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Entre as maiores, 6 empresas do Paraná

Em setembro, O ESTADO DO PARANÁ publicará um suplemento especial sobre a economia brasileira, o "Quem é Quem" que anualmente a revista "Visão" edita na metade do ano. É um verdadeiro check-up de todos os setores da produção, através de uma imparcial análise do comportamento da nova economia, através de 8.480 empresas que atingem os números indispensáveis para justificar sua inclusão nesse estudo que há 13 anos se vem editando. "Visão" que esta nas bancas antecipa essa análise, com um caderno especial sobre as 200 maiores empresas, não financeiras do País - incluindo-se seis do Paraná ( três das quais estatais): Copel, Telepar, C.R. Almeida, Cia. Cimento Portland Rio Branco, Sanepar e Hermes Macedo. xxx "Quem é Quem na economia brasileira" é resultado de um árduo trabalho desenvolvido ao longo do ano pelo Departamento de Pesquisa de Visão, coordenado por José Augusto Giesbrecht da Silveira e pela equipe de Análise Econômica chefiada por Evaldo Stancyk. Para chegar ás 8.480 maiores empresas e dali, mostras as 200 maiores para o caderno especial publicado em "Visão" desta semana, foram analisados mais de 100 mil balanços, selecionando-se as empresas patrimônio líquido acima de 500 milhões de cruzeiros. Para tanto, a análise valeu-se, também, de 150 horas de um computador IBM 4341 e de 48 horas de fotocomposição eletrônica. Tudo isso para dar um retrato seleto de nossa economia. xxx De posse de dados inquestionáveis, "Visão" pode observar que, comprovadamente, 1993 foi um ano ruim para a economia brasileira. Se é verdade que não houve uma incontrolável cascata de quebradeira, também ficou claro que a saúde financeira das empresas piorou. Quantificando: as 200 maiores empresas não-financeiras do País somaram, em 1983, um patrimônio líquido 72,4 trilhões de cruzeiros, vendas de 38, 8 trilhões e lucro líquido do exercício de 2,5 trilhões. Em relação ao exercício anterior (1982), esses totais representaram avanços nominais de 210,5% no patrimônio, 146,6% nas vendas e 76,1% no lucro líquido. Números, portanto, inferiores ao crescimento do Índice Geral de Preços, em 1983 (211%). xxx O mau desempenho das 200 maiores empresas foi causado, sobretudo, pelas estatais, que detêm mais de três quartos do patrimônio e mais da metade do faturamento (e dos empregados), mas que não chegaram a gerar um terço do lucro líquido antes do Imposto de Renda. Por exemplo, a rentabilidade do patrimônio das 200 maiores no exercício passado (de 3,5%) tem os seguintes componentes: rentabilidade das 32 empresas de controle estrangeiro, que 11,5% ; [rentabilidade] das 88 nacionais privadas, 7,9%; rentabilidade das oitenta estatais, apenas míseros 1,8%. Como se vê, os índices dos mastodontes governamentais "puxaram" para baixo os resultados financeiros do conjunto das 200 maiores. Além disso, as estatais sofreram um "reajuste", passando de 79 para 80, tendo, ainda, aumentado suas fatias de patrimônio líquido, assim como as do faturamento e número de empregados. Mas elas diminuíram sua participação nos lucros. Dentre as 200 maiores, as privadas que apresentaram maio rentabilidade sobre o patrimônio são: Safra S/A Administração e Participações (112,1%), Companhia de Cigarros Souza Cruz (71,7%), Cargil Agrícola (51,5%), PAI - Participações, Administração e Imóveis S/A, holding do grupo Tenende (42,8%), Minerações Brasileiras Reunidas (27,%) e Sanbra (25,3%). A primeira empresa privada em vendas foi, novamente, a Shell, repetindo a posição do exercício precedente ao último, quando faturou 690 bilhões. Quanto ao lucro líquido antes do IR, as quatro primeiras posições do ranking foram ganhas por empresas estatais: Eletrobrás (672,7 bilhões de cruzeiros), Eletronorte (471,4 bilhões), Petrobrás (327,4 bilhões) e Vale do Rio Doce (215,1 bilhões). A primeira empresa privada por lucro que aparece na relação é a Camargo Corrêa (na quinta posição), cujas vendas somaram 409,5 bilhões (20ª colocação por faturamento) e geraram lucro de 194,4 bilhões de cruzeiros. Impressionante a expansão da Cargill: pulou de 7,4 bilhões em 1982 para 91,3 bilhões de cruzeiros em 1983, ou seja, mais de 1.100% de aumento no lucro. xxx Três empresas do Paraná estão há 13 anos entre as 200 maiores: a Copel, Telepar e C.R. Almeida. Na classificação patrimonial, a Copel aparece em 35o lugar (Cr$ 388.105 bilhões), 8.429 empregados, e lucro líquido de Cr$ 34.769 bilhões. A Telepar ficou em 40o lugar com patrimônio de 271.253 milhões, 4.664 empregados e lucro líquido de 23,022 milhões. A C.R. Almeida, que até 1982 tinha sua matriz no Rio de Janeiro, tem hoje um patrimônio líquido de 145.836 milhões, apresentou um lucro líquido de 6.946 milhões, tem 1.865 empregados e está em 84o lugar entre as maiores empresas. A Sanepar se classifica em 188o lugar: patrimônio líquido de 77.965 milhões, lucro líquido de 494 milhões e 3.531 empregados. Finalmente, Hermes Macedo S/A está em 196o lugar, com patrimônio líquido de 76.603 e lucro líquido de Cr$ 1.477 milhões. Em termos de empregados, é umas das que utiliza maior número de mão-de-obra: 10.660. xxx O "Quem é Quem na Economia Brasileira" trará múltiplas tabelas interpretativas dos vários setores. Motivo pelo qual o suplemento especial que O ESTADO vai editar esta sendo aguardado com grande interesse pelo mundo empresarial.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
14
21/08/1984

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