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Aramis

Catatau de Leminski

Paulo Leminski, 28 anos, um dos enfant-terribles da contra-cultura paranaense, deixou em São Paulo, com seus velhos amigos, os irmãos concretistas Augusto e Haroldo Campos, as 196 páginas de seu famoso texto de vanguarda "Catatau", que apesar de ter sido até agora "deglutido" por poucas pessoas, já é assunto para polêmica. Nascido em forma de um conto ("Descartes com Lentes") que Leminski chegou a inscrever em 1966, no concurso da Fundepar, o texto foi crescendo e se transformando num trabalho altamente experimentalista sobre o qual se fala muito, principalmente o grupo de jovens - como os rapazes da Chave - que tem no barbudo Paulo o seu guru intelectual. Moço inteligente, poliglota, dono de uma avançada redação, Leminski espera ter o seu "Catatau" incluindo na coleção "Signus", que a Perspectiva, de São Paulo criou especialmente para obras vanguardistas, e que começou com a publicação de seis trechos de "Finnegans Wake" (1939), de James Joyce (1882-1941), traduzidos pelos irmãos Campos, prossegue com "Um coup de dés jamais n'abolira le husard" (Um golpe de dados nunca abolirá o acaso) de Stéphane Mailarmé (1842-1859) e incluirá em seguida "Xadrez de Estrelas" de Haroldo de Campos. "Catatau", provavelmente, será o 4º volume da coleção.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Panorama
4
29/01/1974

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