História Qualitativa
Artigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 20 de julho de 1974
Recife, 16 (via aérea) - Na movimentada secretaria do XXVIª Reunião Anual da Sociedade Brasileira Para o Progresso da Ciência, no prédio da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Pernambuco, uma das mesas foi recoberta, nos 3 primeiros dias, com material levado pelas professoras Cecília Maria Westphalen e Altiva Pilatti Balhana, difundindo o Curso de Mestrado em História da UFP - reconhecido com o Centro de Excelência Pelo Conselho Nacional de Pesquisas em 27 de novembro do ano passado.
Enquanto a professora Cecília, diretora do Departamento de História da UFP, foi uma das poucas mestras convidados pela SBPPC, para orientar um dos cursos desta reunião científica falando a professores e cientistas sociais sobre as perspectivas metodológicas da obra de Fernand Braudel, criador dos fundamentos da história qualitativa - e que ela conheceu em Paris, no ano passado, quando ele comemorou seus 70 anos, a professora Altiva, num dos seminários apresentou sua comunicação a respeito da interessante pesquisa que desenvolve em Curitiba - e que até agora, em nossa cidade, não teve a devida repercussão: "Formação do Empresariado Paranaense" (1890-1930).
Preocupada em difundir a história Qualitativa, as professoras Westphalen e Pilatti não gostam de falar em datas e nomes. "A história se processa por um conjunto de fatos sociais em que não há destaques individuais: um sujeito não conta - o que importa é o grupo e as circunstâncias que provocaram o acontecimento", lembram [as] mestres, acrescentando, em termos deste novo sistema - ainda incipiente no Brasil - o Departamento de História da UFP está tendo um pioneirismo nacional.
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