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Aramis

Depois de Pinhais, o shopping é o Itália

Agora que o Shopping Center Pinhais está funcionando, num teste-de-fogo para o comércio (tanto os que tiveram coragem de investir no distante empreendimento, como os que ficando em Curitiba, sofrem a concorrência), fala-se nos outros shopping em inplantação na cidade. Se o empreendimento dos empresários Salomão Soifer e Milton Gursteiteim de transformar em shopping a área durante um século funcionou a metalúrgica Mueller, na Avenida Cândido de Abreu, levará no mínimo 18 meses. Em compensação, já em setembro, a cidade terá um shopping centralíssimo, com 30 mil metros quadrados para uma centena de lojas. Trata-se do Centro Comercial Itália, entre as ruas Marechal Deodoro/José Loureiro/João Negrão, num empreendimento de Evaristo Comolatti. As lojas estão sendo vendidas, enquanto os conjuntos de escritórios - na torre de 37 andares, começam a serem ocupadas pelos seus proprietários. 24 andares foram reservados para escritórios, 5 para estacionamento (aproximadamente 800 veículos) e três para lojas. O movimento diário no imenso complexo será de milhares de pessoas, já que em complemento às lojas e escritórios haverá um teatro de 600 lugares e um cinema de 350 lugares, ambos a serem arrendados pela empresa construtora. O restaurante, na cobertura - exemplo do "Terraço Itália", em São Paulo, será explorado pela empresa de Evaristo Comolatti. Os garçons estão sendo treinados em São Paulo, mas o restaurante somente será inaugurado em 1982. xxx O projeto do CCI foi desenvolvido por três arquitetos: Ildebrando Savelli, de Roma - e que devido a este trabalho tem vindo trimestralmente ao Brasil, o paranaense Roberto Albuquerque e, mais recentemente, Carlos Ruivo, genro de Evaristo Comolatti. A construção iniciou há 6 anos passados, quando Comolatti associou-se à firma Farid Sururgi S/A, então uma das maiores construtoras do Paraná. Posteriormente, com a desativação daquela empresa, o empreendimento passou à responsabilidade exclusiva de Evaristo Comolatti, não em forma de empresa (seu grupo tem 12 grandes firmas), mas como pessoa física. A Construtora Caetê é que assumiu a obra, que está sendo agora tocada em sua última etapa, já que até o final de setembro deverá estar totalmente concluída - com exceção do restaurante. A idéia de um hotel e um pequeno centro comercial, nos seis primeiros andares, foi abandonada há um ano - quando então o projeto teve uma modificação, para a ampliação do número de lojas. Dante Luiz Manzochi, 43 anos, há 23 anos no grupo Comolatti, gerente geral do CCI, não gosta de falar em cifras, mas o empreendimento já passou do bilhão de cruzeiros, embora a administração direta tenha resultado em sensível economia. Também a privilegiada área - na parte mais central da cidade, fácil acesso a pedestres - foi relativamente barata. É que desde os anos 50, quando abriu a primeira filial de sua empresa no Paraná, Comolatti começou a adquirir propriedades naquele quarteirão. Pouco a pouco fechou a quadra e teve condições de lançar-se na construção do mais alto edifício do Sul. Com 37 andares, ocupando a metade de um quarteirão, o Centro Comercial Itália oferecerá uma visão privilegiada de toda a cidade. Não foi sem razão que o metro quadrado de seus escritórios e lojas vendido a preço mais alto do que os outros prédios da cidade està hoje altamente valorizado. Quem teve condições de adquirir os conjuntos de escritórios, garagens e as lojas - e já capitalizou belos lucros.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
8
01/05/1981

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