Curitiba presente na Bienal de Quadrinhos
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 06 de maio de 1992
Em 1938, o jornal "Diário da Tarde", de Curitiba, publicava tiras de um personagem chamado Haroldo, o Homem Relâmpago. O autor era o então desconhecido Poty Lazarotto, que por muitos anos desenhou quadrinhos. Um painel com alguns desses desenhos faz parte da exposição de artistas curitibanos, que integra a Mostra da 1ª Bienal Internacional de Quadrinhos, promovida pela Fundação Cultural de Curitiba. A exposição está no Museu Guido Viaro até o próximo domingo, dia 10, juntando ainda trabalhos de mais de duas dezenas de cartunistas e desenhistas de HQs na cidade.
Selecionados pelo professor Key Imaguire, curador regional da mostra, os trabalhos expostos lembram personagens de saudosa memória como o Pica Fumo, de Ivan Azuateg ou Josnath, de Valêncio Xavier e Rones, também publicados em jornais curitibanos nos últimos anos. Tako, com o menino Marcozinho e Edson Cortiano são outros autores de quadrinhos que integram a exposição. Na área dos cartuns estão exemplares dos mais representativos autores locais: Miran, Pancho Camargo, Luiz Rettamozzo, Cláudio Seto, Dante Mendonça, Luiz César Bellenda, Domingos Bongestabs, Guilherme Zamoner, Cristina Fauquemont, Humberto Boguszowski, Sílvio, Foca, Solda, Luiz Antônio Guinski e Marcelo Martins.
Ainda no Museu Guido Viaro estão outras duas exposições: "Isto é a França", reunindo 12 desenhistas franceses e a Mostra Competitiva da 1ª Bienal. São trabalhos premiados nas categorias Ecologia, Jovem Talento, Humor e Criança, capazes de demonstrar a técnica e a criatividade dos quadrinhistas brasileiros.
A mostra da 1ª Bienal de Quadrinhos está espalhada ainda por outros espaços da cidade, como o Centro de Criatividade, Gibiteca, Setor de Arquitetura do Centro Politécnico, Bosque João Paulo II e Espaço Cultural Ghignone. Todas as exposições podem ser vistas até este domingo, mesmo período em que estará funcionando uma gibiteria no Centro de Criatividade, onde estão à venda duas toneladas de histórias em quadrinhos nacionais e estrangeiras, além de cartazes, camisetas, bottons, etc.
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