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Aramis

Diana e Natalie em retorno com astral

As vésperas de 20 anos de sua carreira solo, Diana Ross, ex-Supreme, uma cantriz que mostrou seu talento ao interpretar Billie Holyday em "O Ocaso de uma Estrela" (The Lady Sings the Blues) é hoje uma milionária da música. Tanto é que se tornou uma das principais acionistas da Motown, gravadora que tem apenas artistas negros em seu elenco e no qual gravou seu novo elepê "Working Overtime" (fora dos EUA, distribuído pela EMI Records). Neste retorno ao disco - do qual estava afastada há alguns anos - Diana usa como inspiração os clubes de Londres e Nova Iorque, onde absorveu as novas batidas - house music e hip hop - adaptando ao seu estilo pessoal, sons que, em seu entender, "espelham os sentimentos de seres que crescem em um mundo carente e árduo, sem se deter, porém, a expressar unicamente a dor e a luta, mas estimulando um avanço em relação a tudo isso". Assim, temos uma Diana rejuvenescida (ela está com 49 anos) explorando uma variedade de assuntos e emoções. "This House", por exemplo, é uma balada cuja letra diz que "Esta casa é construída em uma fundação de amor". "Say we Can" e "Stand Together" celebram o potencial de um mundo que funciona em uníssono. Duas canções também muito pessoais são "Take the Bitter with the Sweet" e "What Can One Person Do?". Com a mesma categoria de sempre, belíssima voz, Diana está ótima nesta sua volta. Outro retorno marcante é o de Natalie Cole, filha do legendário Nat King Cole (1917-1969), criada num ambiente musical e que estreou em 1975 com "Inseparable", que já lhe valeu um Disco de Ouro e dois prêmios Grammy (inclusive o de revelação do ano). Emplacou outros álbuns ("Natalie", 1976; "Impredictable" e "Thankful", ambos de 1977) mas nos anos 80 esteve um pouco afastada dos estúdios até fazer "Everlasting" que lhe valeu mais uma citação ao Grammy e também o prêmio da NAACP Imagen Award (melhor artista feminina) e o Soul Train pelo compacto "I Live Your Love". Agora, Natalie tem seu novo elepê (EMI/Odeon) lançado no Brasil: "Good to be Back". O repertório varia de uma canção clamante, tipo "Don't Mention my Heartache", passando pela melódica "Miss You Like Crazy" até a jazzística "Someone's Rocking my Dreamboat", um furtivo e fiel tributo do clássico de Dinah Washington (1924-1967). Num dueto com Fredie Jackson, em "I Do", oferece "dois soberbos estilistas que se cruzam como uma máquina de relógio suíço". Duas outras faixas marcantes são "Safe" e "Dreamboat", uma música pela qual Natalie se apaixonou e a qual deu uma interpretação especial. LEGENDA FOTO 1 - Natalie Cole: digna herdeira de King. LEGENDA FOTO 2 - Diana Ross: retornando com classe.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Tablóide
24
20/08/1989

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