Cinema
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 26 de janeiro de 1973
O crítico Nino Frank (foto) definiu Alessandra Blasetti - de quem veremos hoje o filme << Outros Tempos >> (Teatro do Paiol, 20 horas), como << o menos ingênuo e mais prevenido dos Dom Quixote >>. Blasetti manteve nos anos 40/50 o seu prestígio, << apesar de alguns trabalhos menos expressivos, enfrentando diversos gêneros com uma segurança formal e uma << verve >> popular invejável >> , como acentuou o critico Ely Azevedo (<< Filmes-Cultura >> , n.º 11). << 1860 >>, de 1933, foi uma fusão do filme de época e da corrente realista, um dos pontos culminantes de sua carreira; << Romantido Aventureiro >> << Un`Avventura di Salvador Rosa >>, 1940, folhetim de capa-e-espada ; << A Coroa de Ferro >> (1941), super-produção da linha << d`annunziana >> de << Cabiria >> (1913) com o elan extravagante das melhores realizações do gênero; << A Farsa Trágica >> (La Cena delle Beffe, 1941), vigorosa transposição da peça << La Beffa >>, de Sem Benelli; << O Coração Manda" (Quatro Passi Fraie Nuvole, 1942) fruto de uma proficua colaboração com o espírito sentimental-realista de Zavattini; Um Dia na Vida >> (Un Girono Nella Vita, 1946), poderoso drama em torno de um convento de freiras violentado pela guerra; << Fabiola >> (1948), retorno a superprodução época, projetando uma mensagem de fraternidade; << Sua Majestade, o Sr. Carlos >> (Prima Comunione, 1950), nova e deliciosa colaboração com Zavattini, uma comédia de costumes; << Outros Tempos >> ((Altri Tempi 1952) e << Nossos Tempos >> (Tempi Nostri 1954), adesão exigente à moda do filme << de episódio >> adaptando textos literários.
Enviar novo comentário