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Aramis

A Cidade & O Tempo

A grandeza humana fez do professor Júlio Moreira (1899/1975), um homem sempre preocupado com a memória de sua cidade. E isso o levou, há quase dez anos, a iniciar pesquisas para estabelecer exatamente o ponto em que Curitiba foi fundada por Eleodoro Ébano Pereira. Após muito trabalho, em que se embrenhou pelos campos e cerrados da região do Atuba, conferindo antigas informações, o historiador conseguiu estabelecer exatamente o ponto em que a nossa cidade nasceu. O relato foi editado ("Eleodoro Ébano Pereira e a fundação de Curitiba", em 1972) e a movimentação do professor Júlio teve um reconhecimento oficial, com à criação do Parque Histórico da Cidade, instituído por lei a 29 de março de 1972, no lugar onde se fixaram os primeiros colonizadores brancos de Curitiba, situado na margem do Rio Atuba, formando a Vilinha. xxx O professor Júlio Moreira fez mais do que o trabalho de historiador: localizando o proprietário do imóvel, sr. Max Selssemeier Aichner, que havia adquirido o lote do comendador Umberto Scarpa (herdeiro por sua vez de Guilherme Weiss), obteve a doação do terreno para a Prefeitura que, assim, desde 24 de fevereiro de 1967, é a proprietária legal do sítio histórico. No local, conhecido como Bairro Alto, era retirado no começo do século, grande quantidade de barro, destinado à Cerâmica Pinhais, transportado por pequena linha ferroviária - cujas marcas podem ser vistas até hoje. Posteriormente, foram executados, naquela área, serviços de abertura de fosso de drenagem para retificação do rio, saneamento e urbanização da região. xxx Pouco antes de falecer, em carta encaminhada ao prefeito Saul Raiz, o professor Júlio voltou a insistir na necessidade da prefeitura implantar o Parque Histórico na área à qual hoje se tem acesso pela Rua Marco Polo, delimitado pelo leito original do Rio Atuba (hoje retificado e correndo dentro de um canal), na divisa dos municípios de Curitiba com Piraquara. Júlio Moreira fez várias sugestões, uma das quais é da construção de uma escola no local, que deve levar o nome de Ébano Pereira. Vamos aguardar (e cobrar) a obra!
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
4
24/08/1975

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