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Aramis

Guerra: Thalia x Concórdia

No dia 21, terça-feira, haverá uma assembléia geral na Sociedade Tiro ao Alvo Curitiba, cuja repercussão ultrapassará em muito o interesse, aparentemente restrito, de uma entidade de apenas 140 sócios, de um bairro da cidade. É que naquela noite será discutido um fato novo em relação à pretendida fusão da STAC com o Clube Concórdia: a proposta feita pela Sociedade Thalia, à primeira vista muito mais vantajosa e que poderá colocar água fria na fervura do há muito acalentado projeto do presidente Hans Klaus Garbers, do Concórdia, em fundir-se ao Tiro ao Alvo. A história começou quando a antiga diretoria da Sociedade de tiro ao Alvo Curitiba concluiu o óbvio: com apenas 140 associados, cada um pagando uma mensalidade de Cr$ 7,00, não havia, em hipótese alguma, condições do clube manter-se, apesar de um invejável patrimônio de 18 mil metros quadrados no bairro das Mercês - frente para a Rua Jacarezinho. Surgiu a idéia da fusão e dois outros clubes de germânicas tradições se interessaram, é claro, pelo vantajoso negócio: a Sociedade Beneficente Operária Rio Branco, octogenária e também com problemas de evasão de associados e aumento de despesas, e o Clube Concórdia, mais sofisticado e em melhor situação financeira. Várias assembléias sucederam-se e, nas eleições da própria STAC, acabou vencendo na renovação da diretoria uma chapa encabeçada pelo advogado Beno Doetzer, ligado ao grupo do Clube Concórdia e, que naturalmente, procurou fazer com que a fusão se concretizasse com a entidade da Rua Presidente Carlos Cavalcanti. Há duas semanas, foi marcada a sessão solene para assinatura do protocolo, mas que acabou sendo, inesperadamente, esvaziada: só Doetzer compareceu ao encontro com Garbers e seus companheiros de diretoria, tendo o encontro com Garbers e seus companheiros de diretoria, tendo o encontro com Garbers e seus companheiros de diretoria, tendo o encontro com Garbers e seus companheiros de diretoria, se realizado no pequeno bar do clube. É que o astuto presidente da Sociedade Thalia, veterano dirigente clubista, José Vieira Sibut, homem preocupado em transformar a sua entidade no primeiro clube-empresa do Paraná, já há algum tempo percebeu que na livre concorrência a Thalia também deveria propor uma fusão com o Tiro ao Alvo. Para tanto, conseguiu a relação de nomes e endereços dos 140 associados e enviou a cada um, na segunda quinzena de dezembro, uma carta oferecendo múltiplas vantagens caso a fusão aceita com a Thalia: seriam admitidos como sócios remidos e tendo todas as vantagens que aquele clube já oferece, em sua sede na Rua Comendador Araújo, Fazenda e, em breve, Praia de Guaratuba - além de possibilidades de lucros, quando a Thalia começar a funcionar como uma Sociedade Anônima de fato, explorando turismo(já em implantação), setor educacional, imóveis etc. Nessas alturas, os felizes sócios do Tiro ao Alvo, uma entidade que até então permanecia esquecida nas vazias reuniões na base do chope e dos encontros familiares, se sentiram, valorizadas. O que antes parecia ser um fato consumado - a fusão com a Concórdia - tornou-se problemático, pois muitos passam a desejar a fusão com a Thalia, que pretende, caso concretize seus objetivos, construir no amplo imóvel da Rua Jacarezinho, uma grandiosa sede - conforme já aqui noticiamos, há trinta dias, em primeira mão. LEGENDA FOTO 1 - Garbers LEGENDA FOTO 2 - Sibut LEGENDA FOTO 3 - Américo.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Nenhum
Tablóide
4
11/01/1975

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