CINEMA
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 09 de março de 1973
Os anos 60 provocaram o surgimento de um novo tipo de musical; o documental pop. A ascensão dos Beatles trazendo atrás de si toda uma (contra) cultura musical - diversificada em milhares de elétricos conjuntos em todo o mundo, resultaram numa musicalização da juventude, ligada ao som anglo-americano da última década. Seguindo-se as primeiras experiências cinematográficas dos Beatles, do Inglês Richard Lester em seu surrealismo fantástico ("Os Reis do Iê-Iê-Iê" A Hard's Day Night" /Socorro/Help"), os festivais pop ofereceram, em seu aspecto de documentação musical-fotográfica um excelente material não só como registro da tendência sonora de uma época, mas também nas bilheterias. O mais famoso dos festivais pop, o de Woodstock, realizado em agosto de 1969, na fazenda de Max Yasgur, em Bethel, Estado de Nova Iorque foi marcante. Os 3 dias de paz, música e amor, registrado em milhares de metros de fitas - durante as sucessivas (e interruptas) apresentações dos maiores nomes da musica jovem em 1969 - Joan Baez, Joe Cocker, (Country Joy & The Filh, Crosbb, Stills & Nash, Arlo Guthrie Havens, Jimmi Hendrix, Santana, John Sbastian, Sly & The Family Stone, Tem, Years After e The Who - foram focalizadas no documentário de Michael Wadeligh (foto), que obteve do produtor Bob Maurice, da Warner Brothers, amplos recursos de realização. Apesar de sua extraordinária atualidade, há dois anos, quando foi lançado no Brasil. "Woodstocke" não alcançou em muitas capitais, a aceitação junto aos jovens que seria de se esperar.
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