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Aramis

A hora do Blues

César Castanho, ex-executivo do Free Jazz Festival, parte para nova realização: o Festival de Blues de Ribeirão Preto (14 a 18 de julho), que reunirá naquela cidade paulista nomes como Buddy Guy, Magic Slim, Júnior Wells, Etta Janes e Albert Collins, todos de Chicago, e os brasileiros André Christovan e banda Blues Etílicos. Com isso, o blues terá um grande impulso - dando seqüência ao que já vem sendo feito por algumas gravadoras que acreditam nesta área. A WEA, que já lançou duas indispensáveis coleções, colocou há pouco nas lojas os três primeiros volumes de uma nova série - "The Legacy of Blues". A mesma WEA editou há pouco o "B. B. King: King of the Blues: 1989", o mais recente álbum deste guitarrista-compositor-cantor, que é um dos nomes mais notáveis dos clubes. O Estúdio Eldorado tem dado maior força ao blues, representando o selo francês Black & Blue, um dos mais conceituados na área e produzindo discos de bluesmen tupiniquins, como do guitarrista-compositor André Cristovam ("Mandinga") e do grupo Blues Etílicos ("Água Mineral"). São dois retardos para quem se liga no blues - numa linguagem que respeitando as fontes acrescenta, naturalmente, uma visão atual - já que justamente uma das características do R & B sempre foi a de ter influenciado as gerações musicais que se seguiram nos anos 50. No início do ano, o Eldorado já havia lançado álbuns com a cantora Koko Taylor ("Southside Lady"), com o guitarrista, vocalista e executante de harmônica Luther Allison ("Love me Papa"); "Highway is My Home", com Magic Slim (voz e guitarra), Alabama Júnior (idem), Nick Holt (baixo), Freed Bellow (bateria) e a coletânea "Mississipi Blues Festival", com Jesse Mae Hemphill (voz e guitarra), Hezekiah and the House Rockers, com Hezekiah (bateria, harmônica e vocal), Pee Wee Whitaker (trombone), James Baker (guitarra) e Son Thomas (guitarra e voz). Os três primeiros álbuns do pacote "The Legacy of the Blues" focalizam Champion Jack Dupree (que vive por mais de 20 anos na Europa), Memphis Slin e Lightin Hoopkins. Também a Brasdisc, etiqueta paulista, já com um grande acervo, vem fazendo excelentes edições de blues.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Estado do Paraná
Almanaque
Música
22
04/06/1989

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