconhece a música (como o cinema) dos países vizinhos - assim como até pouco desconhecia a literatura (só após "Cem Anos de Solidão" de Garcia Marques torna-se best-seller, os editores começaram a lançar os autores da AL). Isso tudo faz com que a edição de "Folclore Latino-Americano" - pela RCA Victor, mereça especial atenção. Através dos três elepes reunidos num único invólucro (infelizmente faltou uma produção mais bem acabada, com informações à respeito dos compositores e intérpretes escolhidos), pode-se ouvir a música argentina, chilena, peruana, e de outros países, nos instrumentos e vozes de sues melhores executantes. xxx E, para satisfação dos curitibanos, a nossa Stelinha foi incluída, representando o Brasil.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
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01/07/1976

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