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MARIO NEGRÃO, 23 anos, oito de profissional, tem uma explicação para a seriedade com que os bateristas se comportam, em termos musicais: - << De nosso trabalho depende o equilíbrio do conjunto: somos uma espécie de infra-estrutura do som, da harmonia >>. Ao mesmo tempo que desenvolve um trabalho profissional dos mais conscientes, Mário preocupasse, também, numa evolução artística: estudou percurssão com Tatsu Saaaki, mestre formado pela Julliard School of New York, e percussionista da Sinfonia Nacional e toca tímpano na Orquestra da universidade do Rio de janeiro. Xilofone é um dos poucos instrumentos de percurssão que não executa com perfeição, mas em breve espera suprir esta deficiência: vai aprender com um bom mestre. Paulista de campinas, criado em São João da Boa Vista e há 15 anos na Guanabara, Mário já tocou com Ely Arcoverde no México, faz musica para um filme (<< A Viuva Virgem >>) e no Brasil tem trabalhado sempre com os melhores nomes: Egoberto Gismonti, Paulo Moura, Rosinha de Valença Sérgio Ricardo, e, agora Vinícius de Moraes, Toquinho e Clara Nunes, no espetáculo << Poeta, Moça e Violão >>, com o qual estava no Paiol, segunda-feira passada. Preocupado com os direitos dos músicos, foi levado para o conselho da OMB, onde já desenvolveu um trabalho dos mais produtivos. Há poucas semanas acompanhou Rosinha de Valença, na gravação de seu novo disco na RCA-Victor. Não se contenta com um simples trabalho: << É preciso valorizar cada vez mais o trabalho do musico. Eu, por mim, farei o que puder para que o percussionista brasileiro obtenha o respeito e administração que merece >>.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
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29/04/1973

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